Capítulo 4

Depois que Estella saiu do camarim, fiquei super mau por aquilo ter acontecido. Apenas me sentei derrotado no sofá:

-Tá tudo bem Luan? –Rober entrou na camarim- Até parece que acabaram todas as pamonhas do mundo pra você estar assim -Debochava- Levou um fora foi?

-Não começa testa, não tô legal

-O que você fez para aquela moça sair bufando daqui?

-Eu? Nada! Exceto pelo fato de ela não entender a generosidade de um homem

-Luan, a mulher é um avião, sei bem que tipo de generosidade você queria oferecer a ela

-Tá, ela é linda sim! Mas será que agora eu não posso querer ser apenas generoso com algumas pessoas? Juro que não ia tentar nada! Apenas queria agradecer por ela ter realizado o sonho de uma fã minha

-Que fã Luan?

-Cara, depois eu te explico, a história é grande, mas agora tenho que achar um meio de me acertar com a Estella, não posso deixar ela pensar que sou assim, não esse tipo de homem...

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Depois que cheguei em casa, tudo o que queria era descansar. Meu pai já dormia, então tentei fazer o mínimo de barulho possível após subir para meu quarto. Eu estava exausta, apenas tirei meus sapatos e me joguei na cama, a noite não poderia ter sido pior.

Como não podia fugir da rotina, logo no dia seguinte, como de costume, acordei bem cedo e tomei o café da manhã com meu pai:

-Como foi o show? –Perguntou colocando mais um pouco de café em sua xícara

-Bom... –Tentei falar com empolgação

-Não parece que foi tão bom assim... O que aconteceu?

-Nada, só estou cansada

-Não vi você chegando...

-Assim que o show acabou viemos embora –Me levantei recolhendo as coisas da mesa e colocando sobre a pia- Agora tenho que ir pai, tenha um bom dia –Dei um beijo em sua testa, pegando minha bolsa que estava em cima do sofá

-Pra você também querida...

Minha casa ficava um pouco afastada do centro, e até meu trabalho, gastava mais ou menos uma meia hora a pé. Logo que cheguei, já atendi alguns clientes e até a hora do almoço, Marcela não parou de falar em Roberval:

-Ma, você conheceu o cara ontem e já está assim? –Pra mim, ver uma pessoa se apegar a outra rápido assim, sempre foi muito confuso de entender

-Sei lá Sté, o jeitinho dele me contagiou, trocamos até telefone

-Nossa, ceis tão bem adiantados em?! -Brinquei

-Estamos nos conhecendo, é diferente... Mas vamos parar de falar de mim, me diz amiga, você não vai me dizer mesmo o que Luan queria com você?

-Nada Ma, apenas perguntar o que eu havia achado do show, essas coisas assim... –Ela apenas sorriu- O que foi? -Perguntei sem entender

-Acho que ele está interessado em você –Disse séria

-Em mim? –Ri alto- Filha, quem já pegou Cacau Colucci, vai querer o que com Estella Dotoli? –Não parava de sorrir

-Tá bem, se você pensa assim –Deu de ombros. Arrumamos nossas coisas e saímos para almoçar em uma lanchonete que tinha ali perto. Depois de caminharmos alguns metros, posso dizer que tive uma surpresa nada agradável. Confesso que depois da noite anterior, achei que ele nunca mais fosse me procurar, mas havia acabado de ver que estava enganada, mas uma vez, ali estava ele:

-Oi meninas –Estávamos indo pela calçada de uma rua bem calma, quando fomos surpreendidas por um Porshe preto, estacionando ao nosso lado

-Luan? Luan! -Falou surpresa ao confirmar que era mesmo ele- Como vai? –Marcela acenou sorridente

-Oie Marcela, muito bem, obrigado

-O que faz aqui? –Fui direta

-Preciso falar com você... –Disse em uma expressão indecifrável

-Não temos o que conversar

-Por favor, vem almoçar comigo? Eu realmente preciso falar com você... –Ele fez um cara desolada e eu apenas encarei Marcela, sem saber o que fazer

-Tudo bem amiga, pode ir...

-Mas e você?

-Se quiser, pode vim com a gente Marcela –Luan a convidou

-Convite tentador –Colocou a mão no coração- Mas não quero atrapalhar, até mais! –Acenou seguindo para o outro lado da rua. Olhei para Luan, que se arqueou e abriu a porta para que pudesse entrar:

-O que você quer? –O encarei

-Não poderia deixar as coisas ficarem mau, como ficaram ontem...

-Me desculpe se fui grossa com você

-Tudo bem, eu dei motivos pra você pensar assim... –Ele sorriu de lado e voltou a se concentrar na estrada. Permanecemos durante os próximos minutos em um silêncio sufocante:

-Para onde estamos indo? –Perguntei para acabar com aquele clima ruim

-Em um restaurante que eu frequento muito, Villa Fontana, já ouviu falar?

-Villa Fontana? É muito chic Luan, acho que nem saberia me comportar em um lugar como esse, será que dá pra voltar? –Confesso ter ficado apavorada. 

