-Não acredito que é você... -Luan me fitava dos pés a cabeça- Pensei que... que nunca mais fosse te ver -Disse me encarando
-Você está... diferente -Comentei também o olhando. E como estava diferente! Aquele homem forte que estava bem na minha frente, não se parecia em nada com o menino franzino que eu havia conhecido
-Diferente bom ou diferente ruim? -Ele riu. Desde quando o Luan ficou tão soltinho assim? Sem saber o que responder, apenas lhe dei um rápido sorriso como resposta.
-A senhora conhece ele? -Breno puxou minha blusa, ao mesmo tempo que olhava fascinado para Luan
-Co... conheço sim, ele é...
-Um velho amigo -Luan completou por mim, nos olhando com atenção
-É... -Me abaixei para conversar com Breno que ainda se encontrava sentado- Já escolheu o tênis que você quer querido?
-Já, vou ficar com este
-Certo. Moça? -Chamei uma das funcionárias que observavam a mim e a Luan como estátuas. Desde que ele havia entrado, todas começaram a disputar pela sua atenção e para ver quem o iria atender, mas quando ele começou a conversar comigo, todas se mantiveram em silêncio.
-Sim? -Uma delas se manifestou
-Pode separar este para nós? -Entreguei a caixa com o sapato para ela
-Eu queria ir no banheiro... -Breno falou para mim
-A moça vai te levar, tudo bem? -Ele balançou a cabeça em afirmativa- Não se esqueça de lavar as mãos quando sair -Peguei no nariz dele brincando e ele riu
-Não vou esquecer -Ele se levantou com a ajuda se duas perninhas curtinhas, passou por Luan e pegou na mão da funcionária que o esperava, minutos depois eles sumiram de vista, enquanto seguiam por um corredor.
-Seu filho? -Luan perguntou calmamente, enquanto me encarava sério. O que eu deveria dizer? Que eu era estéril e que não podia ter filhos? Que eu e meu marido estávamos quase nos separando por causa desse meu defeito? Que nós brigávamos todos os dias porque eu iria adotar um menino que eu já considerava meu filho e ele apenas uma criança qualquer? Não, obrigada, eu não deixaria ele ter pena de mim:
-É, é sim -Respondi olhando na direção do corredor
-Ele é lindo, se parece com vocês... -Disse colocando as mãos nos bolsos do seu jeans- Vocês, ainda estão juntos? -O olhei confusa- Você e o Thiago? Ainda estão juntos? -Ele repetiu a pergunta, entendendo minha confusão
-Há, estamos sim... -Disse colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha
-Que bom, quanto tempo?
-Três anos... Mas e você?
-O que tem eu? -Luan me fitou
-Também se casou? -Ele riu alto com a minha pergunta
-Não!
-Namorando?
-No momento estou na pista pra negócios. Não fiquei com ninguém depois de você, quer dizer, não sério... -Ele tinha mesmo falado aquilo em voz alta? Olhei impaciente ao redor, por sorte, as funcionárias que trabalhavam ali, haviam se distanciado um pouco de nós, nos dando mais liberdade para conversarmos- E seu pai? Como está?
-Está bem
-Ainda em Londrina?
-Sim, nos vimos a alguns meses
-Você não voltou mais lá? Depois que se casou?
-Não, sabe, o meu consultório está sempre cheio, e viajar é meio difícil...
-Então você finalmente conseguiu montar seu consultório? -Luan sorriu
-É, eu consegui -Ri olhando na direção do corredor, ao perceber que Breno estava voltando
-Eu sei que você deve estar com pressa, e que aqui não é o lugar mais cedo pra isso, mas... Eu gostaria muito de poder me encontrar com você para conversarmos...
-Luan, eu não sei se...
-Por favor, eu gostaria muito de saber como você passou os últimos anos -Certo, eu devia aquilo a ele, não devia?
-Aonde?
-Faz assim -Ele coloco uma das mãos no bolso do seu jeans retirando de lá um cartão- Toma meu número, me liga amanhã á tarde que vou te passar o endereço direitinho, tudo bem?
