domingo, 22 de junho de 2014

Capítulo 31

Acordei algumas horas depois. Eu ainda estava deitada em minha cama, olhei ao redor e não vi Luan ali. Me levantei e caminhei em direção ao banheiro para lavar meu rosto. Minha aparência não era das mais agradáveis, olhos inchados, pele pálida, lábios secos... Eu estava péssima. Desci as escadas e encontrei Luan sentado no sofá da sala, conversando ao celular:
-Tudo bem, mais tarde eu passo ai -Ele me olhou- Mãe, vou ter que desligar agora, se cuida -Ele desligou e se levantou do sofá se aproximando de mim- Como está se sentindo?
-Melhor -Baixei a cabeça
-Não parece -Segurou meu queixo, voltando meu olhar apenas para ele
-Eu dormi a tarde toda? Por que você não me acordou? Talvez estejam precisando de mim lá no hospital...
-Ei, calma, você precisava descansar, e além disso, eu acabei de falar com a Marcela... -O interrompi
-Como ele está?
-O quadro é estável, e ela disse que talvez ainda leve algumas horas para que ele acorde, disseram que é até bom para ele descansar um pouco...
-Será que pode me levar até lá?
-Não antes de você comer alguma coisa, você nem almoçou...
-Luan...
-Estella -Ele me repreendeu 
-Tudo bem, acho que dá pra preparar uma comidinha rápida
-Quem falou em cozinhar? Eu pedi pro meu pai trazer uma marmitinha pra gente lá de casa... -O encarei surpresa
-Não precisava ter incomodado a Dona Mari, você podia ter ido lá pra almoçar, eu me virava aqui...
-Que incomodar o que! Além disso, já estava mais do que na hora de você experimentar a comida da minha mãe-caminhamos até a cozinha, e me sentei a mesa, enquanto ele pegava minha marmita
-Você não vai comer? -Perguntei enquanto me ajeitava para saborear aquela refeição. Eu não estava no menor animo, mas depois de ver aquelas delicias todas, a fome falou mais auto
-Bem, não deu pra te esperar! kkk -Ele sorriu coçando a cabeça- Além disso, queria prestar atenção em você enquanto come -Suas palavras me deixaram completamente desconcertada
-Devo aceitar isso como um elogio? -Brinquei
-O que você acha? kk -Enquanto comia, Luan ia puxando conversa comigo, o que me deixava um pouco mais animada, não cem por cento, mas bem.
-Estella, eu queria muito te mostrar um lugar
-Um lugar?
-Eu ainda não levei ninguém lá, eu sei que você quer muito ir pro hospital fazer companhia pro seu pai, mas eu prometo que vai ser rápido -O olhei indecisa- Por favor, confia em mim? -Ele estava certo, eu não via a hora de poder estar perto do meu pai de novo, e como ele mesmo havia me dito, ele não iria acordar agora, além de me prometer que seria rápido, eu confiava nele e apesar de não ter vontade de fazer nada, sabia que sair um pouco seria bom para mim
-Eu confio em você -O olhei docemente segurando sua mão sobre a mesa- Aonde vamos?
-É surpresa -Nem adiantava insistir, sabia que ele não iria me contar para onde estávamos indo, até que estivéssemos lá. Peguei minha bolsa, e me certifiquei de que meu celular estava lá dentro, mandei um torpedo para Marcela e ela me garantiu que qualquer novidade me ligaria.Tudo resolvido, entrei no carro com Luan, e minutos depois, já nos encontrávamos fora de Londrina.

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Estava no meu escritório, pensando em como estava furioso por Luan ter aparecido no hospital e se oferecido para levar Estella para casa. Mas furioso ainda por ela ter aceitado ir com ele, em vez de me esperar.Já se passavam das 14:00 e eles ainda não haviam voltado. E isso me preocupava. Me preocupava muito.Estava tão perdido em meus pensamentos, que nem ouvi meu celular que tocava sem parar:
-Estava esperando sua ligação -Atendi
-Já está tudo pronto, só estamos esperando uma resposta sua
-Cancele
-O quê? Mas você não disse que...
-EU DISSE PRA CANCELAR ESSA DROGA!
-Eu não estou te entendendo Thiago! Já estava tudo planejado cara!
-Eu tenho outros planos -Desliguei, abrindo minha gaveta e retirando lá de dentro uma foto que havia tirado com Estella- Você ainda vai perceber que eu sou o melhor pra você, como vai perceber que o Luan nunca poderá fazê-la feliz, você é minha Estella, minha.

