quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

AGRADECIMENTOS

Oieee negas! Tudo bem com vocês?
Awwwn, infelizmente nossa fanfic chegou ao fim, mas eu queria agradecer a todas que me acompanharam durante todo esse tempo e nunca me deixaram desistir, muito obrigada.
Eu juro que tinha planos maiores pra essa fic, mas não consegui me dedicar a ela da maneira que deveria. E no último capítulo, algumas meninas me perguntaram se eu pararia de escrever e se esta seria minha última fanfic, na verdade não. Vou escrever uma última fanfic, pra retratar tudo o que eu não consegui fazer na "Não era um Anjo. Era Você", e provavelmente depois disso, eu pare de escrever.
Como será a nova fic? Bem, ainda não a muito o que eu possa dizer sobre ela. Eu já escrevi alguns capítulos e a sequência que acontecem os fatos esta me agradando. Tenho algumas ideias em mente, e pretendo focar bem nelas. Ainda não escolhi o título, mas o blog da fic será esse ► fcnegasdols4.blogspot.com.br ◄ . Nessa quarta fanfic, pretendo escrever tudo o que não escrevi nas minhas outras fics, quero criar um romance diferente, com uma pitada de temas modernos e que chamem muito a atenção de quem está lendo. 
Pode ser que eu demore um pouco para começa-la a postar, talvez no meio do ano que vem, já que só vou começar a divulgá-la quando estiver com todos os capítulos prontos.
Mais uma vez, obrigada por estarem comigo em mais uma aventura, e para aquelas que me acompanham desde a minha primeira fic, a " TE VIVO ", não existem palavras para agradecer todo esse carinho.

OBS.: TODOS AQUELES QUE ESTIVEREM INTERESSADOS EM ACOMPANHAR MINHA PRÓXIMA FANFIC, POR FAVOR, DEIXAR O NOME AQUI NOS COMENTÁRIOS DESTE POST.
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Então é isso, obrigada por tudo e até breve, 


Bjs, Natalia Aparecida.



segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Capítulo 55 (ÚLTIMO CAPÍTULO)

4 MESES DEPOIS... 

NARRADO PELA ESTELLA 

Eu havia passado dois meses internada no hospital, só tive alta, quando tiveram a certeza de que eu estava completamente curada. Antes de sair, enfermeiras e o médico que cuidavam de mim, disseram que eu tive sorte.
Vendi a casa que um dia foi minha e de Thiago, para mim, era impossível viver lá, ainda mais depois de tudo o que ele me fez. Não queria ter que conviver com essas lembranças para sempre.
Ao invés disso, me mudei para um apartamento perto da casa de Luan. Meu pai ficou durante um bom tempo comigo em São Paulo, mas logo voltou para Londrina de novo. Já Marcela, minha amiga para todas as horas, resolveu se mudar de vez para lá, disse que ficaria de olho em mim.
Os pais de Luan também já haviam se mudado, e sempre que estava de folga, ele via a família, e depois vinha para meu apartamento, ficar comigo. Desde que tudo havia acontecido, nosso relacionamento havia ficado ainda mais forte:
-Melhor lasanha que eu já comi na minha vida! -Luan disse enquanto comia o último pedaço
-Que bom que você gostou -Sorri me levantando para tirar seu prato da mesa
-Não, não -Ele tomou os pratos da minha mão
-Não precisa Lu, eu estou bem... -Argumentei
-Pode ficar melhor -Ele me lançou um sorriso e caminhando até a pia, começou a lavar os pratos. Caminhei até ele em silêncio, o abraçando por trás, levando minhas mãos ao seu peito, enquanto aconchegava minha cabeça em seu ombro
-Sabe que não precisa fazer isso... -Sussurrei
-Eu sei, mas eu quero -Ele colocou o último prato no escorredor e se virou, ficando de frente pra mim- Quero ver você 100% o mais rápido possível
-Eu já estou boa Lu, devo estar uns 98% bem
-Mesmo assim, ainda não é 100% -Rimos
-Vai passar a noite aqui? -Perguntei alisando seu rosto
-Provavelmente -Ele riu- Aonde vamos parar assim?
-Não faço ideia -Ri- Até onde você está disposto a ir?
-Até o fim -Sua sinceridade me assustou- Mas acho que temos que conversar melhor sobre isso...
-Espera eu tomar um banho? Depois disso vamos poder conversar o tanto que você quiser -Dei um beijo em sua bochecha e subi as escadas rindo. Entrei em meu quarto e depois de pegar a toalha, fui diretamente para o banheiro. Encostei a porta e comecei a me despir, vi meu reflexo no espelho, e por um momento, fiquei parada, apenas olhando. No local que a bala havia entrado, onde os médicos haviam feito a cirurgia, havia uma grande cicatriz, que se estendia do meu abdômen até perto da minha virilha. Toda vez que olhava para ela, era como se aquele dia mais uma vez ganhasse vida. Era como se estivesse ali para garantir que eu nunca me esquecesse do que havia acontecido:
-Estella, está tudo bem ai dentro? -Luan bateu na porta, e como eu não respondi, ele a abriu. Vi que ele ficou sério quando me viu daquele jeito e apenas baixei a cabeça como uma criança que é pega fazendo algo de errado:
-O que foi? -Ele se aproximou de mim, colocando suas mãos sobre meus ombros
-Ele morreu, mas conseguiu me marcar pra vida toda... -Seguindo meu olhar e olhando para o espelho a nossa frente, Luan entendeu ao que eu me referia
-Cicatrizes não são nada Estella, o que importa é o meio que você encontra para apagá-las -Ele se moveu ficando na minha frente- E eu quero ser esse meio, quero te ajudar a superar isso tudo, porque eu te amo -Calmamente levei uma de minhas mãos ao seu rosto, não pude conter o sorriso
-Você é o único meio Luan. Eu te amo. -Me inclinei para frente e o beijei, um beijo cheio de promessas. O ajudei a tirar sua camisa e logo depois, sua calça. A única coisa da qual me lembro, é de nós dois entrando no box logo em seguida:
-Não, espera... -Luan falou de repente entre meus lábios, parando nosso beijo- Não podemos...
-Luan, a única coisa da qual eu preciso pra ficar 100% é você -O puxei pra mim novamente, sem dar importância ao que ele dizia, enquanto a água do chuveiro caia calmamente sobre nós dois.
Fizemos amor no chuveiro e depois na cama. Quando estava com Luan, era como se todos os problemas do mundo acabassem, eu só queria amá-lo e ser amada por ele:
-Precisamos fazer isso mais vezes -Ele falou rindo, depois que já estava deitado ao meu lado. Estava cansada, então, apenas sorri para ele- Sabe, quando eu disse que queria ir até o fim com você, eu não estava brincando -Ele levou uma de suas mãos ao meu rosto, afastando uma mecha que havia caído- O que eu sinto por você, nunca senti por outra pessoa, e quando estou longe de você, é como se uma parte de mim tivesse se perdido...
-Eu também me sinto assim -Sussurrei
-Então, o que estamos esperando? -Ele se inclinou me cercando com seus braços, seu rosto bem próximo ao meu- Casa comigo?
-Você esta me convidando pra ser a Senhora Santana? -Fiz suspense e ele acentiu com um belo sorriso- Huum... É lógico que eu quero me casar com você Luan! Sempre foi tudo o que eu mais quis na minha vida! -Ele se abaixou um pouco, roçando seus lábios lentamente nos meus, enquanto me olhava profundamente nos olhos
-Nós três vamos ser muito felizes, Você, o Breno e eu -Em meio a sorrisos começamos a nos beijar fervosamente. Acho que não preciso dizer o que aconteceu depois.

3 MESES DEPOIS...

25 de Dezembro. Finalmente o Natal havia chegado. Iríamos passar o dia na chácara do Luan em Londrina, então, logo no dia anterior, embarcamos junto com sua família para lá. O pessoal da banda também já havia sido convidado, e quando chegamos, meu pai já esperava por nós.
Logo que o dia amanheceu, e o sol saiu, Luan me convidou para fazer um passeio pelos arredores da propriedade:
-Eu adoro estar aqui, é tão calmo -Ele disse, segundos depois, voltou seu olhar para mim- Você está tão calada ultimamente, o que foi?
-Só pensando no nosso casamento... -Me agarrei ao seu braço
-Quer desistir? -Ele me olhou brincalhão
-Seu bobo, eu nunca faria isso!
-Então o que foi? -Ele me puxou pra ele
-Eu não sei bem, só que desta vez é tudo tão real pra mim...
-O que existe entre nós sempre foi real Estella... Aliás, semana que vem vou tirar uma folga pra te ajudar com a papelada do Breno
-Semana passada, quando fui buscar ele no orfanato, ele me perguntou: "O papai Luan não veio?"
-Ele disse isso? -Um brilho imenso surgiu nos olhos de Luan
-Disse
-Adotar aquele garoto foi uma das melhores coisas que já fiz, nos damos tão bem, ele é uma criança incrível
-Eu sei, foi por isso que sabia que ele seria meu filho assim que o vi
-Nosso Estella -Nos beijamos
-Vamos voltar? Sua mãe já deve estar servindo o almoço
-Vamos - Quando chegamos, todos já estavam sentados a mesa, nos sentamos com eles, lado a lado, enquanto a refeiçao era servida. Enquanto comíamos, Rober e Marcela anunciaram que finalmente estavam juntos, e Bruna brincou falando que ela e Rafael já estavam mais adiantados nisso. Luan parecia estar alheio a tudo o que acontecia e ao invés de prestar atenção neles, entrelaçou sua mão na minha, me olhando. Quando me virei para encará-lo, ele me disse baixinho que me amava, sussurrrei o mesmo para ele.

Após o almoço, fomos todos para a sala, aonde aconteceria nosso amigo secreto. Quem deu ínicio a brincadeira, foi a Bruna. Aquilo estava sendo bastante divertido, não pelas pistas que nos davam para adivinhar quem era nosso amigo, mas em maioria pelos presentes que ganhávamos, tudo era uma grande farra. Agora quem estava no centro da sala, era Rober, com uma caixa nas mãos:
-Minha amiga é a Estella -Ele sorriu apontando para mim depois de algumas dicas
-Obrigada Rober - o abracei sorrindo, enquanto ele me entregava meu presente. Como já sabia que todos pediriam para que eu o abrisse, já fiz isso logo. Dentro da caixa havia um par de algemas de pelúcia rosa e uma venda da mesma cor. Quando viram aquilo, todos começaram a rir:
-Desculpe, mas pensei que poderia ser útil na Lua de Mel de vocês -Rober deu de ombros rindo
-Obrigada Rober -Pisquei para ele colocando a caixinha ao lado de Luan que ainda ria alto. Quando me dirigi ao centro, todos se silenciaram
-Meu amigo secreto, é a pessoa mais amorosa e carinhosa que eu já conheci em toda minha vida. O simples fato de estar ao lado dele, me faz a pessoa mais feliz do mundo, e saber que ele está disposto a dividir sua vida comigo, é extremamente gratificante.
-Alguma coisa me diz que é o Luan -Marla levantou a mão dizendo. Assenti com a cabeça, enquanto Luan levantava do sofá e vinha até mim, me recebendo com um beijo
-O que você disse... Foi lindo -Ele sussurrou baixinho, enquanto se afastava
-Desculpe, eu não comprei nenhum presente pra você -Disse e todos me olharam sem intender- Eu não comprei, porque pra coisas assim, não há dinheiro que pague. Você acredita em milagres?
-É claro que acredito -Ele respondeu. Calmamento peguei sua mão direita e a levei até minha barriga, na hora, ele pareceu intender tudo
-Aconteceu um milagre conosco Luan, eu estou grávida. -Só me restou segurar a emoção, enquanto ele me rodava pela sala como um louco.