-Tá
-Promete que vai ligar? Eu quero muito poder conversar com você -Ele me encarou cauteloso
-Eu vou ligar Luan, prometo... -Me afastei dele, me virando na direção do balcão, para poder pagar minha conta e sair logo dali
-Ei -Ele me chamou e eu o olhei rapidamente- Fiquei feliz em ver que você está bem
-Obrigada, eu também... -Sorri de lado, continuando meu trajeto até o balcão. Enquanto a moça finalizava minha compra, Breno se encontrava em papo contagiante comigo, juro que tentava dar a ele o máximo de atenção possível, mas estava sendo difícil me concentrar, ainda mais sabendo que Luan também estava ali. Nas duas vezes que me virei para trás, para conferir o que ele estava fazendo, o peguei me olhando. Certo, foi algo constrangedor. Depois de pagar a conta, a moça me entregou uma sacola com o produto e eu peguei na mãozinha de Breno -Que ainda conversava- para que pudéssemos ir embora.
A essa altura, Luan já estava sendo atendido. Ele parecia estar olhando alguns tênis, quando nos despedimos com uma rápida troca de olhares. Aquilo estava sendo sufocante.
Quando cheguei a entrada da loja, me deparei com dezenas de meninas enlouquecidas gritando o seu nome. Fiquei grata por nenhuma delas se lembrar de mim, já que eu havia trabalho durante alguns meses com Luan no lugar de Rober, bem na época que... Tudo bem, nada disso vem ao caso agora. Peguei Breno nos braços, e com a ajuda de alguns seguranças, consegui sair em segurança da loja, de repente, me vi perguntando se Well também estaria ali, logo me peguei sorrindo com o pensamento.
Antes de sairmos do shopping, comprei um soverte para Breno e só depois fomos embora. Ele não havia falado muito durante o caminho, eu muito menos, era como se ele percebesse que havia algo de errado comigo e realmente tinha algo errado. Desde que havia visto Luan, eu não me sentia mais eu mesma, era como seu eu tivesse acabado de me tornar outra pessoa:
-Chegamos -Disse a Breno quando estacionei o carro em frente ao orfanato
-A senhora vem me ver na segunda? -Ele perguntou tristinho
-Claro que venho! Eu sempre venho, não venho?
-Vem...
-Ei, logo, logo você vai vir morar comigo, na minha casa, e nós dois vamos nos divertir muito, te prometo! -Alisei o rostinho dele
-Eu me diverti muito -Ele sorriu
-Eu também querido
-Também gostei daquele amigo da senhora...
-Do Luan? -Falei surpresa
-Sim, gostei dele -Ele disse abrindo a porta do carro, já pronto para descer e ir na direção da diretora do orfanato que já o esperava no portão
-Ei, e o meu abraço e meu beijo? Não vou ganhar? -Pedi, e ele sorriu enquanto se inclinava no banco para me dar um abraço e um beijo na bochecha- Eu te amo Breno -Sussurrei alisando seus cabelinhos macios
-Também te amo tia Sté -Ele me deu uma última olhada e desceu do carro. Fiquei o observando enquanto ele corria até diretora e lhe mostrava contente o presente que havia ganhado. Eu não via a hora de ser legalmente a mãe daquele garoto, porque de certa maneira, ele também já se aceitava como meu filho.
Quando cheguei em casa, confesso ter ficado surpresa quando encontrei Thiago estirado no sofá da sala, já que ele quase nunca estava em casa:
-Por que demorou tanto? -Ele perguntou ríspido, enquanto me observava colocar as chaves do carro sobre a mesinha de centro
-Com Breno, no shopping, como fazemos todos os sábados, e você sabe disso -Respondi sem lhe dar muita atenção
-De novo esse garoto... -Thiago se levantou do sofá, desligando a televisão e indo em direção a cozinha. Ele usava apenas calça jeans, parecia bem casual e até um pouco caseiro -Não que ele fosse.