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Luan dirigiu por uma estrada calma, por alguns quilômetros, antes de virarmos em uma outra estrada que dava para uma entrada que parecia ser de uma fazenda. Poucos minutos depois, Luan já estacionava em frente a sédia da fazenda, que tinha dois andares e um visual bem chamativo:
-Que lugar lindo Luan! Quem mora aqui? -Falei encantada
-No momento ninguém, sabe eu estou pensando em comprar este lugar aqui
-Sério?
-Hunrum, quer dar uma olhada?
-Eu adoraria! -Saímos do carro e depois de passar por um belo jardim que havia na entrada da casa, Luan retirou uma chave do bolso, está que abriu a porta da casa. Luan foi me mostrando todos os cômodos, um por um:
-E aqui seria o meu quarto -Ele abriu a porta me dando passagem. A decoração do quarto era linda e tinha muito haver com Luan. Dei alguns passos me aproximando da cama, e deslizei minha mão por ela calmamente, sentindo a colcha macia e felpuda por entre meus dedos
-É lindo -Olhei para Luan, que me olhava de uma maneira séria, parecia estar pensando em alguma coisa. E por um momento, o fato de estarmos nós dois sozinhos em um quarto enorme, soou muito sexy.
-É, é, eu também achei, aliás, achei a casa toda linda -Luan pareceu voltar ao normal de repente, e eu fiquei grata por isso, talvez ele também estivesse desconfortável com a situação. Eu definitivamente não deveria ter me aproximado daquela cama, não mesmo!
-E então, você não vai me mostrar o jardim? -Perguntei, quando na verdade quis dizer: E ai, será que dá pra sairmos logo daqui? De preferência pra um lugar onde não tenha camas?
-Claro que vou! Mas antes quero te mostrar a piscina -Luan pegou na minha mão me puxando dali
-Piscina? -Ainda no segundo andar, Luan abriu uma porta que dava para uma espécie de sacada. Sim, uma sacada enorme com piscina e com uma vista incrível- Uau! -Foi tudo o que eu consegui dizer
-É, uau, foi a primeira coisa que eu disse também quando subi aqui pela primeira vez
-Esse lugar é incrível Luan! -Me aproximei da barra de proteção, olhando a paisagem- Já trouxe sua família aqui?
-Não, queria ouvir a sua opinião primeiro
-Nossa -Disse tímida baixando a cabeça
-E ai?
-E ai o que?
-O que você acha?
-Eu acho que qualquer pessoa no mundo adoraria esse lugar, tenho certeza que seus pais vão amar, e... -Antes que eu pudesse terminar de falar, Luan me puxou calmamente pela cintura e me beijou com fervor, um beijo quente, porém calmo e paciente, sem segundas intenções, apenas um beijo, e que beijo! Agora eu via o quanto estava apaixonada por aquele rapaz, um simples beijo seu conseguia me desconcertar toda. Acho que ficou explicito também, tanto para mim, tanto para ele, a vontade, o desejo e o prazer que estávamos tendo naquele beijo. Ficamos longos minutos daquele jeito, apenas saboreando os beijos um do outro, como se também fosse uma forma de nos conhecermos melhor. Quando o fôlego parecia estar acabando, Luan parou lentamente com leves selinhos:
-O que você dizia? -Perguntou extremamente ofegante. OMG! EU HAVIA FEITO AQUILO COM ELE?
-Que o lugar é lindo, seus pais vão adorar e que vale a pena sim comprar -A forma com a qual ele estava me olhando, estava me deixando completamente nervosa, acho que era possível ouvir meus batimentos. Luan ainda tentava recuperar o fôlego, quando pareceu encontrar a coisa certa a falar:
-Se eu comprar está chácara, você promete vim aqui comigo? Sempre que puder? Passar os fins de semana, feriados e minhas folgas comigo e minha família?
-E se eu dissesse que eu não viria, porque assim eu me sentiria uma completa intrusa?
-E se você fosse a minha namorada? -Suas palavras conseguiram me deixar completamente muda- Eu sei o que eu estou sentindo por você Estella, e não é apenas desejo ou paixão, é amor, eu estou louco por você! Eu nunca senti isso antes, por ninguém na minha vida. Por favor, me da uma chance, namora comigo Estella?
-O que acontece se eu não aceitar?
-Ou eu vou abandonar minha careira e parar de cantar ou vou virar um maníaco, que vai te perseguir dia e noite, eu não vou desistir de você -Ele falou rindo
-Acho que eu não tenho escolha né?! -Forcei um sorriso
-Não mesmo! kkk -Eu queria muito ficar com Luan, mas toda vez que eu parecia encontrar uma chance de recomeçar, uma chance na qual eu poderia aprender a amar de novo, eu lembrava dele, do meu primeiro amor. Vitor. Céus, só Deus sabe o quanto ele foi especial pra mim, o quanto eu o amava, e em como eu pensava nele todos os dias. Mas ele não estava mais ali, agora Luan estava ali, parado na minha frente, esperando por uma resposta. Vitor nunca foi egoísta, e ele me amava, me amava de um jeito completamente surreal. Ele sempre fez de tudo para me ver sorrir e tenho certeza que se estivesse aqui, neste exato momento, diria: O que você está esperando baixinha? Esse cara quer te fazer feliz e você vai bobear? Seja feliz, por mim:
-Não, eu não vou bobear -Pensei em voz alta, causando um pânico em Luan
-O quê?
-Não Luan, não foi isso que eu quis dizer
-Você quis dizer não, ou não, você não quis dizer não?
-Sim, eu quis dizer sim, eu aceito namorar com você Luan
-Sério?
-Seríssimo -Luan sorriu, e calmamente voltamos a nos beijar, dessa vez, beijos que exalavam felicidade- Você não vai se arrepender -Disse por entre meus lábios- Eu prometo que vou te fazer feliz enquanto estiver comigo, muito feliz -Luan não conseguia desfazer o sorriso
-Eu não sei se vou conseguir ser tudo aquilo que você espera, e se por acaso não der certo, eu quero continuar sendo sua amiga, sempre...
-Ei, você já é tudo o que eu quero -Ficamos mais algum tempo ali na sacada, conversando, trocando beijos. E sem  me esquecer, lembrei Luan de que tinha que ir para o hospital. Saímos dali de mãos dadas, e não pude deixar de ficar tímida novamente, quando passamos em frente ao quarto de Luan e lembrei do momento constrangedor que havíamos acabado de viver ali. Luan sorriu para mim, eu sabia o que ele estava pensando. E se ele me arrastasse para lá agora, não sei se iria tentar impedi-lo. [..]


Oieeeeee oieeeeeeeee, tem alguém ai?????? Tudo bem com vcs minhas donzelas????? E ai curtiram o capítulo??? :)
Quem gostou deles juntos levanta a mão e grita ai! \Õ/\Õ/ seguinte, só pra deixar bem claro, o Lu e a Sté não iam ficar juntos agora, mas percebi que estava sendo maldosa com vcs, e como eu já havia dito, quem faz essa fic é vcs, e se vcs acham que eles tem que ficar juntos agora, eles vão ficar kkkkkkk mas só acho que devo avisar que nem tudo é um mar de rosas e que as coisas nem sempre saem como a gente quer.
Com quem o Thiago estava falando???? O que ele esta planejando????? Vocês não acham que ele é um maluco, acham???? Sei lá, talvez ele apenas acha que a Estella é muito boa pro Luan, e que ele não a merece, talvez ele só a ame, mas vou deixar os julgamentos por vocês! kkkkkkkkk
COMENTEM MUIIIIIIIIITO que logo eu tô de volta! ;) bjsssss, Naty 

E bem-vinda Adrielle Oliveira, leitora nova aqui da fic! :D Espero que esteja curtindo nega! 

sábado, 14 de junho de 2014

Capítulo 30

O flash das câmeras me trouxe de volta a realidade e eu me afastei da tal moça:
-Olha, você é linda, mas, eu amo outra pessoa
-Como sabe que ela é a pessoa certa pra você? -Ela disse me olhando profundamente nos olhos
-Eu não sei, apenas sinto que é -Disse a encarando uma última vez, antes de chamar Rober e Well para sairmos logo dali.