EPILÓGO

Me casei com Luan em Março do ano seguinte, poucos dias depois do seu aniversário. Nessa época eu já estava grávida de seis meses, o que deixava minha barriga em evidência. Foi simplesmente lindo.
Passamos nossa lua de mel em Fortaleza, Luan amava sol e eu também, então achamos que fosse o lugar perfeito, já que queríamos vivenciar esse momento no nosso país.
As fãs do Luan estavam sendo uns amores comigo, ainda mais depois que descobriram que eu estava grávida.
Mensalmente eu ia ao médico, e aos quatro meses descobri que estava grávida de uma menina.
Admito que eu tinha medo de perdê-la, por causa da minha doença. Já havia perdido um bebê, e eu não suportaria passar por isso de novo.
Fiz tudo o que pude para que nada de mal acontecesse a ela, e graças a Deus, três meses depois do nosso casamento, ela nasceu. Em Junho, no mesmo mês que eu.
Uma menina completamente saudável, de olhos e cabelos claros, a criatura mais linda que eu e Luan já havíamos visto.

Luan tiraria alguns dias de folga, e decidimos que seria bom passar esse tempo na nossa chácara em Londrina. Nossa família também iria, e enquanto preparava o almoço, observava Luan jogando bola com o Breno da janela. Desde que Breno havia vindo morar conosco, antes de nosso casamento, Luan o tratava como um filho -Na teoria era- mas era mais do que isso, era como se tivessem sido destinados a ficarem juntos e como Luan mesmo dizia, ele era o garotinho dele.
Infelizmente, seria difícil eu engravidar de novo, mas os médicos nos mantiveram esperançosos, dizendo que com o tratamento correto, isso talvez fosse possível.
Vi quando Luan comemorou um gol com o filho e caminharam em direção a casa:
-Se divertiu querido? -Perguntei a Breno
-Sim mãe -Eu nunca me cansava de ouvi-lo me chamar daquele jeito
-Olhe só para você, está todo suado! Daqui a pouco vou subir para preparar seu banho
-Vou esperar a senhora lá em cima! -Ele gritou enquanto subia as escadas correndo
-Oi -Luan se encostou ao meu lado na pia
-Você também precisa de um banho -Olhei para ele rindo- Seus pais vão pensar que eu não estou cuidando bem de você
-Tenho certeza que eles nunca pensariam isso -Ele sorriu, juntando seu corpo no meu e me beijando. Luan estava usando uma regata preta, e eu pude sentir os músculos em seus braços- Aonde está a Nicolly?
-Ali no carrinho -Apontei para o carrinho de bebê no final da cozinha. Luan pegou em minha mão e juntos fomos até ela. Nossa pequena estava acordada com os olhinhos arregalados. Tirei ela do carrinho e a entreguei nos braços de Luan:
-Oie Nick! Cê tá linda demais filha!
-Babão kkk
-Sou mesmo! -Ele riu- Sabe, ela se parece muito com você -Luan falou
-Com você também, ela tem o seu nariz Luan -Brinquei. Ele beijou a testa da filha com cuidado e a colocou com cuidado de volta no carrinho
-Obrigado, por ter me dado uma família... -Ele sussurrou sobre o carrinho ainda a olhando
-Eu que deveria dizer isso -Toquei seu braço e ele se virou na minha direção- Você é um anjo Luan, sempre pronto pra me salvar -Ele acariciou me rosto, selando nossos lábios
-Não sou nenhum anjo -Ele sussurrou- Sou apenas eu
-Sim, sempre foi você -O beijei, sussurando em meio aos seus lábios o quanto o amava.
Nosso amor era assim, se renovava a cada dia, sempre se fortalecendo. Eram coisas assim, que me faziam acreditar que nós dois iríamos até o fim. Ele podia não ser um anjo, mas era o meu amor. Meu único, eterno e verdadeiro amor.


Fim.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Capítulo 54 (PENÚLTIMO CAPÍTULO)

NARRADO PELA ESTELLA

Ainda conseguia ouvir voz de Luan, mas mesmo estando em seus braços, ela parecia distante e baixa. Ele me pedia pra manter os olhos abertos e eu me esforçava para isso, juro que sim, mas estava difícil. Uma dor enorme me consumia a cada segundo e eu só não gritava porque não me restavam forças para isso.
Fiquei consciente até o momento que quatro homens chegaram com uma maca, depois disso, eu apaguei, não queria mais lutar.

NARRADO PELO LUAN

Fomos avisados de que a ambulância havia chegado a alguns minutos, mas como se tratava de uma mata fechada, o resgate teria que ser feito a pé, o que só dificultava ainda mais as coisas, e a cada minuto que se passava, eu sentia Estella ficar mais fraca:
-Calma amor, nós vamos te levar pro hospital, você vai ficar bem... -Sussurrei, mesmo estando consciente de que ela não me ouvia
-Qual a situação? -Quatro enfermeiros, finalmente se aproximaram, segurando uma maca, enquanto perguntavam ao delegado
-Ela foi baleada, precisa ser levada para o hospital agora! -Eles se aproximaram de mim, colocando a maca no chão e a tirando com cuidado dos meus braços, eu relutei em fazer aquilo, não queria me separar dela nunca, mas, mais do que tudo, eu a queria viva
-Você está bem? -Um dos enfermeiros se ajoelhou ao meu lado, perguntando
-Estou -Respondi- Só ajudem ela, por favor
-Faremos o possível... -Como disse, tirar Estella dali não foi nada fácil, a mata era bastante fechada e em certos pontos ingrime, e os quatro homens tinham dificuldades em carregá-la. Eles iam á frente, enquanto eu e um policial íamos logo atrás. O delegado havia ficado, para fazer a liberação do corpo de Thiago. Mas isso não importava, nada importava, tudo o que importava agora era Estella, apenas ela.

O caso dela era grave, e teria que ser levada para São Paulo, mas de carro, isso demoraria muito, então, um helicóptero foi chamado.
Em momento algum, eles esconderam a verdade de mim e disseram que eu deveria ficar forte, que ela precisaria de mim.

Eu fui com ela no helicóptero, e logo que chegamos, todo o hospital já havia sido mobilizado para nos ajudar. Estella foi preparada para a cirurgia, e até onde pude, eu a acompanhei:
-Sinto muito Luan, você não pode entrar na sala de cirurgia -Uma médica me impedia
-Eu a amo!
-Sabemos disso, mas você tem que estar aqui em fora quando ela acordar, sinto muito. -Eles entraram na sala e fecharam a porta. Fui para a janela de vidro, que havia logo ao lado da porta, na esperança de poder acompanhar o que iria acontecer dali, mas eles baixaram uma cortina impedindo minha visão. Esperei ali no corredor mesmo, enquanto algumas enfermeiras me examinavam. Meu corpo físico estava ali, mas meu espirito estava com ela.

NARRADO EM 3ª PESSOA

Estella havia perdido muito sangue, e a cirurgia não estava sendo nada fácil. A bala havia perfurado o fígado e boa parte do pulmão, parando próximo a coluna. O médicos temiam que ela tivesse uma hemorragia, ou pior, que durante a cirurgia, ela ficasse paraplégica.
O primeiro passo foi tirar a bala, mas enquanto tentavam fazer isso, Estella teve uma parada cardíaca:
-Nós a estamos perdendo! -Uma das enfermeiras avisou conferindo os batimentos cardíacos. Estella estava morrendo.

NARRADO PELA ESTELLA

Lembro que tudo estava escuro e de repente tudo ficou muito claro. Acordei em um lugar magnifico, com belos campos e lindas flores por toda sua extensão. O sol parecia mais radiante do que nunca, e durante alguns segundos, fechei os olhos para senti-lo:
-Estella? -Ouvi uma voz familiar me chamar. Quando me virei, vi Vitor -Meu primeiro namorado- Logo atrás de mim. Ele ainda tinha a mesma aparência de anos atrás, era como se ele tivesse parado no tempo.
-Vitor? Mas você está...
-Morto? Sim, eu estou -Ele sorriu. Aquele sorriso que por tantos anos eu desejei ver de novo



-Quer dizer que eu...
-Não, ainda não.
-Que lugar é este?
-É um dos caminhos para chegar ao portal...
-Portal? -O interrompi sem intender
-Pro céu, Estella -Ele me encarou atencioso- Não precisa ter medo, vou te explicar tudo, venha... -Ele me estendeu sua mão, e depois de hesitar por alguns instantes, a agarrei com força.

NARRADO PELO LUAN

A cirurgia ainda não havia acabado, e o fato de os minutos parecerem não passar, me deixava muito mais aflito:
-Luan? -Quando olhei para o lado, vi minha mãe, e logo atrás dela estavam meu pai, o pai de Estella, Rober e Marcela
-Mãe? Pai? Como vocês... -Me levantei surpreso
-O delegado nos avisou do que aconteceu -Minha mãe caminhou até mim, me abraçando com força- Eu sinto muito querido, sinto muito mesmo -Olhando por sobre seu ombro, vi Aroldo me encarando
-Me desculpe, eu tentei evitar, juro que tentei, mas ele... -Sem dizer nada, ele caminhou até mim, minha mãe entendendo o que ele iria fazer, me soltou e mais do que imediato, ele também me abraçou com força
-Você foi atrás dela Luan, você se arriscou por minha filha e isso eu não vou esquecer -Dizia em meio a lágrimas
-E eu faria tudo de novo, porque eu amo a sua filha
-Eu sei que faria Luan.

NARRADO PELA ESTELLA

Como assim eu estava no céu? Tudo parecia muito surreal, fora da realidade e do limite da imaginação. Caminhava ao lado de Vitor, que desde então, estava em silêncio:
-O que aconteceu comigo? -Finalmente criei coragem para perguntar. De repente, ele parou me olhando
-Tente se lembrar... Feche os olhos... -Fiz o que ele mandou, e logo várias imagens começaram a vir a tona
-Ai meu Deus! Eu me lembro... Do sequestro, do tiro... Thiago atirou em mim! -O encarei com os olhos arregalados- E Luan... Ele estava lá! Ele está bem?
-Está sim -Thiago sorriu- Neste exato momento, ele está no hospital, com sua família, esperando você sair da cirurgia
-Estou fazendo uma cirurgia?
-Sim, é por isso que você está aqui
-Eu vou morrer?
-Não, você não vai morrer. Você não pode Estella. -Ele estendeu a mão, e lentamente tocou meu rosto- Você está entre a vida e a morte, mas estou aqui para garantir que você não passe pelo portal
-O que leva pro céu? -Ele assentiu com a cabeça
-Você vê as coisas que acontecem comigo lá na Terra?
-Sim, estou sempre cuidando de você.

NARRADO PELO LUAN

-Então o Thiago morreu? –Marcela perguntou, enquanto todos nós esperávamos alguma notícia de Estella
-Sim.
-Vocês dois devem ter passado horrores.. –Bruna deslizou sua mão por meu braço
-Ela mais do que eu. Se acontecer alguma coisa á ela, eu não vou me perdoar, eu... –Senti um nó na garganta enquanto falava
-Isso não vai acontecer –Rober me interrompeu
-Ela vai ficar bem filhão, você vai ver.

