Capítulo 32

Antes de começarem a ler este capítulo, gostaria de dizer a ISA que sim, senti saudades! haha some mais não nega! 
E a NATHIÉLLE gostaria de deixar um bem-vindo, fico feliz que esteja curtindo o capítulo nega ;) Então é isso, boa leitura! haha ;D

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Pouco mais de uma hora depois, Luan já parava o carro no estacionamento do hospital:
-Obrigada por me trazer até aqui
-Sabe que pode contar comigo sempre -Me lançou um sorriso
-É, eu sei -Baixei a cabeça
-Olha, eu gostaria muito, muito mesmo de poder ficar aqui com você, mas... -O interrompi com um selinho
-Eu sei, você tem que ir -Ele me abraçou com força
-Vai ficar tudo bem, você vai ver -Apenas balancei a cabeça assentindo- Por favor, se precisar de qualquer coisa, não exite em me ligar, tudo bem? -Me encarou
-Tudo bem
-Não sabe como o meu coração doí por ter que te deixar aqui sozinha, se não fosse essa minha tur pelo Nordeste...
-Não precisa se preocupar, eu tenho a Marcela, tenho meus amigos aqui no hospital, eu não vou estar sozinha
-Prometo que logo eu volto pra te ver de novo -Voltamos a nos abraçar com força. Era incrível como o abraço dele conseguia me confortar
-Boa viagem e bom shows -Sussurrei o olhando docemente. Ele acariciou meu rosto e me puxou para um beijo rápido, mas ao mesmo tempo calmo
-Eu estou com você nessa -Disse por entre meus lábios, parando o beijo e colando sua testa na minha logo em seguida- Não se esqueça disso tá?!
-Não vou esquecer.

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Minha cabeça estava a mil. As horas continuavam a passar e nada da Estella chegar. Meus dedos batiam freneticamente contra a mesa, fazendo movimentos repetidos. Várias coisas passavam pela minha mente ao mesmo tempo, e só de pensar nas inúmeras possibilidades do que Estella poderia estar fazendo com aquele cantorzinho, sentia náuseas. Me levantei rapidamente de minha mesa, ajeitei o jaleco e sai de minha sala, eu precisava tomar um ar. Deixei o longos corredores para trás, indo até a parte de trás do hospital, onde havia várias árvores -Quase um parque- e onde também se localizava o estacionamento. Me encostei ali e fiquei observando os carros que estavam estacionados. Minha cabeça doía. Sabia que ela iria procurar consolo nos braços de alguém, mas por que logo no Luan? Por que logo nele? Meus olhos ainda vasculhavam o estacionamento, quando de proposito, vi um Porsche preto chegando. Eram eles. Me escondi de uma mameira que era quase impossível me ver e fiquei os observando. Estella estava tão linda, parecia ser outra pessoa. Luan dizia alguma coisa para ela quando ela lhe deu um selinho, sorriram e voltaram a conversar logo em seguida. Droga! eu faria qualquer coisa para saber o que eles conversavam. Quando pareciam estar se despedindo, foi a vez de Luan puxá-la para um beijo, esse mais profundo e que me fez pensar em como os lábios dela deveriam ser macios, mas ao mesmo tempo enfurecido. Era para ser eu ali. Os observei mais um instante, antes de Estella descer do carro e acenar para Luan, que deu partida no carro para sair dali. Eu não podia acreditar no que havia acabado de ver, tudo o que eu conseguia sentir agora era raiva. Permaneci onde estava, sem me preocupar em disfarçar e fingir que não havia visto nada de mais ali:
-Thiago? -Ela se assustou ao me ver- O que você está fazendo aqui?
-Como você pode fazer isso comigo? -Senti meus olhos molhados
-Thiago, eu não sei do que você está falando
-Eu vi você e o Luan... Vi vocês dois se beijando -Disse aquilo com repulsa- Depois de tudo o que eu fiz por você, depois de dizer que te amava, de me declarar... Como você pôde?
-Thiago, eu não vou negar que você é especial pra mim, eu adoro te ter por perto, mas o que eu sinto pelo Luan é mais forte, você consegue entender? Eu não sei como consegui guardar esse sentimento até agora...
-Foi por causa dele que você não aceitou namorar comigo, não foi? Responda! -Disse já alterado
-Não, não foi por causa do Luan! Foi porque eu sempre te vi como um amigo, e pensei em como isso poderia estragar nossa amizade!
-Ele não é o que parece ser
-O que quer dizer com isso?
-Eu conheço bem o tipo dele. Ele é daqueles que gosta de ter várias por perto, ele é apenas um moleque! Só quer saber de curtir a vida e de gastar o dinheiro dele atoa! Quando ele conseguir o que quer de você, ele vai te abandonar Estella! Será que não percebe isso?
-O Luan não é assim! -Ela protestou- Eu o conheço bem, ele era meu amigo antes de as coisas começarem a acontecer com a gente! Eu sei que ele não quer apenas se aproveitar de mim!
-Como pode ter tanta certeza disso?
-Ele me pediu em namoro! -Namoro? Suas palavras me deixaram completamente sem chão, e por um momento, eu pensei que fosse desabar
-Me diga que você não aceitou Estella...
-Thiago, eu entendo o que você está passando, mas tem que entender que eu consigo te ver apenas como um amigo -Ela se aproximou de mim
-Eu te amo -A olhei sentindo várias lágrimas rolarem pelo meu rosto
-Não torne as coisas mais difíceis, por favor...
-Eu não sei o que uma garota tão especial como você, viu em um cara como ele
-Eu não quero que se afaste de mim por causa dele...
-Me diga, como eu vou conseguir conviver com isso, sabendo que a noite você pode estar nos braços dele? Sabendo que os seus beijos são dele? Sabendo que... Não dá!
-Thiago... -Ela também começava a chorar
-Eu te amo demais Estella, só Deus sabe o quanto eu gostaria de poder te fazer feliz, o quanto queria que fosse minha -Eu estava tão desesperado, que comecei a deixar o desejo que sentia por ela, começar a falar por mim- Uma chance é tudo o que eu preciso...
-Acho que eu deixei bem claro os meus sentimentos em relação a você, eu sinto muito por  ter te decepcionado -Suas palavras doíam como se fosse facadas no meu coração
-Quando ele te magoar, quero que se lembre de mim e de cada palavra que eu te disse, vou rezar para que alguém esteja ao seu lado pra te consolar nesse momento, por que eu não consigo conviver com isso... -Lhe dei as costas
-Thiago?
-Não da Estella! -A encarei uma última vez antes de sair dali