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Já era de madrugada, e eu resolvi que iria passar a noite ao lado do meu pai. Marcela também ficou para me fazer companhia, eu não queria que ela se preocupasse comigo, mas ela era uma grande amiga, daquelas que não te abandoam em momento algum. Thiago estava fazendo o turno da noite e disse que se eu precisasse de qualquer coisa, era só chama-lo. É, apoio é o que não estava me faltando.
Após algumas horas conversando com Marcela, ela acabou pegando no sono em um sofá que havia ali no quarto. Achei melhor deixa-la descansar. Me sentei novamente na poltrona ao lado do meu pai, e fiquei durante um bom tempo o observando, eu nunca imaginei na vida que um dia eu o veria daquela maneira. Ele parecia estar em um sono profundo, e tudo o que eu mais queria agora, era poder conversar com ele, e dizer o quanto o amava. Mesmo cercada de pessoas, eu me sentia sozinha. Precisava dividir tudo aquilo com alguém, minha cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento:
-Posso entrar? -Thiago apareceu na porta
-Claro
-Está tudo bem por aqui?
-Está sim
-Por que não dorme um pouco? As pessoas tem que dormir para repor a energia, sabia disso? -Ele se aproximou de mim
-Você sabe que eu não vou conseguir dormir
-É, eu sei... -Disse colocando as mãos nos bolsos da calça
-Será que poderia ficar um pouquinho aqui com ele? Eu preciso tomar um ar
-Claro Estella -Me levantei indo até a porta
-Thiago? -Ele me olhou- Por favor, se ele acordar...
-Eu vou te chamar -Ele respondeu, já sabendo o que eu iria perguntar. Fechei a porta e caminhei por todo o hospital, até chegar ao pátio. Uma área exclusiva para os pacientes, que praticamente "moravam" no hospital, devido aos tratamentos que faziam. Ali haviam várias árvores, grama, e alguns bancos para as pessoas se sentarem. Me sentei em um destes e fiquei durante longos minutos olhando para o nada, tentando buscar uma resposta para os problemas. Eu precisava conversar com alguém que confiava, um amigo. Peguei o celular e sem pensar duas vezes disquei seu número...

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-Luan, que loirona foi aquela que você agarrou em?! -Rober perguntava empolgado, enquanto voltávamos para o hotel
-Rober, eu já disse que foi ela que me agarrou! -Protestei
-Sei, sei... Não era você que mais cedo estava dizendo que estava louco pela Estella?
-E estou! Mas eu não tenho culpa se a muié partiu pra cima de mim! -Parei por um momento- Droga!
-Quê foi cara?
-Acho que tiraram fotos de nós dois
-E?
-E que se a Estella ver isso, todas as minhas chances com ela vão por água abaixo!
-Cara, vocês nem são namorados! Ela não tem porque ficar com raiva de você ou te julgar!
-Você não entende mesmo né?! -De repente meu celular começou a tocar, e ao ver seu nome, senti ao mesmo tempo, uma mistura de medo e ansiedade
-Quem é? -Rober perguntou
-É ela
-Será que ela viu as fotos?
-Eu não sei -Atendi extremamente receoso.

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-Alô? -Finalmente ele havia atendido
-Oie Lu, estava dormindo?
-Não, não, eu estou voltando de um show do Fernandinho e do Sorocaba
-Há -Eu não sabia se deveria mesmo contar o que estava acontecendo a ele, afinal, ele não tinha nada a ver com aquilo
-O que aconteceu? Você está com a voz triste. Tá tudo bem?
-Não Luan, não tá nada bem -Dei lugar ao choro
-Estella, olha, eu, eu te juro que...
-Meu pai sofreu um acidente...

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-Meu pai sofreu um acidente -Foi a única coisa que ela conseguiu dizer antes de desatar a chorar
-O quê? Mas como? Ele tá bem?
-Ele acabou de passar por uma cirurgia e agora está em observação aqui no hospital. Eu estou com medo Luan, se acontecer alguma coisa com ele, eu não sei o que vai ser de mim -Ela dizia entre soluços
-Calma Estella, eu estou indo prai
-Não Luan! Você não pode, e seus shows?
-Eu dou um jeito, mas fica calma tá?!
-Não, eu me sentiria eternamente culpada se te prejudicasse. Me desculpe, foi um erro ter ligado. -Ela desligou
-Estella? Estella? 

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Minha conversa com Luan só serviu para piorar as coisas. Ele era especial pra mim, era não, ele é especial pra mim. Mas depois que as coisas começaram a acontecer, acabamos nos distanciando um do outro, e isso me doeu mais do que tudo. Eu não sei o que, mas tem uma coisa que me faz querer te-lo sempre por perto, e outra que me pede pra me afastar dele, como se fosse algo errado, e que a qualquer momento eu pudesse me ferir.

Tenho que admitir, aquela noite não foi nada fácil. Quando o dia já estava amanhecendo, Thiago teve que ir para casa, já que a tarde teria que voltar a trabalhar novamente, mas me prometeu que de manhã estaria ali.
Eu não consegui pregar os olhos durante a noite toda. Marcela havia acordado no mesmo instante que eu, e disse que ficaria ali comigo até Thiago chegar para me levar em casa para buscar algumas coisas. Deixei ela ali, e fui até o banheiro passar uma água no rosto, mas isso não serviu em nada para melhorar minhas olheiras:
-Estella, chegou alguém aqui querendo te ver! -Marcela gritou do quarto
-Já vai! -Enxuguei o rosto em uma toalha, dei uma rápida ajeitada no cabelo e sai do banheiro. Foi quando me deparei com a sua imagem ali.
-Oie Estella 
-Luan! -Corri até seus braços, o abraçando com força
-Como você está? -Ele perguntou baixinho
-Péssima -O encarei com os olhos marejados
-O que aconteceu? -Ele olhou para meu pai, que ainda permanecia no mesmo estado
-Ele perdeu o controle do caminhão em uma curva -Baixei a cabeça- Foi horrível
-Ele é um homem forte, vai sair dessa, você vai ver
-É sim
-Marcela estava me dizendo que você quer ir em casa pegar algumas coisas, se quiser, posso te levar lá...
-Luan, eu não quero te dar trabalho
-Por favor, deixa eu te ajudar
-Pode ir amiga, eu vou ficar aqui com ele -Marcela se manifestou
-Tem certeza?
-Tenho, eu não vou sair do lado dele até você voltar
-Obrigada Ma, você é um anjo -A abracei e dei uma última olhada em meu pai, antes de ir até o estacionamento com Luan e de lá irmos para minha casa. Fomos em silêncio durante o caminho, em certos momentos até um pouco desconfortável com a presença do outro. Assim que chegamos, abri a porta da casa e o convidei para que entrasse:
-Não precisava ter se preocupado comigo -Disse finalmente, jogando minha bolsa sobre o sofá
-Como não ficar preocupado, quando a garota dos seus sonhos está chorando? -Luan falou me deixando sem graça
-Mas e seus shows?
-Eu dei meu jeito -Me lançou um sorriso
-Eu não acredito que você veio até aqui por mim
-Eu faria de tudo pra estar aqui com você hoje -Nos olhamos fortemente. Mudei de assunto antes que alguma coisa mais séria acontecesse:
-Eu vou tomar um banho rapidinho, mas pode ficar a vontade, eu já volto -Sai rápido dali subindo para meu quarto. Apenas encostei a porta do quarto e tranquei a porta do banheiro para que eu pudesse tomar meu banho. Enquanto a água caia sobre meu corpo, sentia todo o cansaço aparecer, era como se eu estivesse a dias sem dormir. Me vesti ali mesmo e depois de pentear meus cabelos, retornei ao quarto, onde encontrei Luan sentado na beirada da minha cama:
-Você disse que eu podia ficar a vontade -Ele me olhou descontraído, o que me fez revirar os olhos e soltar um sorriso- Acho que consegui
-O quê? -Perguntei sem entender, enquanto ele se levantou e calmamente caminhou até mim
-Arrancar um sorriso de você -Ele acariciou meu rosto calmamente. Deixei o orgulho de lado e me permiti pensar pela primeira vez, nos meus sentimentos em relação a ele
-Obrigada por ter vindo, de verdade
-Sabe que eu faria tudo de novo, sem pensar duas vezes
-Eu sei que faria -Me aproximei dando um selinho demorado em seus lábios- Promete que aconteça o que acontecer, nunca mais vamos ficar longe um do outro de novo?
-Tudo o que eu quero é estar com você e te ajudar a passar por esse momento, por tudo...
-Eu... eu acho que eu me apaixonei por você Luan -Disse encarando minhas mãos
-Eu também te amo Estella -Ele sorriu segurando meu queixo, fazendo com que eu olhasse para ele. O abracei com força, sussurrando em seu ouvido o quanto estava feliz por ele estar ali comigo. Algumas horas depois, enquanto eu arrumava minhas coisas para voltar ao hospital, me deparei com uma foto de meu pai, e cai em prantos novamente. Lembro de cada detalhe perfeitamente, desde quando Luan me puxou contra ele e me deitou em seu colo, onde ficou cuidando de mim com todo o carinho e paciência do mundo até que eu pegasse no sono. Ele era perfeito. 