NARRADO PELA ESTELLA

Após alguns minutos caminhando com Vitor, chegamos a um lugar lindo –Ali todos os lugares pareciam ser lindos- Mas este era diferente. Logo a nossa frente, havia um enorme portão dourado e logo ao fundo, uma linda cachoeira. Não havia mais flores, ou capim, em vez disso, pareciam haver... Nuvens?
-Este é o portal? –Perguntei a Vitor
-Sim. Se você atravessar, entrará no céu...
-O que estamos esperando?
-Esse é o problema... –Quando olhei através do portal, vi duas figuras logo a distância. Apesar de já terem se passado muitos anos, eu as reconheci prontamente:
-Vitor, ali são minha mãe e minha irmã? –Apontei para que ele olhasse para elas
-Sim –Uma enorme vontade de ficar frente a frente com elas me dominou, e eu dei um passo em direção ao portal
-Você não pode Estella –Vitor segurou em meu braço, me impedindo de prosseguir
-Não entende? É minha irmã que está ali! E minha mãe, eu não a conheci, eu tenho tantas perguntas para fazer a ela...
-Se você atravessar, nunca mais poderá voltar... Vai ficar aqui pra sempre... –Suas palavras me fizeram parar por um instante
-Minha vida na Terra acaba? -Ele assentiu
-Ainda não é o momento, tem gente lá em baixo que precisa de você.

NARRADO EM 3ª PESSOA

A cada minuto os batimentos de Estella estavam mais fracos, então, os médicos tentaram reanimá-la de todas as maneiras possíveis, fizeram massagens... mas não estava adiantando, então optaram por usar o desfibrilador, uma, duas, três, quatro... cinco vezes! Até que o coração de Estella voltou a bater de novo.

NARRADO PELA ESTELLA

-O que está acontecendo? –Encarei Vitor, levando minha mão ao peito, de uma hora para a outra, havia começado a sentir umas pontadas
-Está na hora de voltar, você não pode ficar mais nenhum minuto aqui...
-Não posso, tenho tantas perguntas...
-Eu sei que tem -Ele se aproximou segurando minhas mãos- Mas você precisa ir, seu pai e o Luan precisam de você...
-Me desculpe por isso Vitor...
-Não se desculpe, eu morri, mas você ainda está viva, sua vida não podia parar. Além disso, eu vi a maneira como ele olha pra você, ele te ama de verdade e você também o ama...
-Eu também te amei Vitor, muito -Sussurrei
-Eu sei, mas tinha que ser assim, eu tinha uma missão, e para realizá-la, eu precisava conhecê-la melhor primeiro...
-Que missão?
-A de cuidar de você. Sou seu anjo da guarda.
-Eu vou voltar a vê-lo?
-Um dia, mas agora, se preocupe em viver sua vida com o Luan, Deus reservou coisas lindas pra vocês dois...
-Mas Vitor...
-Shiii, apenas feche os olhos, está bem? -Fechei os olhos como ele me pediu- Quando acordar, você não vai se lembrar de nada disso, tudo não vai passar de uma fantasia -Mesmo de olhos fechados, senti quando seu rosto se aproximou do meu- Eu te amo Estella... -Ele beijou meu rosto, e no minuto seguinte, tudo ficou escuro outra vez.

NARRADO PELO LUAN

Ainda esperávamos em silêncio no corredor, quando a doutora que estava fazendo a cirurgia de Estella saiu da sala:
-Como ela está doutora? -Me levantei apreensivo
-Ela vai ficar bem. -Ela disse apenas quatro palavras, mas não faz ideia do quanto aquelas palavras me acalmaram. Nos minutos seguintes a doutora explicou que Estella havia sofrido uma parada cardíaca durante a cirurgia, mas havia sido reanimada com sucesso. Eles também haviam conseguido conter a hemorragia e retirar a bala, em outras palavras, ela ficaria bem, só precisaria descansar.
Ela havia sido levada para a UTI, e só poderíamos começar a visitá-la na manhã seguinte, um de cada vez. Prontamente, o pai de Estella disse que eu seria o primeiro a vê-la.

2 DIAS DEPOIS...

NARRADO PELO LUAN

Estella estava no hospital já fazia dois dias, e até então, ela ainda não havia acordado. Os médicos decidiram que seria melhor mantê-la sedada por um tempo, para que não sentisse tanta dor quando acordasse. A família toda já havia se revisado para vê-la e mais uma vez, lá estava eu, ao lado do seu leito.
Minhas fãs logo ficaram sabendo do que havia acontecido, e quando souberam que havia acontecido justamente com a Estella -Elas ainda se lembravam dela, da época que havia trabalhado comigo- Elas ficaram chocadas, elas tinham um carinho muito grande por ela.
Sentado ali, a observando, senti meu coração amolecer. Minha princesa estava ligada a vários fios e aparelhos, cada um com uma função específica para que ela continuasse viva. Segurei sua mão, e antes que percebesse, comecei a desabafar:
-Não queria que nada disso tivesse acontecido -Acariciei seus cabelos- Você tem que ficar boa logo, eu não vou conseguir ficar por muito mais tempo sem você. -Apoiei meus braços na beirada da cama, ficando mais próximo dela- Você foi a melhor coisa que já me aconteceu Estella -A essa altura, lágrimas já saltavam dos meus olhos- Eu já te perdi uma vez, não seria justo perdê-la de novo... -Toquei seu rosto e lentamente o beijei. Passaram-se alguns segundos, até que senti sua mão se mover junto a minha.

NARRADO PELA ESTELLA

Abri os olhos lentamente, ainda um pouco zonza. Tudo parecia tão claro. Pisquei os olhos algumas vezes, até que me dei conta de que estava dentro de um quarto. Haviam vários fios ligados a mim e uma máscara de oxigênio no meu rosto. Com dificuldade, olhei para o lado, e la estava ele, me olhando:
-Lu... Luan... -Seu nome soou tão baixo, que eu pensei que ele não tivesse me ouvido
-Oie meu amor -Ele me olhou todo carinhoso- Você acordou -Ele sorriu em êxtase- Como se sente?
-Meu corpo, doí...
-Se lembra do que aconteceu? -Assenti com a cabeça
-A... A quanto tempo estou aqui?
-Dois dias. Você estava muito ferida quando chegou aqui. Teve uma parada cardíaca durante a cirurgia e quase teve uma hemorragia também -Dor no peito? Eu me lembro disso, não lembro?- Fiquei com tanto medo de te perder... -Vi lágrimas caírem pelos cantos de seus olhos- Rezei cada segundo, pedindo a Deus que não te tirasse de mim, e deu certo, aqui está você -Ele me lançou um sorriso aliviado, onde todos os seus medos pareciam se esvair. Com muito esforço, consegui levar minha mão em direção ao seu rosto, secando suas lágrimas:
-Alguém lá em cima deve gostar de mim... -Sussurrei sem mais nem menos
-Aqui em baixo também -Luan sorriu e calmamente se aproximou dando um beijo na minha testa- Quando sair daqui, prometo de fazer a pessoa mais feliz do mundo, não quero perder nem mais um momento com você
-Você já me faz feliz Luan. Todos os dias. [...]

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Oieeeeeeeee negas! Perdão pela demora, escrevi este capítulo pela tarde, mas só agora criei coragem pra postar kkkkkkkk
E ai, o que vocês acharam?????? Awwwwwwwn, Estella vai ficar bem *--* E finalmente vai poder viver em paz com o Luan ♥
Gostaram do Vitor ter aparecido? Falei tanto dele no inicio da fic, acho que foi justo ele aparecer no Penúltimo capítulo. E olha só, quem diria, Vitor é o anjo da guarda da Estella :D Já sabem de onde veio o a ideia que deu nome a fic rsrs
Sinceramente, eu espero que vocês tenham gostado de verdade deste capítulo e de toda a fic em si. 
Provavelmente sexta-feira teremos o último capítulo, portanto, não deixem de comentar! Bjkas, Nati!

domingo, 7 de dezembro de 2014

Capítulo 53

NARRADO PELO LUAN

Os policiais não tiveram escolha, logo pela manhã, quando passaram na minha casa, acabei os convencendo a me levar com eles. Meus pais ainda não haviam chegado, e eu achei melhor assim, seria melhor que não soubessem.
Durante o caminho, eu, o delegado e alguns policiais que estavam no carro permanecemos em silêncio, ninguém sabia ao certo o que dizer:
-Você sabe com quem estamos lidando? -O delegado finalmente perguntou
-Sei
-Tem certeza?
-Acredite, eu tenho...

NARRADO PELA ESTELLA

Acordei por volta de umas 10:00 horas da manhã. Ao lado da cama encontrei um sanduíche e uma garrafa de água. Eu estava faminta, e não exitei em "devorá-lo" o mais rápido que pude. Depois de comer, verifiquei se a porta estava trancada e comecei a vasculhar o quarto, a procura de alguma coisa que pudesse me tirar dali. Abri todas as gavetas do guarda-roupas, do criado mudo e tudo o que consegui encontrar foram dois grampos de cabelo dentro de uma gaveta. A principio, pareceu que aquilo não me ajudaria em nada, mas depois de olhar para o cadeado que mantinha a janela trancada, tive uma ideia... Parecia impossível, e as chances de dar errado seguia na casa dos 100%, mas eu sabia que se morresse, pelo menos morreria tentando.
Corri desesperada em direção a janela, e torci para que todos os filmes que já vi durante toda minha vida, tivessem valido a pena. Entortei um pouco o grampo e comecei minhas inúmeras tentativas, uma mais frustada que a outra, minhas mãos tremiam, quando ouvi um pequeno estalo. Um peso pareceu ter sido tirado de mim, eu havia conseguido abrir o cadeado. Rapidamente tirei a corrente da janela a abrindo. A única maneira de sair dali, era enfrentando uma queda de mais de 3 metros de altura, mas eu preferia morrer assim, do que nas mãos de Thiago.
Estava me preparando psicologicamente para pular, quando ouvi passos se aproximando do quarto, sabia que era ele, e que este era o momento que decidiria o que aconteceria comigo daqui pra frente. Subi na janela, e vi que lá embaixo, haviam alguns arbustos, se tivesse sorte, algum deles poderia amortecer minha queda. Foi quando vi a maçaneta da porta se mexer, que respirei fundo e me joguei.