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Eu temia que todo esse sentimento que o Thiago tinha por mim, pudesse prejudicar nossa amizade, e foi exatamente isso que aconteceu. Eu não queria que as coisas tivessem acabado assim, mas eu não podia iludi-lo com um sentimento que não existia em mim. Eu amava o Luan, sabia disso, e havia negado tudo até agora por medo, por medo de me permitir amar novamente. Minha vida estava uma verdadeira bola de neve, mas o que mais me preocupava no momento era o estado do meu pai. Sequei as lágrimas que insistiam em rolar por meu rosto com os dedos e me dirigi até o quarto que meu pai estava:
-Estella, o que aconteceu? Você estava chorando? -Foras as primeiras perguntas que Marcela fez ao me ver. Ela estava do lado de fora do quarto
-Não aconteceu nada Ma, está tudo bem. E ele, como está?
-Tem um médico o examinando, ele acabou de acordar -Ela me lançou um sorriso
-Sério? -Não contive minha emoção
-Sim, e a primeira coisa que ele fez, foi perguntar de você -Nesse momento, o médico que o examinava abriu a porta
-Olá Estella, pronta para ver seu pai?
-É tudo o que eu mair quero
-Vou deixa-los a sós -Ele me deu passagem e eu entrei no quarto, enquanto a porta se fechava lentamente
-Filha? -Ele perguntou com dificuldade ao me ver
-Pai -Corri até ele, beijando seu rosto e me ajoelhando ao seu lado. Minhas lágrimas caindo- Como pôde me dar um susto desses? -Dizia entre soluços
-O... O que aconteceu? Eu não me lembro
-Você dormiu em uma curva enquanto fazia suas entregas, foi horrível, o caminhão capotou várias vezes...
-Não tem como eu ter dormido -Ele disse indignado
-Ei, está tudo bem, o que importa é que você está aqui, comigo -Alisava seu rosto- Fiquei com tanto medo de te perder pai
-Eu sinto muito querida, me desculpe -Ele falou emocionado
-Está tudo bem -Tentava acalma-lo
-A quanto tempo estou aqui? -Ele disse olhando ao redor do quarto
-Dois dias... O senhor passou por uma cirurgia e os médicos o doparam para que pudesse se recuperar mais rápido -Expliquei ao meu pai tudo o que havia acontecido. Ele ainda estava fraco, muito fraco, o que era bastante visível. Achei melhor deixa-lo descansar um pouco, sabia que tudo era muito complicado para ele. Para todos nós. Quando deixei o quarto, ele começava a pegar no sono:
-Como foi? -Marcela perguntou quando sai lá de dentro
-O importante é que ele está bem -A abracei com força- O doutor que o estava examinando te disse alguma coisa?
-Apenas que ele está aparentemente bem, vai ter que passar por alguns exames, talvez fazer fisioterapia, mas não vai ficar com sequelas, como eles previam
-Graças a Deus! -Juntei as mãos agradecendo. Ficamos mais um tempo ali, antes de irmos até o refeitório do hospital fazer um lanche -Por mais que eu não estivesse com o menor vestígio de fome- Além disso, precisava contar para alguém confiável, o que havia acontecido mais cedo entre mim e Luan, e ela era a melhor pessoa para isso:
-Perai, deixa eu ver se entendi, o Luan te pediu em namoro, é isso? -Ela me olhava esbabacada- E você aceitou né?! Me diz que aceitou! -Dizia eufórica
-Sim, eu aceitei, eu neguei esse sentimento por muito tempo, mas já sabia que seria inútil lutar contra ele, o Luan é um amor, a forma como ele me tratava mesmo quando ainda eramos apenas amigos... Ele me conquistou