Oieeeeeeee morecos! Mais um capítulo pra vcs! ;)
E ai, gostaram??????? *--*
Awwwwwwn, Estella tá começando a aceitar seus sentimentos pelo Luan, será que agora eles vão ficar juntos de vez?????
E o pai da Sté???? Vai ficar bem????
Comentem, critiquem, deixem a opinião de vcs aq, porque logo logo eu tô de volta! \Õ/ bjssss

domingo, 8 de junho de 2014

Capítulo 29

-Tudo bem, já estamos indo prai -Marcela disse desligando o celular. Eu ainda continuava imóvel, em estado de choque, de joelhos, no chão. Seu pai sofreu um acidente... aquelas palavras insistiam em vagar por minha mente, e quando tudo pareceu fazer sentido, quando a ficha realmente caiu, senti as lágrimas chegarem pela primeira vez:
-Co... Como ele está? -Disse com a voz embargada
-Ele está inconsciente, disseram que ele perdeu o controle do caminhão e capotou em uma curva... -Marcela se ajoelhou ao meu lado, me olhando com atenção
-Ai meu Deus! -Disse desesperada, deixando as lágrimas escorrerem por meu rosto. Sem dizer nada, Marcela me abraçou com força- Se acontecer alguma coisa com ele, eu, eu não sei o que vai ser de mim -Chorava em seu ouvido
-Ele vai ficar bem. Ele já foi socorrido, e está sendo levado para o hospital que você é voluntária... Amigos seus participaram do resgate
-Eu tenho que ir pra lá -Me levantei rapidamente, pegando minha bolça sobre o sofá e me dirigindo até a porta
-Estella? -Marcela me chamou e eu parei por um instante para encara-la- Eu vou com você -Apenas assenti, enquanto ela caminhava até mim.
Como ela estava de carro, chegamos rapidamente até o hospital. Lá dentro, tudo parecia diferente, era como se eu nunca estivesse estado ali antes, tudo era muito surreal. Caminhamos até a recepção, e depois de perguntar por meu pai, a moça indicou a direção para a qual ele havia sido levado. Passamos por alguns corredores, antes de eu ver Thiago parado em frente a uma sala, levou alguns segundos para que ele me visse, apertei os passos e continuei em sua direção:
-Aonde ele está? -Foi tudo o que eu consegui dizer
-Ele fez alguns exames e acabou de ser levado para a sala de cirurgia -Era a sala atrás de Thiago
-Eu preciso vê-lo -Disse desesperada tentando passar por ele
-Estella, você não pode... -Ele segurou meu braço
-Me solta Thiago! Eu preciso vê-lo! -Gritava enquanto me debatia contra seu peito. Thiago apenas segurava minhas mãos com força, tentando parar um pouco os ataques. Quando já não tinha mais forças, ele me abraçou com força- Ele é meu pai -Disse chorando em seus braços
-Eu prometo que vou fazer de tudo pra que ele fique bem -Sussurrou no meu ouvido
-Por que você sumiu? Por que me deixou sozinha? -Disse chorando mais ainda
-Me desculpe, eu... -Senti sua voz apertar- Eu fui um idiota com você
-Eu gosto quando você está por perto
-Eu também -Ele segurou em meu queixo, fazendo com que eu o olhasse- Eu nunca mais vou te deixar sozinha Estella, eu prometo -Voltou a me abraçar. Infelizmente, eu fui forçada a ter que esperar, ele não me deixaria ver meu pai, pelo menos, não até a cirurgia acabar. Já se passavam das 23:00 horas, e agora o hospital estava mais vazio, apenas com emergências. Marcela foi para casa, para tomar um banho e disse que voltaria logo para ficar comigo, deixando Thiago encarregado de me acompanhar. Estava sentada em uma das dezenas de cadeiras que haviam ali na sala de espera, já encolhida devido a frio que começava a se manifestar, quando Thiago chegou com duas xícaras de café:
-Desculpe a demora, tive que parar pra dar uma olhadinha em alguns pacientes -Se sentou na cadeira ao lado- Trouxe pra você -Me estendeu uma xícara de café
-Obrigada, mas acho que eu não consigo nem comer nem beber nada agora
-Você tem que ficar forte para quando ele acordar, ele vai precisar de você -Encarei o chão por um momento antes de finalmente agarrar a xícara. Querendo ou não, ele estava certo
-Está com frio? -Perguntou com a voz calma
-Nada que eu não suporte -Disse cabisbaixa. Thiago se levantou e tirou seu jaleco branco, deixando mais aparente a camiseta preta que usava e sua calça jeans, que contornavam muito bem o seu físico de causar inveja. Ele caminhou para trás de mim e o jogou sobre me ombro- Bem melhor -Voltou a se sentar ao meu lado
-Obrigada -Ajeitei o jaleco, dando um gole no café
-Não precisa ficar assim, seu pai é um homem forte, e eu sei que vai conseguir sair dessa... -Vi que ele sabia que era necessário dizer aquilo