NARRADO PELO LUAN

Parecia que não fossemos chegar nunca. E em silêncio, temia que Estella e Thiago não estivessem mais lá, ou pior, que ele a tivesse ferido, acho que nunca me perdoaria se algo de ruim acontecesse a ela. A cada segundo, eu orava em silêncio, pedindo a Deus que não deixasse nada de ruim acontecer a ela. Estava pensando nas reações que teria quando a encontrasse, como: Abraça-la, beija-la e não souta-la nunca mais... quando meu celular começou a tocar:
-Alô?
-Luan, aonde você está meu filho?
-Oi Pai...
-Rober e Marcela nos contaram o que aconteceu, você por acaso ficou louco? Sua mãe e sua irmã estão desesperadas, com medo de que algo de ruim te aconteça e você...
-Pai, eu não tive escolha, e da Estella que estamos falando! Da Estella!
-Por quê não nos disse nada?
-Porque eu sabia que vocês não iriam reagir bem... Olha, eu sei que estão preocupados, mas não precisam ficar, eu prometo que vou ficar bem
-Por favor filho, a encontre e volte em segurança pra casa... -Meu pai pediu com a voz embargada
-Nós vamos voltar pai

NARRADO PELA ESTELLA

O impacto do meu corpo com o chão foi bem brusco, mas felizmente, como eu havia previsto, havia caído em cima de boa parte dos arbustos, o que só havia me causado alguns arranhões. Ainda estava um pouco tonta, quando tentei me levantar e como reação do meu corpo, acabei caindo novamente:
-ESTELLA! -Estava zonza, quando ouvi Thiago gritar meu nome. Olhei para cima, e ele me observava da janela- NÃO SE MEXA! EU ESTOU INDO AI PRA TE AJUDAR! DROGA! -Não, não, não... Não podia deixar que ele me pegasse, eu tinha que fugir. Olhei ao redor, e vi que apenas a uns cinco metros da casa, parecia haver uma mata fechada. Ignorei a dor e tentei me levantar novamente, fiquei surpresa quando finalmente consegui ficar em pé, e feliz por aparentemente não ter quebrado nada. Ainda cambaleando, comecei a correr em direção a mata:
-PARE ESTELLA! EU NÃO VOU TE MACHUCAR! PRECISO VERIFICAR SE VOCÊ NÃO ESTÁ FERIDA! -Thiago gritava enquanto seguia correndo atrás de mim, o que só me deu mais forças para tentar fugir dele.

A mata era bastante fechada, e frequentemente galhos e folhas de árvores se chocavam com violência contra meu rosto. Meus pulmões pareciam que iriam explodir a qualquer momento, e quando eles pareciam pegar fogo, verifiquei se Thiago não estava por perto e me encostei em um tronco de uma árvore para tomar fôlego. Eu estava exausta, toda a região do meu abdômen doía, e meu peito subia e descia constantemente. Fiquei ali por uns dois minutos, até que me levantei determinada a continuar, quando sai de trás da árvore, dei de cara com Thiago, tentei correr, mas ele me agarrou com força pelo braço:
-Você é mesmo muito idiota por pensar que pode fugir de mim!
-Me larga Thiago! Me larga! -Eu gritava desesperada
-Quer que eu te largue? Não seja por isso! -Ele me empurrou com força em direção ao chão, enquanto vinha se aproximando calmamente de mim- Eu estava disposto a perdoa-la, mas quer saber, quero tonar tudo isso muito doloroso pra você... -Cravei minha mão no chão, juntando um pouco de terra em minha mãos, e quando ele se aproximou para me pegar novamente, as joguei em direção aos seus olhos:
-AAAAAAA -Ele gritou, e eu novamente dei o meu melhor para que conseguisse me levantar. Comecei a correr mais do que antes, sem olhar para trás. Eu precisava encontrar uma estrada, uma casa... qualquer lugar onde eu pudesse pedir ajuda. Já havia corrido alguns metros, quando virei a cabeça para olhar para trás e acabei tropeçando na raiz de uma árvore. Senti meu corpo todo doer, eu estava cansada e sabia que não conseguiria correr mais do que alguns metros. Era questão de tempo até que ele conseguisse me alcançar. Tudo parecia perdido, quando do nada, vi dois homens se aproximarem, pareciam ser caçadores:
-Moça, moça! Está tudo bem? -Eles se aproximaram de mim correndo
-Não deixem ele me pegar, por favor! -Eu pedia desesperada
-Ele quem moça? Tem alguém atrás de você? -O outro perguntou. Nisso, Thiago chegou, mas parou de repente quando viu o que estava acontecendo
-Ele, ele está atrás de mim! Não o deixem me pegar, por favor! -Me levantei rápido, ficando atrás deles
-Estella, isso não precisa ser assim, vamos para casa agora, por favor... -Thiago pediu impaciente
-Ei cara, a moça deixou bem claro que não quer ir com você! -Um dos homens se manifestou
-Esse assunto não é de vocês, além disso, está tudo bem, tudo não passa de um grande mal intendido, não é querida? -Thiago me encarou
-Sabe cara, não é o que está parecendo! Agora você vai sair daqui, antes que eu e meu irmão... -Antes que o caçador pudesse terminar sua frase, Thiago arrancou uma arma de seu quadril e a disparou violentamente contra a cabeça do homem, este já caiu morto, logo em seguida, atirou nas pernas do segundo:
-Eu disse que não precisava ser assim -Thiago me encarou frio, seus olhos excitados por perceberem o meu medo. Com o medo crescendo dentro de mim, lhe dei as costas e voltei a correr:
-Não me mate, não me mate, por favor! Eu tenho família! Não me mate! -Enquanto corria, ouvi o segundo caçador gritar e logo em seguida, houve um disparo. Meu peito queimava, meu coração parecia não conseguir bobear o meu sangue na velocidade que meu corpo precisava, senti minha velocidade diminuir a cada instante e mesmo depois de ver que Thiago estava mais uma vez atrás de mim, não tive forças pra prosseguir. Quando ele estava perto o bastante, jogou alguma coisa pesada em direção as minhas costas, provavelmente uma pedra e eu acabei caindo de cara no chão. Estava ofegante, não conseguia respirar direito. Meu rosto estava coberto de terra e pelo canto do olho, vi um líquido vermelho escorrer pela minha face, sangue. Como instinto, tentei me levantar, mas Thiago pisou com força nas minhas costas, me fazendo soltar um forte gemido:
-Isso foi bastante excitante, benzinho -Thiago me virou, me mantendo de barriga pra cima e se ajoelhando ao meu lado- Sabe, eu poderia matá-la agora, como matei aqueles dois homens lá atrás, mas sabe, seria fácil demais -Ele deslizou sua mão para minha camisa, a desabotoando lentamente- Além disso, você me deixou bastante nervoso... -Ele tirou minha camisa, me deixando apenas de sutiã
-Não... -Pedi com a voz fraca para que ele parasse
-Sabe, não deveria ter me deixado, eu te amava!
-Quando me espancava e me feria era amor? -Respondi tentando não fazer careta devido a dor que estava sentindo- Você nunca me amou Thiago! Você é um louco!
-AFINAL, O QUE VOCÊ VÊ NELE? -Thiago me agarrou com força pelos ombros, mantendo nossos olhares a altura. Sabia que ele se referia a Luan
-Porque eu o amo, você não...
-Ama é? -Ele me empurrou em direção ao chão, enquanto ficava por cima de mim- Espero que esteja em forma, porque eu vou acabar com você -Disse desabotoando o cinto
-QUEM VAI ACABAR COM VOCÊ AQUI SOU EU! -Eu conhecia aquela voz, era Luan.

NARRADO PELO LUAN

Em questão de horas chegamos a fazenda, rapidamente os policiais cercaram o local e antes de descerem, me entregaram um colete a prova de balas, me pedindo para ficar perto do carro enquanto eles vasculhavam a casa, a isso eu tive de obedecer. Esperei impacientemente até o momento que eles saíram lá de dentro e disseram que não havia ninguém dentro da casa:
-ELA TEM DE ESTAR AI! -Disse furioso
-Eu sinto muito Luan, mas agora tudo o que podemos fazer é esperar a pericia chegar e ouvir o que ela tem a nos dizer. -Infelizmente, fui obrigado a voltar para o carro, e esperar por eles lá. Que esperar que nada! Quando percebi que eles não estavam me vigiando, resolvi dar uma volta pelo local e logo abaixo de uma janela, encontrei arbustos quebrados e várias pegadas que davam para uma mata fechada. Sem esperar por eles, corri na direção da mata, talvez Estella tivesse tentado fugir e ido naquela direção.

Talvez estivesse certo, dentro da mata haviam mais pegadas e vários galhos de árvores quebrados, fui seguindo estas pistas, até que me deparei com dois homens mortos. Fiquei os observando durante alguns instantes, até que ouvi um grito, era Estella e parecia em apuros. Peguei uma das armas que estava no chão, ao lado dos homens e corri em direção ao som que havia ouvido. Quando cheguei lá, a cena que vi me fez ferver de raiva. Thiago estava sobre Estella e parecia pronto para agarra-la a força, ela se debatia, enquanto ele a imobilizava:
-Vou acabar com você -Ele disse para ela
-QUEM VAI ACABAR COM VOCÊ AQUI SOU EU! -Gritei chamando sua atenção
-Ora, ora, Luan -Ele virou o rosto me encarando- Você chegou em um momento bem... intimo! -Ele deslizou as mãos pelo corpo de Estella- Juro que não esperava te ver aqui
-TIRE AS MÃOS DELA AGORA, OU EU JURO QUE ATIRO EM VOCÊ -Apontei a arma para ele
-Ha é? -Ele disse se levantando e brutalmente agarrando Estella pelo braço a fazendo se levantar também- Faça qualquer movimento, que eu a mato agora, bem aqui na sua frente -Ele arrancou uma arma da cintura e a posicionou na cabeça dela- Então Luan, o que vai ser?
-Não a machuque... -Disse me abaixando e colocando minha arma no chão lentamente. Quando me levantei, olhei bem para Estella. Ela estava ferida e parecia exausta. Estava sem blusa, apenas de jeans e sutiã e eu comecei a imaginar os horrores que ela havia passado:
-Escolha inteligente Luan -Thiago disse apontando a arma agora para mim- Sabe, você não faz ideia da noite incrível que tive ontem com a Estella, não é amor? -Ele deslizou a mão pelos cabelos dela- Uau, ela ainda continua muito gostosa, do jeitinho que eu me lembrava -Beijou o pescoço dela
-VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR SAIR DESSA -Disse cerrando os dentes, minha vontade era de pular no pescoço dele e enforca-lo
-E sabe o que foi melhor Luan? -Ele ignorou minha ameaça- Quando nós dois estávamos na cama e ela começou a gritar meu nome, cara, eu fui nas nuvens e voltei! -Estella estava frágil, seu rosto abaixado, ela já não tinha forças para mais nada. Ela agora contava apenas comigo.
-DESGRAÇADO! EU VOU MATAR VOCÊ! -Ameacei dando alguns passos em sua direção
-Eu não faria isso, eu posso acabar com você em apenas um segundo....
-Eu não tenho medo de você
-Sério? E agora? -Ele mirou a arma em mim e puxou o gatilho.

NARRADO PELA ESTELLA

-Nããão! -Gritei quando Thiago atirou em Luan- Por que fez isso? -Me virei em sua direção, me debatendo contra seu peito com as últimas forças que me restavam- Desgraçado! Eu te odeio Thiago! Te odeio!
-Você me disse que o ama, não é? -Ele colocou a arma na minha barriga e disparou- Então, vá pro mesmo lugar que ele!