-Sim, o que tem ele? -Fui atrás dele, mesmo sabendo que outra briga estava prestes a começar
-Nada, eu não disse nada -Ele abriu a porta da geladeira, tirando de lá uma garrafa de água e enchendo um copo logo em seguida- Só, acho isso ridículo... -Disse enquanto bebia sua água
-Ridículo é você Thiago! Eu vou adotar esse garoto, por que eu o amo! Queira você ou não!
-Sabe que só vai conseguir adota-lo com a minha autorização... Até onde sei, os papeis também tem que ser assinados por mim
-Por que você faz isso? -Disse com os olhos marejando. Não reconhecia mais o homem com o qual havia me casado
-Simplesmente por que eu quero que você entenda que esse garoto, não vai suprir o vazio que nos assombra, apenas isso, não quero que se iluda pensando que tem uma chance de ser feliz, por que você não tem querida -Ele se aproximou alisando meu rosto- Eu não entendo como só você não consegue ver que tudo isso é apenas uma ilusão, que você criou na sua mente...
-A unica ilusão aqui Thiago, é o nosso casamento! -Disse com raiva e como consequência, sem pensar também. Rapidamente ele deslizou uma de suas mãos pelos meus braços e o agarrou com força
-Não seja ingrata Estella, você sabe que eu te amo, você sabe disso -Ele apertava meu braço com força, muita força
-Você está me machucando!
-Não subestime meu amor por você, você sabe que eu odeio quando você faz isso!
-Pensei que você tivesse dito que nunca mais me machucaria -Sussurrei, minha voz sumindo com a dor
-E eu vou, eu prometi a você que iria parar, mas é que as vezes, você... você me tira do sério Estella! -Suas mãos suavizaram, senti meu braço queimar a medida que ele me soltava- Mas você insisti em medir forças comigo! Eu não entendo por que você faz isso!
-Apenas me deixe em paz! -Sai correndo dali, indo até nosso quarto e me trancando lá. Comecei a chorar desesperadamente, como fazia quase todos os dias. Decidi que seria melhor tomar um banho, eu precisava relaxar. Enquanto me despia, parei em frente ao espelho e fiquei observando as manchas roxas espalhadas por meu corpo. Pernas, costas, braços... Havia marcas deixadas por Thiago por todos os lados. Desde a noite que brigamos pela primeira vez, ele não havia parado mais. Sempre que chegava bêbado ele me causava algum dano e no dia seguinte, caia arrependido aos meus pés. Hoje isso havia piorado, ele tinha a capacidade de me ferir mesmo estando sóbrio, bastava eu tentar testar sua paciência, ele não suportava ser testado.
Enquanto tomava meu banho, tudo o que consegui sentir foi ódio, pena de mim mesma, por ter permitido que tudo aquilo tivesse começado. Eu sei que o fato de nunca podermos termos filhos o chateava, mas isso não dava a ele o direito de me espancar. Eu nunca havia contado a ninguém, esperava que, já que eu tinha começado aquilo, conseguisse fazer com que ele parasse.
Depois que sai do banho, vesti minha camisola de seda e me sentei na beirada da cama, tudo o que conseguia fazer era chorar, chorar sem parar:
-Estella? -Ele me chamou do outro lado da porta- Por favor, me deixe entrar... Juro que não vou te machucar, nunca mais, eu prometo -Ele sempre dizia aquilo depois de ter me feito algo- Abra a porta, por favor... -Eu não o queria deixar mais zangado, então tudo o que fiz, foi me levantar e abrir a porta. Seus olhos azuis logo encontraram os meus, pareciam desesperados a procura de um pedido de perdão- Doeu? -Ele perguntou segurando o meu braço, no mesmo lugar que o havia apertado com força a alguns minutos atrás. Instintivamente fiz uma careta de dor, estava muito dolorido- Me perdoe, eu não quis fazer isso, você sabe que eu não quis -Calmamente ele me guiou até a cama, se sentou e fez com que eu me sentasse ao seu lado. Analisou meu braço. Depois abaixou uma alça da minha camisola, e observou outra mancha roxa em meu ombro, baixou a cabeça lentamente e a beijou, quando se levantou, seus olhos azuis me encaravam arrependidos- Tem mais? Mais manchas? -Balancei a cabeça em afirmativa- Me desculpe, por favor, me desculpe Estella, eu te amo, te amo tanto! -Ele me abraçou com força- Não me odeie, não me odeie... -Ele repetiu aquelas palavras várias vezes enquanto me abraçava, como sempre fazia- Eu não queria, mas... é mais forte do que eu -Algumas lágrimas saltitaram de seus olhos
-Só não faça mais, por favor, eu não consigo mais...