-Sempre me colocando pra cima -Forcei um sorriso
-Sabe que eu sempre faria de tudo para vê-la sorrir, e olha, estou conseguindo -Disse descontraído
-Se o pior acontecer, eu não sei o que vou fazer -Voltei a chorar, as emoções estavam a flor da pele
-Não fica assim, por favor, eu odeio ver você sofrendo -Thiago se ajoelhou no chão, de frente pra mim, segurando minhas mãos- Eu estou aqui Estella, para o que você precisar -Apenas o abracei, tudo o que eu queria agora era o carinho e o colo de alguém
-Estella Dotoli? -Um outro médico, que estava na cirurgia do meu pai, se aproximou com alguns papéis em mãos. Thiago e eu nos levantamos rapidamente para ouvir o que ele tinha a dizer:
-Como ele está doutor? -Perguntei receosa
-A cirurgia foi um sucesso, seu pai vai ficar bem, vai demorar um pouco para que ele acorde, por causa dos sedativos, mas ele vai se recuperar bem... Só devo avisar que, ele sofreu uma pancada muito forte, e talvez fique com alguma sequela
-Que tipo de sequela doutor? -Thiago perguntou
-Ainda não podemos dizer, talvez ele acorde normal, mas temos que ver como o paciente vai reagir a cirurgia e ao tratamento
-Será que eu posso vê-lo?
-O horário não é permitido, mas nesse caso podemos sim abrir uma exceção, por favor, me acompanhem -Fomos acompanhando o médico, que nos levou até o quarto em que meu pai estava- Vou deixa-la a vontade, qualquer coisa, por favor me chame doutor Thiago -O médico saiu, nos deixando ali a sós. Coloquei a mão na maçaneta, mas antes de abri-la, encarei Thiago
-Entra comigo?
-Claro -Thiago colocou sua mão sobre a minha me ajudando a abrir a porta, foi quando me deparei com a imagem de meu pai deitado sobre a cama, com o rosto todo ferido e fios ligados por todo seu corpo:
-Olha só pra você -Me posicionei ao lado do leito o olhando- O senhor tem que ficar bem logo, eu preciso de você -Coloquei minha mão em seu rosto calmamente, beijando sua testa logo em seguida. Vê-lo naquele estado partiu meu coração, e mais uma vez eu comecei a chorar desesperadamente, rezando para que ele saísse daquela. Enquanto chorava, podia observar minhas lágrimas caírem no lençol da cama- Como isso foi acontecer? -Perguntei encarando Thiago que ainda continuava parada próximo a porta
-Os socorristas disseram que ele pode ter dormido no volante e perdido o controle em uma curva
-Eu não acredito nisso, ele sempre foi muito responsável
-As coisas acontecem quando nos menos esperamos
-Por que teve que acontecer justamente com ele?
-Ei -Thiago me puxou pra um abraço- Eu já disse que não gosto de te ver assim -Ele enxugava minhas lágrimas com os dedos
-Obrigada por cuidar de mim
-Queria que eu fizesse o quê? Você é a mulher da minha vida... -Suas palavras foram tão profundas, que ficaram durante um bom tempo no ar, deixando um clima estranho, de compaixão e de afeto, que logo foi desfeito pelo toque do seu celular- Me desculpe, eu tenho que atender -Disse
-Tudo bem -Me sentei em uma poltrona ao lado do leito de meu pai, tentando me recuperar de tudo aquilo
-Eu já volto... -Thiago disse saindo do quarto.

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-O que você quer? Acho que fui bem claro quando disse pra você não me ligar. -Observava pelo vidro se Estella ainda permanecia no mesmo lugar e ao mesmo tempo se não havia ninguém no corredor
-Quero saber quando vou receber a minha parte, pelo que fiquei sabendo, o trabalho foi bem executado
-Depois nós conversamos, em um local mais discreto de preferencia
-Só mais uma pergunta, ele?...
-Não, graças a Deus não
-E a menina? Já a consolou? kkk
-Seu eu fosse você, não ousaria envolvê-la em mais nenhum assunto novamente, você sabe muito bem do que eu sou capaz
-Me desculpe, eu não queria irrita-lo. Será que desta vez ficamos quites? 
-Ainda não, tem mais uma coisa que eu quero que você faça pra mim -Olhei ao redor e vi Marcela se aproximando- Lembra do que mais te falei ontem? Quero que o faça pra mim. Agora vou ter que desligar, até mais.
-Aonde ela está? -Marcela perguntou assim que eu desliguei o celular. Calmamente inclinei a cabeça em direção ao quarto em que Estella se encontrava. Ela entrou e pelo vidro, vi as duas se abraçando, e mais uma vez, vi Estella se deixar levar pelos sentimentos. Ela era fraca, e vê-la frágil daquele jeito, partiu meu coração, não dava mais pra voltar atrás, eu era forte e faria de tudo para faze-lá feliz. Feliz comigo.