NARRADO PELO LUAN

Havia ficado durante alguns segundos sem consciência, quando voltei a mim, deslizei minha mão pelo colete que estava abaixo da minha camiseta e encontrei a bala alojada lá. Me sentei e a minha frente vi Estella discutindo com Thiago, vi quando ele colocou a arma na barriga dela e disparou a queima roupa. Ela caiu de joelhos na frente dele e eu vi quando ela levou sua mão a barriga e a tirou toda ensanguentada alguns minutos depois. Como se não bastasse, Thiago a chutou e ela caiu deitada no chão, parecia sem vida. Na hora eu fiquei cego, peguei a arma que estava perto de mim e disparei em direção a Thiago, provavelmente a bala havia atingido seu abdômen. Vi que ele foi pego de surpresa quando viu que eu ainda estava vivo e tentou posicionar a arma de novo na minha direção, mas eu continuei a disparar... 1,2,3,4 vezes, até que ele soltasse a arma e caísse. Joguei minha arma no chão e corri para Estella:
-Não, não, não... -A deitei no meu colo- Você não pode me deixar, não agora... -Mas ela não esboçava nenhuma reação- Volta pra mim, volta pra mim -Eu chorava sem parar- Eu não posso viver sem você, não me deixe Estella, não me deixe! -A abracei com força, seu sangue escorrendo para a minha camiseta, seu rosto próximo ao meu- Eu te amo, eu te amo minha princesa... -Falava repetidamente
-E... eu... tam... bem... te... te... amo... meu... an... jo -Ela sussurrou calmamente no meu ouvido, sua voz quase desaparecendo
-Então não me deixe, por favor... -Disse em meio a soluços, quando com muita dificuldade, ela levou sua mão até meu peito e abriu seus olhos para me olhar
-Nunca... -Disse, e logo em seguida, fechou os olhos novamente
-Há, o amor não é lindo? -Quando olhei para o lado, lá estava Thiago, de joelhos, o sangue jorrando por sua barriga, mas mesmo assim, ainda apontando uma arma para nós- Sabe Luan, admiro sua coragem... Vir até aqui, passar por tudo isso, pra no final ver a mulher que ama morrer e como por ironia do destino, morrer com ela nos braços. Tenho certeza que a pericia vai conseguir fazer fotos lindas de vocês dois. Devia ter imaginado que você estava com colete, mas dessa vez eu não vou errar, porque eu vou atirar bem no meio da sua cabeça -Thiago levou os dedos ao gatilho e eu tentei proteger o corpo de Estella da melhor maneira que poderia, eu iria protegê-la até o fim, não importava que tivesse que morrer pra isso. Fechei os olhos, saboreando meus últimos momentos com ela em meus braços, apenas esperando o pior, quando ouvi um tiro. Segundos depois, eu ainda não sentia nada e abri os olhos para conferir se Thiago havia errado, mas o que vi, foi seu corpo estirado  no chão, completamente sem vida, os policiais haviam aparecido e lhe matado:
-Luan, você está bem? -O delegado se aproximou
-Eu sim, mas ela não! Chamem uma ambulância rápido, por favor! Ela esta morrendo! [...]

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Hola gatitas minhas! Como estão?
Então, quase 00:00, mas eu não podia ir dormir sem postar aqui pra vocês ;D
E ai, gostaram do capítulo? 
Tadinha da Estella? Será que ela vai sobreviver? E Thiago? Graças a Deus se foi!
Awwwwwwwn, Luan tão lindo tentando salvar ela... Mas o que será que vai acontecer agora? Será que ela vai sair dessa com vida? 
Comentem, comentem que estamos a um passo do último capítulo! ;D #Naty

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Capítulo 52

NARRADO PELO LUAN

Já haviam se passado horas e Estella até agora não havia me mandado nenhuma notícia. Resolvi manter a calma, tudo aquilo não deveria passar de uma paranoia minha. A noite já havia caído, e eu estava deitado na cama do hotel, conversando no twitter com minhas fãs, quando meu celular começou a tocar:
-Oie Marcela, tudo bem?
-Oi Luan, desculpe ligar assim, mas é que eu nem o senhor Aroldo conseguimos falar com a Estella desde que vocês saíram, ela está com você?
-Não -Me sentei na cama, sentindo algo ruim me invadir- Eu a deixei em casa assim que chegamos, desde então, não falei mais com ela
-Luan, aconteceu uma coisa... Pessoas que trabalham com a Estella na clínica, foram até a casa dela para ver como ela estava, e eles...
-E o que Marcela? Me fala!
-Eles acham que a casa dela foi invadida...

NARRADO PELA ESTELLA

Sabia que Thiago não estava em suas melhores condições, e que seria mais produtivo para mim fazer tudo o que ele me pedisse, sem desapontá-lo em nenhum segundo, talvez quando ganhasse sua confiança, conseguisse pedir ajuda e sair dali.
Entrei no banheiro e depois de trancar a porta, tomei uma ducha rápida. Vesti o vestido que ele havia me dado, que era de um vermelho tão forte que realçava muito bem o branco da minha pele:


Estava ali, parada, ainda olhando para o espelho, quando ouvi alguém bater a porta:
-Estella? Você está ai? -Thiago. Será que ele me deixaria ir? Será que estariam procurando por mim? Eu não sabia, o que sabia era que por enquanto, quem mandava no jogo era ele. Com muita relutância abri a porta e logo me deparei com seus intensos olhos azuis:
-Você está linda -Ele tocou meu rosto- Gostou do vestido? -Apenas assenti com a cabeça- Quero que olhe para mim quando estiver falando com você! -Ele segurou meu rosto com mais força, me forçando a olhar para ele- Agora me responda, você gostou do vestido?
-Sim, eu adorei -Disse com a voz embargada
-Bom. -Ele me soltou, me avaliando durante alguns segundos- Não faz ideia do quanto você está atraente agora, quem sabe, podemos nos divertir depois do jantar -Ele sussurrou bem próximo ao meu ouvido- A noite é uma criança Estella...

NARRADO PELO LUAN

Logo que terminei de falar com Marcela, ela me avisou que ela e o senhor Aroldo estavam indo para São Paulo, tentar descobrir o que havia acontecido com Estella. Aquilo me deixou louco, e por mais que eu soubesse que devia toda a minha vida aos meus fãs, eu tive de cancelar o show, mesmo se não tivesse cancelado, sabia que não teria conseguido fazer o show de tanta preocupação. Era a vida da mulher que eu amava que estava em jogo...

NARRADO PELA ESTELLA

Thiago me pegou pela mão e me levou até a cozinha. A casa era enorme, e em anos de casados, ele nunca havia me levado ali:
-Aonde estamos? -Perguntei tentando arrancar alguma informação dele
-Em uma fazenda, bem longe de São Paulo, por isso, nem tente pensar em fugir -Ele me olhou profundamente, enquanto fazia sua ameaça
-Eu... Eu não vou
-É bom mesmo -Ele puxou uma cadeira para que eu me sentasse e depois de se sentar também, voltou a me encarar- Não vai comer? -Ele apontou para o prato que estava na minha frente. Parecia ser lasanha, ou alguma coisa do gênero. Eu estava faminta, mas não iria admitir isso para ele, além disso, eu tinha medo de que ele tivesse colocado alguma coisa na comida
-Não... Não estou com fome... -Engoli em seco o olhando
-Fiz com tanto carinho pra você... Eu ficaria muito chateado se você não comece -Sem questioná-lo, comecei a dar as primeiras garfadas, pelo sabor, não parecia ter nada de errado com a comida
-Boa garota -Ele disse sorridente- Sabe, sei que você está chateada agora, mas quando formos só nós três, as coisas vão ser bem melhores, eu te prometo
-Nós três? -O olhei sem intender
-Sim, Você, Breno e eu? -Na hora, senti como se a comida tivesse parado no meio da minha garganta
-Breno? 
-Sim, você não o ama?
-Não Thiago, por favor, me prometa que vai deixar o Breno em paz
-Não foi você que sempre quis adotá-lo? 
-Eu mudei de ideia, você tinha razão, não é a mesma coisa que ter um filho biológico -Me levantei da mesa indo até ele e me ajoelhando na sua frente- Eu vou pra qualquer lugar do mundo com você, mas me prometa, me prometa que vai deixar o Breno em paz...
-Por que será que eu não acredito em você? -Ele acariciou me rosto- Acha que eu vou machucá-lo, é isso? Acha que eu seria capaz de feri-lo? 
-Não, não, não Thiago, não é isso, mas pense bem, uma criança só iria atrasar nós dois agora, talvez daqui algum tempo, nós podemos voltar para pega-lo, quando estivermos mais estabilizados...
-Você acha? -Ele pareceu considerar minha ideia
-Acho -Em silêncio, ele se levantou, me ajudando a levantar também
-Confesso que tive vontade de matá-la quando soube que estava com o Luan -Ele colocou suas mãos sobre meus ombros, deslizando suas mãos calmamente por meus braços- Você não pode fugir de mim, você é minha Estella, apenas minha, entendeu? -Assenti com a cabeça, e com um sorriso estampado nos lábios, ele aproximou sua boca rapidamente da minha, me beijando com desejo, enquanto suas mãos passeavam por meu corpo. Apesar de tudo, eu tentei resistir, empurrando seu corpo para longe de mim, mas infelizmente, Thiago era mais forte do que eu, e tudo o que eu pude fazer, foi tentar controlar a ânsia de vômito que crescia dentro de mim.

NARRADO PELO LUAN

Logo que cheguei a Sampa, fui direto para a casa de Estella, onde Marcela logo veio correndo ao meu encontro:
-Luan! -Ela me abraçou em meio a soluços
-O que aconteceu? -A encarei desesperado
-Os policiais estão examinando o lugar...
-Tá, mas e a Estella?
-Eles não fazem ideia de onde ela esteja, ela simplesmente desapareceu Luan -Marcela me abraçou mais forte, chorando em meus braços
-Oi? -Rober apareceu logo atrás de mim, e quando Marcela o viu, pulou logo em seus braços. Logo que ficou sabendo do ocorrido, ele fez questão de me acompanhar- Pode ir Luan, eu cuido dela -Ele acenou para mim e eu continuei caminhando em direção a casa. A entrada estava isolada e sentado na varanda, encontrei o pai de Estella. Quando nossos olhares se encontraram, eu senti as lágrimas correrem por meu rosto e com ele não foi diferente, fui em sua direção e o abracei:
-Minha filha Luan! Minha filha! -Ele chorava 
-Nós vamos encontrá-la senhor Aroldo, eu te prometo...

NARRADO PELA ESTELLA

-Do jeito que eu me lembrava -Thiago sussurrou quando parou de me beijar. Havia uma sombra pairando sobre seu olhar.
-Por favor, me deixe ir... 
-Por que eu faria isso? Sabe que eu tenho outras coisas em mente -Ele levou uma de suas mãos até meu ombro e desceu a alça do meu vestido
-Porque você vive dizendo que me ama! E é isso que as pessoas que amam de verdade fazem! -Tentei virar o seu jogo contra ele mesmo
-Não me peça pra te deixar ir -Ele alisou meu rosto, enquanto minha repulsa aumentava- Você é m.i.n.h.a -Ele dizia pausadamente. Vi uma porta, que provavelmente daria para a saída a alguns metros, se eu fosse rápida, talvez... Quando ameacei correr, ele me agarrou forte pelo braço, me arrastando até o quarto. Ele abriu a porta e me empurrou contra a cama:
-Você tem razão, eu te amo. E é por te amar que terei paciência com você. Mas assim que sairmos deste país, vou te levar pro primeiro motel que encontrar e fazer amor com você até me implorar pra parar. -Ele se apoio na cama e veio rastejando até mim- Tudo isso porque te amo... -Me deu um sorrisinho e se levantou, trancando a porta depois de sair do quarto. Sabia que ele não estava blefando, e que depois que fizesse o que quisesse comigo, Thiago me mataria na primeira oportunidade que tivesse, porque toda essa violência fazia parte dele, sempre fez... e eu fui tão burra que quando percebi isso, já era tarde demais. Abracei meus joelhos e comecei a chorar desesperadamente:
-Me ajude Luan, me ajude... -Pedia baixinho.