-Isso acaba hoje, eu prometo -Ele segurou meu rosto em suas mãos, me dando um beijo bem casto. Tudo o que poderia fazer, era rezar para que aquele pedido de desculpas durasse mais do que o anterior.
Domingo de manhã. Acordei com o sol raiando, Thiago ainda dormia ao meu lado. Me levantei cuidadosamente e fui até o banheiro, no espelho, observei mais uma marca em meu corpo, o local que Thiago havia apertado em meu braço estava completamente roxo, minha maior marca até agora e rezava para que não tivesse outras. Depois de escovar os dentes e lavar meu rosto, voltei para o quarto, onde vesti uma saia com pregas, vermelha, e uma blusa branca de manga longa, com detalhes de renda:
-Bom dia -Thiago disse, acordando aos poucos, enquanto eu fazia uma maquiagem leve em frente ao espelho
-Bom dia -Respondi calmamente
-Tudo bem? -Ele se levantou, caminhando até mim e dando um beijo em meu pescoço
-Estou... -Disse evitando encara-lo
-Você está linda assim -Ele me olhou
-Vou para a cozinha preparar nosso café -Disse me afastando dele, porém, me surpreendi quando ele me puxou pela mão e me beijou com fervor
-Não tenha medo de mim, eu não gosto disso...
-Eu não tenho -Me soltei dele e fui para a cozinha.
O começo de nosso domingo foi bem calmo, Thiago e eu ainda não havíamos brigado, e isso era quase um milagre. Tomamos café da manhã juntos, porém, em silêncio. Fiz o almoço, e depois de comermos, ele se trancou em seu escritório para organizar algumas papeladas do hospital.. Me sentei no sofá da sala, e no instante seguinte, me peguei pensando em Luan. Eu deveria ir vê-lo? Será que devia alguma explicação a ele? Será que poderíamos apenas conversar? Em memória dos bons tempos que tivemos? Não pensei duas vezes, se não desistiria. Corri até meu quarto. Tranquei a porta e vasculhando o cesto de roupas sujas, encontrei o número de Luan no bolso da minha calça jeans. O peguei e fui para o banheiro, fechei a porta e disquei o número, ao segundo toque, ele atendeu:
-Alô?
-Oi, sou eu, a Estella -Achei melhor não dizer seu nome, não queria que Thiago escultasse qualquer coisa. Ouve um minuto de silêncio
-Estella! Como você está? Tudo bem?
-Tudo... Eu liguei, porque... Queria saber se você ainda queria me ver...
-Mas é claro! Então você vem?
-Sim, mas para isso preciso do seu endereço -Ri
-Claro! -Sua risada contagiante amoleceu meu coração- Sabe onde fica Alphaville?
-Sei
-Então... -Luan me passou o endereço, e quando eu perguntei de quem era a casa que ele estava, ele não quis me falar
-Logo chego ai
-Tudo bem, vou te esperar -Nos despedimos. E quando sai de meu quarto, já tinha uma desculpa prontinha na cabeça. Parei em frente a porta do escritório de Thiago e bati -Ele não gostava que eu entrasse sem avisar:
-Oi -Disse abrindo a porta lentamente
-Oie -Respondeu olhando para a tela do computador, praticamente me ignorando
-Vou ter que sair...