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Havia acabado de fazer mais um show. Estava em São Paulo, e havia sido convidado pelos meus amigos Fernando e Sorocaba pra assistir a um show deles em uma boate sertaneja muito movimentada da região. Confesso que estava cansado e louco para voltar logo para o hotel, mas não podia recusar um convite deles assim. Estava com Rober e com Well, e depois de passarmos no camarim para cumprimentá-los, fomos para o camarote e ficamos lá assistindo ao show:
-Sua bebida Luan -Rober se aproximou com duas cervejas em mãos
-Valeu cara -Peguei uma
-Por que não vai se divertir? Tá cheio de mulheres lindas por aqui hoje
-Olha só quem fala, como vai seu romance com a Marcela?
-Eu não sei se ele é a pessoa certa pra mim, sabe? Ela é muito atraente, eu gosto de estar com ela, mas não sei se estou preparado para me apegar a alguém agora. Mas e você? está tão quieto ultimamente, será que essa mudança tem algum nome?
-Cara, eu tô muito afim da Estella, não consigo parar de pensar nela, na gente...
-Quem diria, Luan Santana finalmente foi domado! kkkkkkk
-Você tinha que ver como ela ficou quando a gente se beijou, eu sei que ela também sente alguma coisa por mim
-Você é insistente em rapaz?
-Apenas luto pelo que eu quero, e pode ter certeza, eu quero muito que ela seja minha
-Quem diria que uma amizade iria virar isso tudo em?! kkkkkk
-Verdade kkk Mas eu tô pra ver mulher mais doce e encantadora como ela
-Antes de eu chorar com suas declarações, deixa eu ir ali buscar mais uma bebida kkkk
-Vai lá cara kkk -Rober foi em direção ao bar e eu continuei aonde estava. Well estava logo atrás de mim, conversando com algumas meninas. Estava distraído, tomando minha cerveja, quando uma loiraça se aproximou:
-Quem diria, Luan Santana na mesma boate que eu -Se posicionou ao meu lado sorrindo. Olhei de relance para ela, que usava um curto vestido preto, e tinha os olhos bem azuis, devo admitir que era bem bonita- Tudo bem gatinho?
-Bem e você? -Disse sem dar muita atenção a ela
-Bem, curtindo a noite?
-Mais ou menos, apenas vim prestigiar o show dos meus amigos
-Sei, veio pra encontrar alguém pra se divertir também?
-Não, hoje eu estou a fim de ficar sozinho -Sabia aonde aquilo daria
-Deixa eu adivinhar, já encontrou alguém? Quem é a sortuda?
-Que isso muié, eu tô solteiro
-Sério? mesmo que seja mentira, ela não teria problemas algum em te dividir com alguém, teria? -Ela se aproximou de mim, deslizando sua mão por meu tórax
-Cê é linda, mas... -Quando iria despachar a moça. Ele me agarrou com tudo, me beijando com força e desejo. Não pensem que eu estava traindo Estella, porque não estava! Eu queria sim conquistá-la, queria muito! Mas eu era homem, e depois que a tal moça começou a me beijar, foi difícil parar. De repente, vi focos de luzes vindo na minha direção, foi só ai que me toquei de que estavam tirando fotos de nós dois. [...]


Oieeeeeeeee gatas! Gostaram do capítulo???????
Eu sei, demorei demais pra postar, mas quem disse que o colégio tá me dando folga? Sério, tá pior do que o exercito esse bimestre! kkkkkkkkkk :P
Eita! Tadinho do pai da Estella, teve que passar por essa cirurgia e corre o risco de ficar com alguma sequela :X O que será que vai acontecer com ele? Será que ele vai ficar bem?
E com quem o Thiago estava falando no celular????
E essa loira oxigenada que apareceu do nada pra beijar o Luan? Justo quando ele tá querendo uma chance com a Estella?????? o.O
Comentem, critiquem que logo eu tô de vorta! ;) bjssss moçada! \Õ/

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Capítulo 28

A língua de Luan percorria toda a minha boca, enquanto eu sentia suas mãos deslizarem suavemente por minha cintura. Sim, eu estava gostando daquilo, não dava pra negar. Nossos corpos estavam bem próximos um do outro, e em um impulso, enquanto nos beijávamos, deslizei minhas mãos calmamente para seus cabelos, os acariciando com cuidado, enquanto sentia os fios lisos entre meus dedos. Luan aprofundou o beijo por um momento, me empurrando contra a parede e me cercando com seus braços. Eu não conseguiria fazer com que ele parasse, nem sei se queria que aquilo acabasse. Mas quando pensei que a coisa já havia perdido o controle, ele foi parando o beijo lentamente, com leves selinhos. Meus olhos ainda estavam fechados, e agora eu tinha medo de ter que abri-los e encara-lo:
-Por que você me deixa assim? -Luan sussurrou baixinho me trazendo de volta a realidade. Seu olhar estava fixo no meu, e depois de lembrar o quando tudo o que havia acontecido ali havia sido intenso e correspondido, senti meu rosto corar- Eu vou embora, mas por favor, pensa na gente, se você quiser, eu juro que faço as coisas darem certo, eu estou disposto a lutar por você-Ele disse calmamente alisando meu rosto com as costas da mão. Após alguns segundos nos olhando, ele se afastou seguindo até a porta. A abriu e minutos depois não estava mais ali. Eu ainda me encontrava encostada na parede, esbabacada com tudo o que havia acontecido, e principalmente, com o que eu havia sentido.
Antes que meu pai chegasse, preparei um lanche para ele, e deixei na cozinha. Não queria que ele me visse naquele estado de aflição. Não queria que ele soubesse de nada o que havia entre mim e Luan, se é que havia alguma coisa. Caminhei para o quarto, e depois de me jogar na cama, passei os minutos seguintes refletindo sobre aquilo. Será que eu estava mesmo começando a gostar dele?


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Depois que sai da casa de Estella, permaneci o caminho todo pensando nela. Nenhuma menina havia mexido tanto assim comigo antes. Sorri ao me lembrar da forma como ela havia respondido ao meu gesto, e a forma como ela ficou no final. Eu queria muito ter uma chance com ela, mas sabia que teria que dar um tempo para que ela pudesse pensar. Talvez, quando voltasse da minha próxima turnê pelo país, nós pudéssemos conversar de novo, e saber o que realmente ela estava achando de tudo aquilo. Como eu mesmo disse, ela não era qualquer uma...

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Não consegui ficar em casa depois de perceber que havia acabado de deixar Estella sozinha com o Luan. Logo com ele. Seria a mesma coisa que entregar o tesouro ao um pirata. Entrei novamente em meu carro e segui em alta velocidade de volta a sua casa. Estacionei o carro em um lugar discreto e fiquei esperando. Alguns minutos depois, o vi saindo de lá. 

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ALGUNS DIAS DEPOIS...