-Fico feliz por você amiga! -Ela segurou minhas mãos sorrindo. Alguns segundos depois, vi Thiago sentado em uma das mesas ali, ele me olhava, e quando meu olhar encontrou o seu, ele simplesmente baixou a cabeça- O que aconteceu com vocês? -Ela se referia a maneira estranha como havíamos nos encarado
-Lembra que eu te contei a algum tempo, da declaração que Thiago havia me feito?
-Ai meu Deus! ele descobriu que você e o Luan estão juntos e ficou chateado?
-Não, isso eu mesma contei, acho que devia isso a ele, o pior foi ele ter visto o Luan e eu juntos no estacionamento mais cedo, acho que agora nossa amizade acabou de vez... -Disse tristonha
-Poxa Sté, quem sabe um dia ele...
-Eu sei que ele havia me feito esse pedido primeiro, mas eu nunca senti algo maior por ele, intende?
-Eu te entendo amiga, acredite, já tive grandes paixões e decepções também, vai por mim, ele vai superar
-Só me sinto mal pelas coisas terem acabado dessa forma -Conversávamos, quando Rodriguez -O homem que era responsável por cuidar das finanças do hospital- se aproximou
-Olá Estella, como vai?
-Muito bem e você?
-Estou bem também, obrigado por perguntar -Me lançou um sorriso amigável, porém rápido, o que demonstrava que ele não estava ali para conversar- Me desculpe chegar assim, acredito que não seja o momento certo para termos essa conversa, já que seu pai acabou de acordar, mas temos que falar sobre a cirurgia que ele teve que fazer -Ele fez uma pausa, e eu acho que já sabia do que se tratava- Estella, aqui é um hospital particular, está certo que você é uma das nossas melhores voluntárias aqui, as crianças te amam! Mas infelizmente, não posso abrir uma exceção para você...
-Não se preocupe, eu vou pagar a cirurgia -Disse o interrompendo
-Vou tentar encontrar uma forma de facilitar o pagamento, talvez parcelando em alguns vezes, já que a cirurgia não foi das mais baratas...
-Tá
-Pode me procurar mais tarde para falarmos e discutirmos melhor sobre o assunto?
-Claro
-Com licença -Ele se retirou
-Como você vai pagar essa cirurgia Estella? -Marcela me encarou
-Eu não sei Ma, eu não sei -Segurei minha cabeça com as mãos. As coisas não poderiam ter ficado piores.
Voltei para o quarto, e permaneci um bom tempo sentado ao lado do leito de meu pai, segurando em sua mão, com a cabeça deitada na beirada da cama, conversando com ele, mas sem força-lo muito. Marcela havia ido para casa descansar, também, ela já havia feito mais do que deveria por mim. Algum tempo depois, quando uma enfermeira foi até o quarto trocar o soro e dar mais alguns remédios a meu pai, disse a ele que logo voltaria e me dirigi até a sala de Rodriguez, para conversarmos sobre como seria feito o pagamento da cirurgia. O encontrei no corredor:
-Oi Rodriguez, eu estava indo até a sua sala para podermos conversar
-Está tudo bem Estella, não precisa ter mais nenhuma preocupação em relação aquele assunto
-Mas como vai ficar o pagamento da cirurgia?
-Esqueça o pagamento! Tive uma conversa com o Dr. Thiago, e ele me disse para não cobrar de você, nada que estivesse relacionado ao tratamento do seu pai. Deve ser bom ter o filho do Dono do hospital como amigo
-É, é sim -Disse sem jeito enquanto ele se afastava. Eu não acredito que o Thiago havia acabado de fazer uma coisa dessas por mim. Eu não podia sair dali sem agradece-lo, por mais que ele estivesse magoado comigo, eu precisava, agora mais do que nunca, ter uma conversa com ele.