NARRADO PELO LUAN

Levei senhor Aroldo para minha casa, Rober e Marcela também foram. Minha família ficou sabendo do ocorrido e disseram que estariam ali o mais rápido possível. Tinha certeza que sabiam o quanto eu estava precisando de apoio.
Lembro que quando fiquei finalmente sozinho, fui para meu quarto e entrei no chuveiro de roupa e tudo. Minhas lágrimas se misturaram com a água que caia, enquanto eu gritava alto e esmurrava a parede com força. Meu coração estava despedaçado em mil, e não ter nenhuma ideia de onde ela poderia estar me fazia sentir um inútil. Ela era meu único amor, a única pessoa capaz de me fazer sorrir e de tornar o meu mundo mais belo, eu precisava encontra-la, nem que para isso eu tivesse que revirar o planeta.
Naquela noite mesmo, policiais foram a minha casa, estávamos exaustos, mas tentamos nos concentrar ao máximo no que eles nos diziam:
-Vocês fazem ideia de quem possa ter feito isso? -O delegado perguntava
-Não -Sussurrei
-Estella tinha inimigos? Alguma pessoa com quem não se dava muito bem?
-Não, minha filha se dava bem com todo mundo. Eu não sei quem seria capaz de fazer mal a ela... -Senhor Aroldo respondeu entre lágrimas. De repente, foi como se uma lâmpada tivesse se acendido na minha cabeça. Sim, as coisas começavam a fazer sentido agora:
-Eu acho que sei quem fez isso...
-Quem? -O delegado me olhou com atenção
-Thiago, o ex-marido da Estella
-O que te faz pensar que ele seja culpado?
-O cara vivia infernizando a vida dela! Eu sei que foi ele! -Respondi alterado
-Na verdade, faz sentido -Marcela se intrometeu na conversa- Liguei mais cedo para o hospital que ele trabalha, pensei que talvez ele quisesse saber o que estava acontecendo e sua secretária me disse que ele saiu para viajar, sem previsão para voltar.
-Ela disse mais alguma coisa?
-Eu não sei... Esperam, disse sim, ela disse que antes de ele desaparecer, esvaziou a maioria das gavetas do seu escritório.
-Tenente, me consiga o número do hospital e peça para todos que conhecem Thiago comparecerem a delegacia
-Sim, senhor. -Um homem que acompanhava o delegado pegou o celular do bolso e saiu para fora da casa
-Obrigada pelas informações, vamos fazer o que pudermos para encontrá-la
-Obrigado -Me levantei do sofá e acompanhei o delegado até a saída
-Me desculpe Luan, eu não me lembrava -Marcela me encarou chorando
-Tudo bem, você estava nervosa, mas agora nos deu uma informação preciosa, a única que temos... 
-Não se culpe meu amor -Rober a abraçou- Vai ficar tudo bem.
Ficamos mais algum tempo por ali, até sermos vencidos pelo cansaço. Era provável que não conseguiria dormir naquela noite, então nem tentaria. Me deitei em minha cama e fiquei olhando para o teto, desejando que Deus a protegesse, aonde quer que ela estivesse. Estava distraído quando meu celular tocou, já era de madrugada:
-Alô?
-Desculpe ligar a essa hora Luan, aqui é o delegado Ian. Um amigo próximo de Thiago acabou de nos prestar depoimento, e você estava certo, ele saiu da cidade no mesmo dia que Estella desapareceu -Apesar do cansaço, a adrenalina ainda corria pelo meu corpo e sentei na cama para ouvir melhor o que ele dizia- Ele disse que antes de sair, Thiago comentou que iria para uma fazenda de um conhecido, a 450 km aqui de São Paulo. Eu e minha equipe iremos para lá amanhã bem cedo...
-Eu vou com vocês. [...]

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Oie Gatitas! Demorei?
Mil perdões, era pra esse capítulo ter saído domingo, mas  a semana tá mega agitada ... #PROVAS #FINAIS :X
Aiiiiiiin, tadinha da Estella! Será que vão conseguir salvar ela, antes de Thiago a machucar?
E já adiantando, faltam 3 capítulos pra fic acabar! Espero que vocês estejam gostando do desfecho da estória... Boa leitura! ;) 
Bjkas, Nati! ♥

Ops! Deixei um spoiler escapulir! kkkkkkkk pegadinha pra vcs! :´P

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Capítulo 51

Comecei a acordar aos poucos. O quarto estava claro e eu estava deitada sobre o peito de Luan. Tudo não havia passado de um pesadelo, isso, havia sido apenas um pesadelo, estava tudo bem... Espera, esse não era o meu quarto. Levantei os olhos para encarar "Luan" e quase tive um ataque cardíaco quando percebi que não era ele:
-Bom dia lindinha, finalmente você acordou -Thiago disse com um sorriso


Pisquei repetidamente durante alguns segundos para ter certeza de aquilo era real. Não, não podia ser, aquilo tudo realmente estava acontecendo. Lembranças do dia seguinte começaram a voltar: Eu, Luan, nossa família, a pedra sobre minha cama, as mãos atrás da porta... Espera? Eu havia mesmo sido raptada! Me afastei rapidamente de Thiago, o desespero me dominando, tanto que acabei caindo no chão:
-Não está com medo de mim, está? -Thiago agora havia se sentado na cama, enquanto eu estava sentada no chão, ofegante
-Aonde estou?
-Você tem que entender que eu precisei fazer isso... -Ele se levantou, caminhando até mim com cautela
-O que você quer? -Me levantei com dificuldades, andando pelo quarto, tentando me afastar dele
-Eu quero que você perceba o quanto estava errada quando me deixou, quero provar pra você mesma que ainda me ama...
-Eu amo o Luan, Thiago! Entenda isso! -Seu olhar agora havia mudado, ele parecia furioso. A porta estava mais próxima de mim, corri até ela e tentei abri-la com todas as minhas forças, mas infelizmente estava trancada. O desespero ficou ainda maior quando ele me prensou a ela me abraçando por trás:
-Isso não foi legal -Sussurrou em meu ouvido. Eu fiquei parada, apenas sentindo o medo me consumir, e as lágrimas lentamente começarem a cair. Rapidamente ele me puxou pelo braço para que o encara-se
-Não me machuque, por favor -Pedi em meio aos soluços
-Eu não vou te machucar meu amor -Ele deslizou sua mão por meu rosto. Seus olhos pareciam vidrados e de certa maneira, parecia que ele não era ele. Era como se ele fosse outra pessoa, como se não estivesse no seu juízo perfeito- Mas o que você disse, me magoou tanto... -Agora ele acariciava meus cabelos- Mas eu te perdoo, o Luan deve ter feito alguma coisa pra você pensar que gosta dele, quando na verdade, você gosta de mim, mas eu vou fazer você enxergar isso de novo, eu vou...
-Thiago, você não está bem, você precisa de um tratamento, se me deixar sair, eu prometo que vou te ajudar... -Com cuidado, toquei seu rosto. Seus olhos azuis pareciam impenetráveis- Você está doente, precisa de ajuda. Seu pai é médico, ele vai ajudar você -De uma hora pra outra, ele começou a rir sem parar 
-Espera, você está dizendo que eu sou louco, é isso? -Ele falava, tentando recuperar o fôlego- Mas quer saber, eu nunca estive melhor! -Ele me arrastou pelo braço me jogando na cama- A única louca aqui, é você Estella! Acho que ficar trancada mais um pouco vai te fazer bem -Ele destrancou a porta
-Não faça isso Thiago, por favor...
-Talvez eu te deixe jantar, ou não, vamos ver como se comporta... -Ele saiu, trancando novamente a porta
-Não me deixe aqui! -Corri até a porta a esmurrando- Me tire daqui! 

NARRADO PELO LUAN

15:30 em ponto. Havia acabado de acordar e até agora não havia recebido nenhuma ligação da Estella, nenhuma mensagem, nada! Tentei durante vezes ligar no telefone dela, mas sempre dava desligado. Aquilo estava me matando, e estava tão desesperado que resolvi ligar para para a clínica dela, onde sua secretária me afirmou que ela ainda não havia aparecido lá, e que estava desmarcando todos os pacientes. Alguma coisa estava acontecendo.

NARRADO PELA ESTELLA

Vasculhei o quarto todo procurando por uma saída, mas não tinha! Thiago havia pensado em tudo: Janela e portas trancadas, não havia nada nas gavetas do criado mudo, nem no guarda-roupas... Eu não podia fazer nada, além de esperar, a cada segundo, o medo me consumir mais. Thiago sempre havia sido muito violento, sabia que ele não seria diferente agora.
Corri rapidamente para me sentar na cama quando vi alguém mexendo na porta, era ele:
-Trouxe isso para você -Ele sorriu levantando um grande embrulho para que eu pudesse ver. Calmamente ele o colocou ao meu lado- Não vai abrir? -Mesmo sem querer, fiz o que ele me pediu. Peguei o embrulho e o abri, lá dentro, havia uma vestido vermelho comprido, com detalhes trabalhados em renda- Quero que o use para o jantar, eu vou ficar muito contente... -Ele tentou me tocar, mas eu me afastei- Ainda está chateada? -Não disse nada- Fique tranquila, tudo vai passar quando nós estivermos indo embora...
-Embora? -O encarei receosa
-Sim, vamos sair do Brasil, assim, ninguém nunca mais vai nos encontrar. Vamos ser só eu e você, de novo -Ele me encarou por alguns instantes, antes de sair do quarto, trancando a porta novamente. A coisa era mais séria do que eu esperava. [...] 

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Oieeeeee negas! Td bem?
Olha, eu sei que demorei pra postar e que o capítulo é pequeno, mas é que a minha vida tá uma correria só! Semana de provas e vocês sabem como é. Além disso, tem o final da fic, e eu tô tentando segurar um pouco, aguentem ai tá?!
Eita! O que será que vai acontecer com a Estella? E o Thiago? Será que ele é capaz de machucá-la???
Comentem que até o fim da semana tem mais!