É, quase uma semana já havia se passado, e eu ainda estava perplexa com tudo o que tinha acontecido. Minha cabeça não conseguia assimilar as coisas. Conversar com a Marcela me ajudou muito, mas teria ajudado mais se ela não tivesse me incentivado a ficar com Luan. Na verdade, eu não sabia se era o certo a fazer, ou se deveria dar uma basta de uma vez por todas naquilo. Também tinha mais um problema.. Thiago. Desde aquela dia, não havia mais conseguido falar com ele, nem o visto, ele simplesmente havia sumido, o que me deixou um pouco pra baixo também, já que ele estava se tornando um grande amigo, e eu admito que gostava de tê-lo por perto:
-Bom dia querida! -Meu pai desceu animado. Era quinta-feira, e eu estava de folga do trabalho, me restando um tempinho livre para ficar em casa
-Bom dia pai! -O cumprimentei com um beijo no rosto
-Por que acordou tão cedo? Pensei que estivesse de folga -Se sentou a mesa, enquanto eu colocava alguns pães sobre esta e lhe servia uma xícara café
-O senhor sabe muito bem que eu gosto de acordar cedo, além disso, eu não aguento ficar parada -Me sentei com ele, pegando um pão e começando a passar manteiga
-Sei, você puxou a sua mãe -Era a primeira vez que ele falava dela em dias
-Foi o melhor elogio que o senhor poderia me dar -Segurei sua mão sorrindo- Pai, que tal o senhor voltar cedo pra gente sei lá, talvez jantar fora? Nós quase nem saímos mais juntos
-Boa ideia, você paga a conta? -Brincou se levantando da mesa
-Pago né?! kkkkkk -Me agarrei ao seu braço o acompanhando até a porta
-Até mais querida
-Até mais pai -O abracei apertado antes de sair.
Estava sozinha, e para distrair, decidi ir arrumar a casa. Logo a hora do almoço chegou, e como estava com preguiça de cozinhar apenas para mim, preparei um sanduíche. Liguei a TV e comecei a procurar por algum filme, nada. Fui para meu quarto, peguei meu computador, e conferi se o resultado do meu vestibular já havia saído, nada. Permaneci um bom tempo ali, deitada olhando para cima, e quando menos esperava, acabei pegando no sono.
Acordei algumas horas depois assustada, com o coração acelerado. Já estava escuro. Me levantei rapidamente e depois de lavar o rosto, desci. Olhei no relógio da cozinha e já se passavam das 18:30. Nem sinal do meu pai em casa. Estranho, ele deveria ter chegado mais cedo hoje, por volta das 17:30. Talvez estivesse conversando com algum amigo do trabalho, ou parado em algum lugar para resolver alguma coisa. Peguei o celular e disquei seu número, fora de área. Me sentei no sofá da sala e decidi ligar depois, não queria incomoda-lo. Mas uma hora se passou e eu comecei a pensar na ideia de que ele havia se esquecido do nosso combinado, e que havia decidido ir jantar na casa de algum de seus conhecidos. Meia hora depois, eu já pensava na possibilidade de que o caminhão de entregas poderia ter estragado em algum lugar sem assistência. Quinze minutos depois, horrores já se passavam pela minha cabeça. Peguei o celular e liguei desesperadamente para Marcela, eu não sabia mais o que fazer. Ouvi a campainha tocar e fui correndo até a porta:
-Oie Estella! Vim o mais rápido que pude, o que aconteceu? -A puxei pra dentro e fechei a porta
-Ma, o meu pai ainda não chegou, alguma coisa está errada! -Dizia desesperada
-Calma Sté, ele pode ter ido para algum lugar, sei lá
-Não, ele teria me avisado -Me sentei no sofá levando minhas mãos a cabeça
-Já tentou ligar para ele? -Ela se sentou ao meu lado alisando meu cabelo
-Um milhão de vezes, mas só da fora de área
-Talvez ele teve que desligar o celular por estar em alguma reunião, alguma coisa... -Antes que ela pudesse terminar de falar, meu celular começou a tocar. Era ele. Graças a Deus! Me levantei rapidamente do sofá e o atendi:
-Pai, está tudo bem com o senhor? Eu fiquei preocupada! -Dizia rapidamente
-Oie moça, aqui não é o seu pai -Uma voz estranha respondeu
-Quem é você? Aonde está meu pai? -Ao fundo, podia-se ouvir o barulho de sirenes
-Seu pai se envolveu em um acidente, eu estou aqui e a ambulância já está pronta para leva-lo para o hospital... -Acidente? Ao ouvir aquelas palavras, deixei que meu celular caísse de minhas mãos, minhas pernas haviam perdido as forçar e eu cai de joelhos no chão. Só me lembro de ter visto Marcela perguntando o que havia acontecido, e logo em seguida pegar meu celular e começar a anotar algumas coisas em um bloco de papel. Se acontecesse alguma coisa com ele, eu não sei o que seria de mim. [...]


Oieeeeeeeeeeeeee princesas! ;) Td bem com vcs???? sumi? nada né?! dessa vez fui até rápida! kkkk
O colégio num tá me dando folga, por isso estou conseguindo postar só nos fins de semana =/
Mas me digam, e esse beijo em?! huuuuuum, muito mais profundo que o primeiro, será que ele está começando a cair nos encantos do nosso nego magia? kkkkkkkk
Thiago com ciúmes, afinal, ele também já deixou claro que está afim dela, será que ele não merecia uma chance também?!
Gente! E esse acidente????? o.O o que será que aconteceu?????? Será que o pai dela vai ficar bem???? Lembrando que ela só tem a ele...
Comentem que logo, logo, eu tô de volta! bjssssssss, Nati ;)