-Tarde demais muié, chegamos! –Ele disse sorrindo. Ele desceu e eu permaneci imóvel dentro do carro, o vi dar a volta pela frente e abrir a porta para mim- Vamos? –Estendeu a mão para mim. A segurei e ele me ajudou a descer. Caminhamos lado a lado até a entrada, e quando vi todas aquelas pessoas me encarando, confesso ter me arrependido de ter entrado naquele carro com Luan- Primeiro as damas –Ele disse puxando uma cadeira, em um canto mais tranquilo do restaurante

-Obrigada –Me sentei e ele se sentou á minha frente. O garçom logo veio nos atender, e quando vi todas aquelas coisas no cardápio, fiquei mais perdida ainda. Luan educadamente, pediu dois pratos tradicionais, um era para mim, mas sabia que ele havia pedido o mesmo que eu, só para ser gentil:

-Não precisava ter feito isso... –Disse assim que o garçom entregou nossos pedidos e saiu

-Isso o que? –Falou dando as primeiras garfadas

-Ter pedido o mesmo prato que eu, apenas para me acompanhar

-Engano seu, quanto mais simples for a comida, mas eu gosto –Ele fez uma pausa e cruzou as mãos- Olha, sobre ontem, eu gostaria de pedir desculpas, juro que não queria ser indelicado e em nenhum momento pensei mau sobre você, eu não sou assim, não mesmo

-Me desculpe também, eu fui incompreensível

-Acho que começamos com o pé esquerdo -Forçou um sorriso- Amigos? –Ele estendeu a mão em um gesto de paz

-Amigos –Disse a segurando com um sorriso simpático. Depois do almoço, fiz um mega esforço para que Luan aceitasse meu dinheiro, não queria me aproveitar de sua simpatia, mas depois de dizer várias vezes: “Eu te convidei, eu pago”, não tive como o fazer mudar de ideia:

-Você é teimoso! –Disse quando retornamos para o carro

-É o que todos dizem –Sorriu- Você ainda vai trabalhar?

-Não

-E o hospital?

-Sou voluntária apenas duas vezes na semana

-Então você está livre? –Parecia estar planejando algo

-É o que parece

-Se importa de chegar um pouco mais tarde em casa hoje? Gostaria de te levar a um lugar

-Desde que não chegue muito tarde –Ele apenas funcionou o carro e saímos do restaurante. Andamos por mais alguns minutos, e depois de sair alguns metros de Londrina, Luan seguiu por uma estrada de terra, que dava até um morro:

-O que viemos fazer aqui? –Perguntei descendo do carro

-Veja você mesma –Ele estava apoiado em um pequeno muro de pedras, e quando me aproximei, tive dali, a visão de toda a cidade de Londrina

-Não imaginei que fosse tão grande assim –Dizia encantada

-Como você é nova por aqui, resolvi te trazer aqui pra dar uma olhada na cidade, gostou?

-Adorei! Obrigada

-Quê isso! –Se encostou de lado no muro com as mãos nos bolsos da calça, também olhando para a cidade- Está vendo ali? –Apontou- Aquela parte cercada com algumas casas? –Assenti- É o condomínio aonde moro, sua casa tá pra onde? –Olhei bem para toda a cidade e apontei para Luan a provável região de onde minha casa se encontrava- O que te trouxe a Londrina? –Puxou conversa

-O emprego do meu pai –Olhei para ele, que me observava atento- Ele é motorista em uma empresa de transportes e tivemos que vim depois que ela mudou a sua sede para cá

-E você, está gostando daqui?

-Há –Dei de ombros- Se não fosse a Marcela, não sei o que seria de mim

-Vocês são muito amigas né? –Se mostrava interessado em nossa conversa

-Somos sim, desde o primeiro dias que nos vimos! –Sorri

-E seus pais? -Me encostei no muro e coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha, sem responder a sua pergunta- Tá tudo bem Estella? –Luan me olhou sem intender

-Eu... Eu só moro com o meu pai

-Me desculpe ser indelicado, mas o que aconteceu com sua mãe?

-É um pouco complicado falar quando o assunto é ela -Respondi sem olha-lo

-Foi mau, eu não queria... -Dizia obviamente arrependido

-Tudo bem, você não teve a intenção... Você mora sozinho?

-Não, não, moro com meus pais e minha irmã, eles são meu apoio em tudo, sabe?!

-Eu e meu pai somos assim também -Sorri- Posso te fazer uma pergunta?

-Quantas quiser kkk

-Como é ser o mais novo astro do Brasil? –Brinquei. Luan era super gente boa, estava provando ser totalmente diferente do que eu havia pensado. Cada resposta que ele me dava, mostrava um pouco da pessoa que ele era. E acabei percebendo, que o dinheiro não era tudo para ele. Depois de mais alguns minutos ali, conversando, ele me levou pra casa:

-Obrigada pela carona –Agradeci

-A gente se vê? –Perguntou me olhando de dentro do carro

-Quem sabe –Sorri- Boa noite Luan...

-Boa noite Estella... –Ele acelerou o carro e se foi. Entrei em casa e meu pai ainda não havia chegado. Passei os minutos seguintes no celular, respondendo a cada uma das milhares de perguntas que Marcela me fazia. [...]


Oieeeeeee meus docinhos de leite! ;) tudo joinha com vcs?
Ia postar amanhã de tarde, mas nun aguentei! kkkkkkkkk E ai, curtiram eles fazendo as pazes? e agora, oq vai acontecer? Eles vão se tornar mesmo amigos?
Garanto que tem muita coisa bacana pra acontecer ainda, minha cabeça tá fervilhando aqui! rsrs
Há, e oceis viram o Lu no "SAI DO CHÃO"??? programa mais perfeito que eu já vi! *--*

Há, e a Carol Mello, me pediu pra passar o link das minhas outras fics. São essas aqui ó nega:

1ª: → TE VIVO ←
2ª: → E EU SEMPRE AMAREI VOCÊ ←

Agora vou indo, tá um frio aqui! kkkkkkkk bjim =)
10 comentários e posto o próximo capítulo tá?! (ANÔNIMOS SE IDENTIFIQUEM) ;)