-Aonde você vai? -Ele me encarou sério
-Breno está com febre e eu vou acompanha-lo no hospital...
-Alguém do orfanato pode fazer isso...
-Por favor Thiago -Me aproximei colocando minha mãos sobre seus ombros- Prometo que não vou demorar... Por favor, me deixe ver como meu menino está...
-Esse garoto... -Ele balançou a cabeça em negativa- Pode ir, mas por favor, não demore, eu tenho planos para mais tarde...
-Não vou, eu prometo -Dei um beijo em seu rosto. E quando fechei a porta do escritório, ele já estava novamente concentrado na tela de seu computador.
Demorei algumas horas até chegar a zona oeste da grande São Paulo, o tempo estava tampado, e provavelmente mais tarde iria chover. Com o endereço que Luan havia me dado, comecei a procurar pela casa que ele estava, provavelmente, preferiu passar o dia na casa de algum amigo, do que trancado em um quarto de hotel.
Não demorei muito para encontrar. Estacionei o carro e depois de descer, caminhei até a porta e toquei a campainha. Não demorou muito para que Luan surgisse na porta de calção jeans, camiseta branca e os cabelos um pouco desgrenhados, provavelmente ele estava bem á vontade ali:
-Obrigado por ter vindo... -Ele sussurrou, me olhando com um largo sorriso no rosto
-Era o mínimo que eu podia fazer, acho que estou te devendo isso...
-Por favor, entre... -Me deu passagem. Assim que entrei, me deparei com uma sala toda mobiliada, paredes devidamente decoradas e um leve cheiro de tinta pelo ar
-Gostou da decoração? -Ele sussurrou ainda atrás de mim
-Linda... -Me virei para olha-lo- Quem mora aqui?
-Daqui a alguns dias, eu
-Essa casa é sua? -Perguntei surpresa
-Sim, estou de mudança pra cá com a minha família
-Que legal Luan! Eu não sabia. Então, quer dizer que está deixando Londrina de vez?
-De vez não, você sabe o quanto gosto de lá, vou manter minha chácara... Mas da maneira que minha carreira está indo, fica mais fácil para mim morar aqui em São Paulo
-Eu entendo, e pelo visto, parece que você conseguiu chegar ainda mais longe, parabéns
-Obrigado -Um clima chatinho se estabeleceu entre nós dois- Quer conhecer a casa?
-Eu adoraria... -Luan caminhava na frente, enquanto me mostrava a bela vista que a casa oferecia, e todos os cômodos, com móveis escolhidos a dedo e uma decoração de tirar o fôlego. Depois que me mostrou toda a casa, fomos para a cozinha, onde ele me ofereceu um copo de creme de abacate:
-Desculpe, é a única coisa que eu sei fazer! -Ele riu me entregando um copo
-Eu sei kkkk mas confesso que senti saudades do seu creme, é o melhor que já provei até hoje -Falei rindo, e depois de ver a maneira como Luan me olhava, me arrependi amargamente por ter dito aquilo- Como estão seus pais? Sua irmã? -Tentei mudar de assunto
-Estão bem... Tenho algumas fotos deles aqui no meu celular, você quer ver?
-Eu adoraria Luan -Fomos para a sala com nossos copos de vitamina e nos sentamos lado a lado no sofá, enquanto ele me mostrava todo orgulhoso as fotos da família
-Meu Deus! Como a Bruna cresceu! Ela está uma moça linda! -Disse admirada ao ver uma foto dela
-Tá mesmo, decidimos nos mudar pra cá, por causa dela também, já que ela começou a estudar teatro a alguns meses...
-Então quer dizer que agora, além de um filho cantor, o senhor Amarildo e a dona Marizete também vão ter uma filha atriz? -Brinquei
-Pois é... -Ele riu sem jeito
-Sabe, é meio difícil acreditar que você não tenha namorado sério com ninguém depois de mim -Eu sei, havia feito um comentário desnecessário
-Não tenho vontade de namorar, curtir é muito melhor...