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Estava em minha sala, organizando alguns papeis, quando minha secretária bateu na porta:
-Com licença Dr. Thiago, sua comida -Ela entrou me entregando meu pedido
-Hum, lamen! Adoro comida japonesa
-Ei sei Doutor -Ela disse- Aliás, tem uma pessoa ai fora que quer falar com o senhor
-Quem?
-Sua amiga, Estella Dotoli -Estella? senti uma pontinha de esperança surgir em meu coração
-Mande-a entrar.

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Esperei do lado de fora do escritório, enquanto sua secretária avisava que eu estava ali, e juro que não ficaria surpresa se ele não quisesse me receber:
-Estella? -Sua secretária me chamou alguns minutos depois abrindo a porta- Pode entrar, o Dr. Thiago vai recebe-la
-Obrigada -Entrei, e logo me deparei com Thiago sentado em sua mesa, seu olhar voltado totalmente para mim:

Por um momento, fiquei sem saber o que queria dizer exatamente a ele.
-Com licença, vou deixa-los a sós -Sua secretária disse fechando a porta atrás de mim. Estávamos sozinhos:
-Obrigada por me receber -Foram as primeiras palavras que consegui dizer
-O que você quer? -Seu tom de voz comprovava que ele ainda estava zangado comigo
-Eu quero agradecer
-Pelo quê?
-Por não ter permitido que a cirurgia do meu pai fosse cobrada, não sei nem como te agradecer
-Não foi nada de mais
-Pode não ter sido pra você, mas pra mim significou muito! Sério, obrigada
-Eu teria feito isso por você de qualquer maneira
-Eu sei
-Era só isso?
-Era
-Pode se retirar então -Ele apontou para a porta
-Vou ser eternamente grata por isso
-Não preciso da sua gratidão, ela só faria eu me sentir pior -Abri a porta e o deixei ali. Eu nunca iria esquecer o que ele havia feito por mim e por meu pai, ele havia acabado de salvar minha pele. Sabia que esse amor que ele tinha por mim era forte, bastante forte, já que ele se preocupava em fazer tudo o que podia por mim, como sabia também, que ele não se apagaria tão fácil, então a maneira mais rápido para que isso acontecesse, era mantendo a distância, nos afastarmos, cortar qualquer ligação.
Naquela noite, Luan me ligou antes de subir ao palco, perguntando se estava tudo bem conosco, e depois de dizer que estava louco para me ver, desligou, dizendo que estaria de volta em alguns dias. Uma semana depois meu pai recebeu alta e voltou para casa, sob a condição de retornar semanalmente ao hospital para as sessões de fisioterapia. Durante uma dessas sessões,  vi Thiago, de longe, em sua sala, colocando algumas coisas dentro de várias caixas, pensei que fosse apenas alguma limpeza, ou algo assim, mas no dia seguinte, ele havia desaparecido, e eu não fazia ideia de para onde ele havia ido. Ele simplesmente se foi. Sem deixar sinais de que algum dia esteve ali.



Oieeeeeeee amores! ;) Sumi??? Me desculpem pela imensa demora para postar =/ Tava viajando pro meu Goiazão! haha
E ai, curtiram o capítulo?????? -Espero que sim! rsrs-
Tadinho do Thiago, ele AMA a Sté de verdade né?! =/ Pra onde será que ele foi??????? Ninguém some assim de repente né?!
Comentem, critiquem, falem o que tiverem que falar! kkkkkk Logo tô de volta, agora não vou demorar muito, ojá que estou de férias e sem fazer nada em casa kkk ;D bjsssss, Nati.

MAIS UMA COISA, JÁ CONFERIRAM O CLIPE DE 'BAILANDO'??????? EU SEI QUE SIM, MAS BORA VER DE NOVO??? FICOU MUITO PERFEITO! HAHA