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Capítulo 50

-Você não vai dizer nada? -Perguntei a Luan depois de um longo silêncio entre nós dois
-O que você quer que eu diga? -Ele não me encarava
-Luan, eu sei que...
-Por que você não me contou a verdade? Por que teve que mentir, dizendo que Breno era seu filho?
-Eu tive medo.
-Foi por isso que o Thiago se separou de você? Só porque não poderiam ter filhos?
-Em parte sim -Sentei na cama, com vergonha de encará-lo-Depois de um tempo casada com Thiago, eu descobri que estava grávida, nós dois sempre desejamos muito ter um filho, só que, eu acabei perdendo o bebê, e desde esse dia, nosso casamento nunca mais foi o mesmo
-Eu sinto muito -Luan disse
-Não, não sinta, isso tudo é culpa minha -Comecei a chorar
-Não diga bobagem! Nada do que aconteceu é culpa sua -Luan veio até mim, se ajoelhando na minha frente- Talvez, só tivesse que acontecer
-Que homem iria querer alguém como eu? Nem meu papel como mulher eu consigo fazer direito, eu me odeio! Me odeio Luan! -Comecei a falar descontroladamente
-EU QUERO VOCÊ ESTELLA! -Luan gritou me fazendo parar para encará-lo- Eu quero te ter de todas as maneiras possíveis, quero poder dizer que você é minha, quero poder dormir e quando amanhecer, ver que você ainda está ali, do meu lado -Ele acariciou meu rosto- Eu te amo Estella, te amo demais
-Eu não sou boa o suficiente pra você Luan, você merece uma mulher que lhe dê uma família linda, filhos lindos -Eu soluçava encarando o chão
-Eu não quero nada disso sem você -Luan segurou em meu queixo, me fazendo olhar para ele
-Eu quero que você seja feliz Luan...
-Quer me ver feliz? Então fica comigo, pra sempre -Ele se inclinou e me beijou profundamente- Eu quero me casar com você -Ele sussurrou por entre meus lábios
-Luan...
-Ei, só vamos curtir o momento -Ele sorriu subindo na cama e ficando sobre mim. Fizemos amor naquela noite. E mais uma vez, nunca pensei que pudesse receber tanto amor de uma única pessoa. Luan repetiu durante horas no meu ouvido o quanto me amava e o quanto queria ficar comigo, em certo momento, eu até chorei, ele era tão incrível que ás vezes me perguntava se o merecia. Depois de tudo, deitamos um de frente pro outro, sem dizer nenhuma palavra, apenas nos olhando. Luan me puxou para deitar em seu peito, onde algumas lágrimas escaparam dos meus olhos e caíram no lençol, Luan me apertou mais forte e beijou meus cabelos, depois disso, pegamos no sono.

Quando acordei ainda estava aconchegada no peito de Luan, me levantei com cuidado, mas infelizmente acabei o acordando:
-Oie -Ele deslizou suas mãos por minhas costas nuas, enquanto tentava fazer com que seus lindos olhos castanhos me focalizassem
-Oi -Lhe dei um selinho- Desculpe, não quis te acordar
-Tudo bem, assim posso passar mais tempo com você -Ele riu me puxando pra ele e me beijando
-Luan, sobre ontem...
-Eu já sei o que você vai dizer -Luan se ajeitou na cama, sentando ao meu lado- O que você me disse ontem Estella, não fez a menor diferença pra mim, nada mudou entre nós dois
-Ás vezes acho que não mereço alguém como você -O olhei
-Sabe, quando olho pra você me pergunto isso também -Calmamente me encostei em seu ombro- E então? -Ele perguntou de repente
-Então o quê? -O encarei assustada
-Ontem eu disse que queria me casar com você, e você não disse nada
-Eu pensei que estivesse brincando -Dizia com os olhos arregalados
-Eu nunca brincaria com algo tão serio
-Luan, você só disse aquilo porque sabia que era o que eu precisava ouvir...
-Não, é porque eu quero mesmo me casar com você, quero que você seja minha mulher e quero te ajudar a adotar o Breno para que ele seja nosso filho...
-Luan, você está se ouvindo?
-Alto e claro -Ele sorriu- Por quê? Você não quer ficar comigo?
-É tudo o que eu mais quero, mas, parece tão...
-Surreall?
-É.
-Eu sonho em me casar com você desde o dia que te beijei pela primeira vez, e quando te vi casando com aquele canalha do Thiago, eu tive vontade de morrer...
-Espera, você viu eu me casando com o Thiago? Mas como?
-Eu consegui ficar escondido em um canto da igreja, mas isso não importa, o que importa é que o destino te trouxe de volta pra mim
-Você é incrível Luan
-Promete que dessa vez você vai ficar de uma vez? Pra sempre?
-Pra sempre Luan -Subi encima dele e dei um beijo em seu pescoço- Pra sempre meu anjo.

Depois que saímos da cama, tomamos um banho e tomamos um rápido café-da-manhã. Antes de voltarmos para Londrina, caminhamos um pouco pela chácara, parando em frente a represa que havia ali para observar a paisagem. Nos sentamos no chão, eu entre as pernas de Luan, apoiada em seu peito, apenas sentindo a batida constante do seu coração, da sua respiração constante e do seu peito subindo e descendo calmamente.
Após mais um tempinho nos curtindo, voltamos para Londrina, onde fomos diretamente para a casa de Luan, todos já estavam lá, inclusive meu pai, Marcela e o Rafael, namorado da Bruna:
-Faz tempo que vocês estão juntos? -Perguntei a Bruna e ao Rafa
-Alguns meses, mas só agora resolvemos assumir pra todo mundo -Rafael respondeu, dando um selinho nela
-Acho que isso vai acabar dando casamento -Marcela comentou de longe
-O quê? Casamento agora não! Minha irmã ainda tá muito nova! -Luan gritou de longe enquanto manuseava a churrasqueira
-Tá certo filhão! -Senhor Amarildo falou concordando com Luan, enquanto todos nós ríamos
-Mas e vocês dois, quando vão se casar? -Meu pai puxou assunto, olhando para mim e depois para Luan
-Pai! -Disse sem graça
-Quando ela quiser senhor Aroldo -Luan falou- Por mim, a gente já tava casado e com a família completa já -Ele disse brincando
-Depois vocês dizem que eu sou a precoce kkkkk -Bruna falou morrendo de rir
-Não vejo problema algum nisso, adoraria ganhar um neto -Senhor Amarildo sorriu tocando no ombro de Luan- Mas isso não se aplica a você Bruna! -Acrescentou rapidamente
-Ai ai, vocês! -Dona Marizete se levantou de seu lugar- Estella, será que você poderia me ajudar a fazer a maionese?
-Claro dona Marizete! -Me levantei à seguindo até a cozinha. Enquanto conversávamos, eu ia picando os ingredientes que seriam colocados na maionese:
-Sabe, estou tão feliz por você e o Luan terem voltado -Ele disse me olhando
-Eu também dona Mari
-Eu não sei como foi sua vida até aqui, mas isso não interessa, o que importa é que Luan está mais feliz do que nunca, e tudo isso graças a você, portanto obrigada
-Eu que deveria agradecer a senhora, por ter colocado a pessoa que eu mais amo e que me faz completa, no mundo -Sem dizer nada, ela apenas me abraçou
-Bem-vinda de volta, senti tanto a sua falta
-Eu também dona Mari. -Em meio a isso tudo, acabamos nos emocionando, e só depois que conseguimos nos recompor e que levamos a maionese para fora.
O dia foi maravilhoso, acho que não poderia ter sido mais perfeito. Todos pareciam tão felizes, mas eu só precisava observar Luan pra ter certeza de que tudo estava bem entre nós.

Infelizmente, logo que a tarde começou a cair, tivemos que nos despedir de todos. Luan teria show em uma cidade do interior do Rio amanhã e eu tinha várias consultas agendadas no meu consultório. Nos despedimos com a promessa de que logo voltaríamos, e depois de abraçar todos, um por um, fomos para o aeroporto, onde pegamos o bicuço em direção a Sampa:
-Está tão calado -Disse olhando para Luan que olhava pela janela do jatinho- No que está pensando?
-Em como eu te amo -Ele se virou para me olhar
-Jogo sujo Luan, sabe que assim você me ganha fácil
-Tenho todo esse poder sobre você?
-Mais do que você imagina -Ri me aconchegando a ele. Algumas horas depois, o jatinho aterrissou em São Paulo:
-Chegamos Luan! -Francisco -Seu piloto- anunciou da cabine
-Queria poder ficar aqui com você
-Vamos ter muito tempo pra isso
-Vamos?
-Vamos -Ri dando um beijo nele
-Tem certeza de que não quer que eu mande alguém te acompanhar até em casa?
-Não precisa Luan, eu vou ficar bem
-Me manda uma mensagem  falando que chegou bem? Quando eu chegar no hotel vou ver
-Mando sim
-Eu te amo -Luan sussurrou me dando outro beijo
-Eu te amo Luan -Murmurei o encarando profundamente, enquanto sentia nosso beijo chegando ao fim aos poucos. Depois de me despedir de Luan, peguei minhas coisas no bagageiro e entrei em um táxi que já me esperava ali na pista. Enquanto saíamos, acenava para Luan da janela do carro.

NARRADO PELO LUAN

Logo que Estella se foi e o jatinho decolou novamente, senti uma dor imensa no peito, era como se algo me pedisse para voltar imediatamente e ficar com ela. Era como se eu sentisse que algo de ruim fosse acontecer.
Aqueles pensamentos ruins permaneceram comigo durante toda a viagem, e depois que cheguei ao hotel, ainda não havia recebido nenhuma mensagem dela.

NARRADO PELA ESTELLA

-Obrigada -Agradeci ao taxista pela corrida. A rua estava escura, e não demorou muito até que as luzes do táxi desaparecessem na esquina á apenas alguns metros á frente. Caminhei com minha mala em mãos até a varanda da minha casa, peguei a chave e com um pouco de dificuldade destranquei a porta. Depois de trancá-la novamente, joguei minhas coisas encima do sofá e segui para meu quarto para poder tomar um banho. Logo que entrei, percebi uma pedra enorme jogada sobre minha cama, olhei na provável direção que ela havia vindo e vi vários cacos de vidro espalhados pelo chão, minha janela havia sido quebrada, o que queria dizer que... Antes que pudesse pensar em correr, senti mãos que antes estavam atrás da porta me agarrarem, uma me segurando enquanto a outra tapava minha boca. Eu não consegui ver o rosto da pessoa. Só sei que quando pensei em agir, a pessoa levou um lenço em direção ao meu nariz, onde eu acabei apagando. Alguém havia invadido minha casa. [...]

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Buenas Noches negas! ;)
Bem, como eu mesma disse, a fic teve que ser reduzida, portanto estamos na reta final, mas uns cinco capítulos e chegaremos ao fim.
Awwwwwwn, Luan aceitou numa boa a condição da Estella! *-* Mas por outro lado, quem será que invadiu a casa dela????? Sugestões?????
Comentem que logo postarei mais! Espero que estejam gostando da fic! :D Bjs, Nati.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Capítulo 49

-Eu entrei com um processo no orfanato para adotar o Breno
-VOCÊ O QUÊ?
-Sabe, aquele garoto me cativou -Thiago disse com um sorriso
-Você não vale nada mesmo! Se pensa que vai conseguir me atingir fazendo isso...
-Eu já consegui Estella -Ele se aproximou mais de mim- Além disso, é o mínimo que você pode fazer por mim, já que não teve a capacidade de me dar um filho -Dizia enquanto afastava uma mecha de cabelo que estava no meu rosto para o lado- Alias, o Luan já sabe desse seu defeito? -O encarei, meus olhos cheios de medo- Foi o que pensei. Sabe, não me surpreenderia nada saber que o Luan te largou por causa disso.
-Quem te falou que estamos juntos?
-Eu não sou bobo Estella -Thiago me fitou
-Ele não é igual a você! 
-Há é? Tem certeza? -Zombava
-Você não vai conseguir tirar o Breno de mim! -Dizia com os olhos cheios de lágrimas, a voz embargada
-Tudo isso que esta acontecendo poderia ter sido diferente, se não fosse essa sua doença...
-Não -O interrompi- Mesmo que eu fosse perfeita, te desse o número de filhos que você quisesse ter, tudo ainda teria acabado da mesma forma, e sabe por quê? Porque você é incapaz de amar Thiago! Meu maior erro foi ter largado o Luan pra ficar com você! -O confrontei
-Não ouse me enfrentar! -Ele segurou meu braço com força
-Vai mesmo me bater aqui? Na frente de todas essas pessoas? -A essa altura, vários curiosos já observavam a nossa discussão. Rapidamente ele me soltou.
-Você não me conhece, não sabe o que eu sou capaz de fazer -Ele disse ameaçador
-Te conheço, e sei muito bem do que é capaz, mas eu não tenho medo de você, não mais. E fique longe do Breno! 
-Sabe, como entrei com um processo, tenho os mesmos direitos que você
-Eu não vou desistir! -Encarei Thiago uma última vez e fui até a mesa buscar Breno
-O tio Thiago não vem com a gente tia Sté? -Ele perguntou apontando para Thiago, que nos olhava de longe
-Não Breno, ele não vem -Peguei em sua mãozinha e caminhei na direção de meu carro, enquanto Breno acenava para Thiago para se despedir dele.