-Curtir? -O encarei
-É, você sabe, uma noite apenas e nada mais
-Isso é sério?
-Por que é tão difícil de entender?
-Eu não sei, talvez porque quando nós... Não sei, você era tão romântico!
-Isso foi a três anos atrás, eu mudei, você mudou...
-Eu não mudei!
-O que quero dizer, é que porque vou ficar com uma pessoa, se posso ter todas as mulheres que quero, na hora que quero e do jeito que quero?
-Eu não acredito que você está me dizendo que acha o sexo mais importante que o amor... -O olhei indignada
-Pelo menos assim, eu não corro o risco de sair machucado -Ele estava me mandando uma indireta?
-Está insinuando que eu te machuquei? Nós já tínhamos terminado quando eu comecei a namorar o Thiago, e você sabe muito bem disso!
-O que estou dizendo, é que quando levo uma mulher pra cama...
-Eu sinceramente não quero ouvir detalhes das suas noites amorosas! -Me levantei brava- Você se tornou um idiota Luan! Nunca pensei que fosse ficar tão decepcionada com você! -Peguei minha bolsa, e me levantei indo em direção a porta, lá fora, a chuva já começava a cair
-Por favor, não vá agora -Luan me segurou pelo braço, justamente em cima do meu hematoma. A dor foi tão insuportável, que eu soltei um grito no mesmo instante
-Aiii! -Rapidamente Luan me soltou
-O que foi? Você está ferida? -Ele me olhou assustado
-Não foi nada, eu apenas... apenas bati com o braço na porta...
-Deixa eu ver...
-Não Luan!
-Me deixe ver Estella! -Ele disse bravo, mas ao mesmo tempo preocupado, se aproximando de mim. Fiquei quieta, enquanto ele dobrava as longas mangas da minha blusa, até visualizar a grande mancha roxa, soltei um gemido quando ele deslizou seus dedos levemente por cima
-Quem te fez isso? -Ele me olhava espantado
-Eu já te disse, eu bati sem querer na porta...
-Todo esse estrago não foi feito apenas por uma porta... Foi feito por alguém, uma pessoa... -Seus olhos castanhos congelaram nos meus- Foi o Thiago que fez isso com você? Foi ele que te machucou? [...]
Oie neguinhas! Como estão?
Mil perdões pela demora pra postar a fic, sei que estou uma semana atrasada, mas é que essa semana foi de provas no colégio e eu não tive tempo de postar =/
Gostaram desse capítulo???
O que Luan vai dizer quando descobrir que é o Thiago que provoca os hematomas dela???????? Rumos diferentes em?! haha
Comentem, que estarei de volta antes que vocês sintam minha falta! bjsssssss, Nati ;)
Já to sentindo sua falta , já pode voltar
ResponderExcluirU.U ta perfeita sua Fanfic *-----*
Stephanie
Pergunta n1: vc só posta uma vez no mês ou uma vez na semana? 2: pq raios essa Estella não se separa desse cara? Ela tem dinheiro,eles são infelizes, e ela ainda age como a pior das submissas,em pleno século 21,e ainda por cima permite como se fosse a coisa mais normal do mundo que ele a espanque literalmente,como assim?!
ResponderExcluirPriscila
Concordo plenamente com vc nega! Também acho uma borrice quando me lembro que ainda tem mulheres que aceitam serem tratadas assim, mas vc tem que entender que isso é uma fanfic, e que nem sempre precisa colidir com a realidade. #SóAcho
Excluir*BURRICE
ExcluirEu penso em respeito a fic msm,apesar de ser ficção ainda é um absurso saber que mulher com formação ou não ainda se submetem a tda essa violência,chega ser revoltante! Mas tomara q o Luan coloque ela na parede e a faça enxergar o que ta acontecendo!
ExcluirPriscila
Eu quero mais mais mais logooo porfavorzin nega posta logo bjos*
ResponderExcluirDaniidrdls