Tentei aproveitar o resto do dia com Breno, mas depois de tudo o que havia acontecido, estava meio difícil. Sabia que Thiago nãos nos deixaria em paz e que faria de tudo pra me ver sofrer, a ideia de eu estar com Luan e não com ele, feria o seu ego.  
Depois do passeio, deixei Breno no orfanato, e mesmo morrendo de medo de Thiago voltar ali para pegá-lo, eu tive de deixá-lo.
Não tive forças nem para passar em casa, eu precisava desabafar, conversar com alguém, por isso, acabei indo direto para a casa de Luan. Quando ele abriu a porta, o abracei aos prantos, e sem questionar nada, ele apenas retribuiu meu abraço. Fomos para a sala, e lá contei a ele tudo o que havia acontecido, quer dizer, exceto o fato de Breno não ser meu filho e de eu não poder ter filhos:
-O Thiago não pode tirar seu filho de você... -Luan sussurrava tentando me acalmar 
-O pior é que ele pode Luan -Chorava encarando toda a realidade em silêncio
-Não, o juiz não permitiria isso, quer dizer, você é a mãe dele
-É mais complicado do que isso Luan... -Parei um momento para o encarar
-Por que? Tem alguma coisa que quer me contar?
-Não, não tem nada, eu... eu só não quero perder o Breno -Lágrimas caiam sem parar dos meus olhos
-Ei, vai ficar tudo bem, eu te prometo -Ele me aconchegou em seu peito.

Minha noite foi um pouco conturbada, mas graças ao carinho e a paz que Luan me passava, eu consegui pregar os olhos durante algumas horas. Acordamos bem cedo e fomos para o aeroporto, onde o jatinho de Luan esperava para nos levar para Londrina. Havia ligado mais cedo para meu pai e para Marcela, avisando a eles de que á tarde estaria lá com Luan. Meu pai não fez muitas perguntas -Acho que já imaginava o que estava acontecendo entre nós-, já Marcela quase teve um treco quando eu disse que havíamos voltado:
-Você está calada -Luan comentou após algum tempo depois que decolamos- Tá tudo bem? -Balancei a cabeça garantindo que sim
-Está, eu só estava me lembrando das várias vezes que viajei aqui com você -O olhei
-Foi quando a gente começou a ficar, e quando eu percebi o quanto era louco por você
-O mesmo aconteceu comigo -Sorri- Sempre achei que gostava de você apenas como um amigo, mas com o tempo, percebi que estava enganada
-Talvez sempre soubéssemos, só não admitimos um para o outro -Ele acariciou meu rosto
-É, pode ser -Me inclinei lhe dando um selinho. Em poucas horas chegamos a Londrina, pegamos um táxi e Luan logo pediu que ele nos levasse até o seu condomínio:
-Nervosa? -Ele me encarou brincando
-Muito! Seus pais devem pensar horrores de mim, nem sei se deveria ter vindo...
-Não seja tola, você está esquecendo que eles te adoram e o principal, que eu te amo, não tem porque ter vergonha ou medo, o que passou, passou
-Mesmo assim...
-Ei, vai dar tudo certo -Ele sorriu enquanto passávamos pelo portão do condomínio. Alguns quilômetros a frente, paramos em sua casa. Pegamos nossas coisas e quando percebemos, os pais e a irmã de Luan já estavam nos esperando na varanda. Eles sorriam, e aquilo me fez sentir um grande remorso ao perceber tudo o que havia deixado para trás:
-Estella querida! Que saudades de você! -Dona Marizete veio ao meu encontro de braços abertos
-Oie Dona Mari, também senti muitas saudades da senhora -Sorri simpática
-O bom filho a casa torna -Bruna se aproximou sorrindo e me abraçando também- Sabe, já estava na hora de você e meu irmão voltarem! 
-Também senti saudades Bruna -Ri dela
-Bem-vinda de volta Estella -Senhor Amarildo se aproximou formalmente, mas logo em seguida, também me abraçou forte- Sentimos saudades...
-Eu também senhor Amarildo, eu também...
-E ai, vamos entrar? -Luan sorriu para todos, se aproximando para pegar minha em minha mão. Fomos para a cozinha, onde Dona Marizete nos serviu um doce divino -Que só ela mesma conseguia fazer-, enquanto conversávamos sobre tudo o que havia acontecido nesses três anos. Eles perguntaram como eu estava, sobre a minha clínica, mas graças a Deus não perguntaram sobre Thiago, ou sobre porque nosso casamento havia acabado, e eu fiquei grata por isso. Em vez disso, perguntaram como eu e Luan nos encontramos, o que soou bem engraçado quando contamos a eles. Fiquei feliz ao ver que até mesmo Puff ainda se lembrava de mim. 
Ficamos durante algumas horas ali, e depois de pegar ao carro, Luan os avisou de que iríamos para a casa de meu pai e que de lá, iríamos para a chácara, e que eles não precisariam nos esperar ou se preocupar. 

Enquanto Luan dirigia por Londrina, eu ficava fascinada observando tudo o que havia deixado para trás, a vida simples, calma... Tudo parecia fazer tanta falta agora. 
Quando Luan parou em frente a minha antiga casa, eu não pude conter a emoção, ainda mais depois de ver meu pai e Marcela sentados juntos na varanda -Que parecia ter sido restaurada a pouco tempo. Abri a porta do carro e fui correndo até eles. Meu pai se assustou ao me ver, mas logo em seguida, sua surpresa também deu lugar a saudade que sentíamos um do outro. No tempo que estive casada com Thiago, ele quase não foi me visitar em São Paulo e com a minha clínica, eu quase não tinha tempo para ir a Londrina, mas graças a Deus, tudo voltaria a ser do jeito que sempre deveria ter sido. Abracei Marcela logo depois, e chorei horrores quando vi minha amiga de novo, em todo esse tempo, ela sempre foi uma grande confidente, quase uma irmã. 
Luan se aproximou um pouco tímido, mas meu pai o recebeu de uma maneira tão acolhedora, que logo tudo o que havia acontecido, não parecia mais importar.
Nos sentamos na sala, e como na casa de Luan, colocamos o papo em dia. Claro, sempre com algumas perguntas como: "Como se encontraram?", mas também com expressões que mostravam o quanto estavam contentes por nós: "Fico felizes que estejam juntos de novo", "Já estava na hora, né?"
Lembro que em algum momento da conversa, deixei Luan a sós com meu pai na sala e fui para a cozinha com Marcela preparar um chá para nós quatro:
-Parabéns amiga -Marcela me deu uma piscadela- Já estava na hora de vocês ficarem juntos de novo
-Eu tô tão feliz Ma, o Luan é perfeito, ele é atencioso, carinhoso... É tudo o que uma mulher poderia querer em um parceiro.
-Ainda nem acredito que você largou daquele cheto do Thiago, dou graças a Deus todos os dias por isso...
-Não vamos falar no Thiago, quero esquecer de tudo o que vivi com ele, sabe, depois que voltei com Luan, percebi a besteira que fiz e os anos que perdi ao lado de um homem que eu nunca amei por nada
-Esquece isso Estella -Ela disse juntando as xícaras em uma bandeja- O importante é o agora amiga -Ela riu e voltamos juntas para a sala. Ela estava certa, o importante era o agora. 
Depois de algumas horas ali, nos despedimos deles, dizendo o mesmo que havíamos dito aos pais de Luan, deixando marcado um almoço com todos eles amanhã na casa de Luan. 

Em questão de minutos, já nos víamos na estrada rumo a chácara. O sol se punha no horizonte, e de vez em outra, Luan e eu nos entreolhávamos sorrindo, acho que porque lembrávamos dos momentos lindos que havíamos tido ali:
-Chegamos -Ele disse após alguns minutos, enquanto estacionava em frente a casa
-Do mesmo jeito que eu me lembrava -Sorri para ele, que se inclinou para me beijar
-Lembra da primeira vez que te trouxe aqui?
-Nem me lembre Luan! -Desci do carro indo até a porta de entrada, Luan também desceu, correndo atrás de mim e me segurando pelo braço
-Acho que a história vai voltar a se repetir -Ele abriu a porta e me puxou para dentro, já me beijando calorosamente
-Já está se repetindo -Sorri enquanto ele me pegava no colo e me levava até seu quarto. Quando chegamos até lá, Luan fechou a porta e tirou a camisa, vindo até mim e me beijando. Apoiei minhas mãos em seu peito, enquanto ele beijava meu pescoço. O amor e o desejo que sentia por ele naquele momento eram incapazes de serem medidos. Calmamente ele me levou até a cama, onde passamos longos minutos trocando carícias. Quando Luan se aproximou para tirar minha blusa, acebei avaliando o que estava pra acontecer ali, e de súbito, o empurrei de cima de mim:
-Não, não, não... -Levantei da cama andando com as mãos sobre a cabeça pelo quarto
-O que foi Estella? Você não quer... -Luan estava sentado na cama me olhando sem intender
-Eu não posso fazer isso, não posso fazer isso com você -Minhas palavras naquele momento pareciam não fazer nenhum sentido.
-O que você não pode fazer comigo? -Luan se aproximou de mim, alisando meu rosto com seus polegares- Desde ontem você esta estranha comigo, o que está acontecendo?
-Eu não posso mais mentir pra você...
-Mentir sobre o que?
-Luan, Breno não é meu filho...
-O quê? Mas como assim?
-Eu quero adotá-lo, porque... Eu não posso ter filhos Luan, nunca poderei ter... -Ele me soltou, me encarando seriamente. Naquele momento, fiquei ciente de qualquer que fosse a sua decisão, eu não poderia culpá-lo, talvez Thiago estivesse certo, talvez tudo fosse culpa minha. [...]

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Capítulo postado moçada! 
Perdões pelos erros ortográficos, não tive tempo pra corrigir o capítulo.
Mais e ai? Estão curtindo a fic? 
Eita! Thiago sempre aprontando e metendo o bedelho onde não deve... Mas e o Luan, como será que ele vai reagir depois de saber que a Estella nunca será capaz de ter filhos ou de formar uma família?
Gostaria de avisar também que a fic vai acabar nos próximos capítulos. Como vocês devem estar percebendo, eu estou demorando bastante para postar e acredito que não estou me dedicando a fic da maneira que deveria, por isso, acho que será melhor adiantar o final da fanfic.
Comentem que logo mais estarei de volta! Bjinhos, Nati ;)

E GOSTARIA DE DIVULGAR ESSA FIC MARAVILHOSA AQUI ► "LUAN SANTANA NOSSO ANJO" ◄ TÁ NO COMECINHO E É PERFEITA! *-* BORA LER???