domingo, 25 de maio de 2014

Capítulo 27

2 SEMANAS DEPOIS...

Duas semanas já haviam se passado desde aquele alvoroço todo. Luan não havia tentado mais nenhum contato comigo, e eu fiquei grata por isso, apesar de ter ficado super chateada pela forma como nossa amizade acabou. Minha vida havia voltado ao normal. Voltei para o estúdio e para o trabalho voluntário no hospital, enquanto aguardava ansiosa pelo resultado do meu vestibular, que sairia em breve. Quanto a Thiago? ele estava sendo um amor comigo, depois de Luan, agora ele era meu melhor amigo. Ele estava mudado, mas mudado para melhor. Quanto sobre  como nós dois iríamos ficar, ele não perguntou nada. Talvez tivesse desistido de mim ou apenas esperando pelo momento certo, já que eu mesma havia dito a ele que não estava muito bem:
-Vai sair hoje amiga? -Marcela perguntava enquanto fechávamos o estúdio para ir embora
-Acho que não
-Credo Estella! Plena sexta feira a noite em casa? É por causa do que aconteceu entre você e o Luan?
-Eu não sei, eu só não estou com clima pra sair de casa -Disse pegando minhas coisas e me dirigindo a saída- Além disso, eu já te disse, não aconteceu nada entre mim e o Luan
-Se um beijo não for nada... -Olhei em sua direção furiosa- Desculpe, não foi o que eu quis dizer
-Pra mim esse assunto já deu, mas tarde te ligo, pode ser?
-Vou ficar esperando em?! -Nos despedimos.
Enquanto voltava para casa, resolvi passar no hospital para ver como estavam minhas crianças. Estava passando pelo corredor, quando ouvi alguém me gritar:
-Estella! -Olhei para o lado e vi Thiago caminhando todo sorridente na minha direção- Tudo bem? -Me abraçou com força
-Tá sim
-O que aconteceu? Parece desanimada -Ele desfez o abraço para me olhar
-Não aconteceu nada, só preciso descansar
-Quer que eu te leve em casa? Eu já estava indo embora mesmo
-Eu vou aceitar, mas antes, será que poderia ir dar uma olhada nas crianças?
-Claro, eu vou com você -Fomos caminhando em silêncio pelo corredor. Thiago usava jaleco e calça jeans, com o cabelo meio bagunçado, meio arrumado, o visual descolado de sempre, o que fazia com que todas as mulheres olhassem para ele e dessem um suspiro.
Visitamos todos os pacientes, e depois de arrancar vários sorrisos daqueles rostinhos, Thiago se ofereceu pra me levar em casa, e eu aceitei, já que parecia que não conseguiria chegar em casa viva depois de andar oito quarteirões:
-Você leva jeito com crianças - Thiago comentou enquanto dirigia
-Você acha? -O observei curiosa
-Acho -Riu
-Sabe, eu amo crianças
-O que indica que você será uma ótima mãe -Ele me olhou paciente. Achei melhor não dizer nada, sabia onde aquele assunto poderia levar.
Estávamos virando o último quarteirão, quando ao longe o avistei. O carro de Luan estava estacionado em frente a minha casa e ele se encontrava sentado na varanda. Thiago parou o carro e eu abri a porta, rapidamente Luan veio em nossa direção:
-Estella, nós temos que conversar -Disse
-Eu não tenho nada pra falar com você -Passei por ele indo em direção a minha casa
-Eu não vou sair daqui sem antes falar com você -Luan me encarou sério, segurando meu braço
-Ei cara, o que você pensa que está fazendo? Solta ela! -Thiago saiu do carro vindo até nós
-Calma Thiago, está tudo bem -Disse fazendo sinal para que ele ficasse aonde estava. Tudo o que me faltava agora era uma briga
-Você sabe que nós precisamos conversar -Luan tornou a dizer- Por favor -Não tinha jeito, eu teria que encarar aquilo de frente, querendo ou não. Olhei para Luan como afirmação e ele me soltou
-Estella, o que está acontecendo?
-Thiago, está tudo bem, olha, obrigada pela carona, será que nós podemos conversar depois? Prometo que eu vou te explicar tudo
-Tem certeza que vai ficar bem? -Me olhou preocupado
-Tenho -Thiago não me questionou mais. Encarou Luan e entrou em seu carro, dando partida e saindo dali logo em seguida. Me dirigi até a varanda e depois de destrancar a porta, a abri para que Luan pudesse entrar também:
-Afinal, o que você está fazendo aqui? -O encarei
-Vim resolver as coisas entre nós
-Não existe nós Luan, nunca existiu
-Então o tal homem que você me disse que ama é o Thiago? -Luan disse alterado
-Não estamos falando do Thiago
-Só preciso que me responda
-E se for, o que você tem haver com isso?
-Por que está sendo tão dura comigo?
-Luan, eu... eu... só não quero falar sobre o que aconteceu
-Por que não atendeu minhas ligações?
-Não tive coragem de ouvir sua voz
-Olha, durante essas duas semanas que se passaram, eu não deixei de pensar em você por nenhum segundo, eu estou apaixonado por você!
-Será que não vê que isso tudo é um absurdo?
-Por quê? Só porque eu sou cantor? Viajo por todo o Brasil? Porque tenho fãs? Sou famoso? Qual tipo de homem serve pra você, o Thiago? Por que é doutor, que nem você? Tem os mesmo interesses?
-Se for pra me ofender, você pode se retirar agora da minha cara! -Disse alto apontando para a porta
-Droga, eu não quis te ofender, me desculpe por isso -Luan levou as mãos ao rosto- Poxa Estella, eu só preciso que você me diga o que sentiu, o que achou do nosso beijo
-Não acho que isso seja necessário, Luan -Tentei passar por ele, me dirigindo até a cozinha para ganhar tempo com aquilo, mas novamente ele segurou em meu braço
-Por favor, me diz, é a única forma de saber se você sentiu o mesmo que eu -Ele me olhava de maneira profunda e intensa
-Eu.. eu não.. eu não sei -Engoli em seco
-Não? Tem certeza? Não pode mesmo dizer como foi sentir os meus lábios contra os seus, a minha língua quente contra a sua? Estella, você pode negar, mas você retribuiu aquele nosso beijo, pelo amor de Deus! alguma coisa você tem que ter sentido
-Por favor Luan, eu quero que você saia daqui agora -Em um movimento consegui fazer com que ele me soltasse, me dirigindo até a porta e a abrindo para que ele saísse
-Tudo bem, eu vou, mas antes, eu preciso sentir uma coisa de novo -Luan segurou firme na minha cintura, me apertando ao seu corpo. Novamente os seus lábios vieram de encontro ao meu, e dessa vez, ficou difícil dizer que não sentimos nada.

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Cheguei em casa furioso, abrindo a porta de meu quarto e a batendo com força logo em seguida. Droga, o que Luan teria ido fazer na casa de Estella? Por que ele estava daquele jeito? O que tanto queria falar com ela? Eu não a iria perder, ainda mas para ele. Eu teria que agir, e rápido. [...]



Olá Donzelas! ;) demorei, mas tá ai mais um capítulo pra vcs! \Õ/
Nossa, num tô tendo de passar por aq, só nos fins de semana, o colégio num tá me dando folga =/ Essa semana mesmo, tô atolada de trabalhos pra entregar, mas com jeitinho a gente vai indo kkkk
Olha, eu sei que o capítulo foi bem curto, e que tudo aconteceu muito rápido, mas confesso que pra essa primeira fase da fic tô meia sem ideia, agora pra segunda, se preparem que vai ter muita coisa "louca" acontecendo! kkkkkk
MEU DEUS! O.O MAIS UM BEIJO ENTRE O LU E A ESTELLA! Dessa vez rolou sentimento? Como as coisas entre eles vão ficar agora????
E o que será que o Thiago tá aprontando?????????
Comentem, critiquem, deem a opinião de vcs, enfim, façam oq vcs quiserem kkk logo tô de volta! ;) bjim, Nati


HÁ NEGAS, SÓ MAIS UMA COISINHA, UMA AMIGA MINHA, TÁ COM UM GRUPO SUPER LEGAL NO WHATSAPP: LUAN OUSADA! KKKKKKKKK É MUITO LEGAL, QUEM QUISER ENTRAR, PODE DEIXAR O NÚMERO AQUI NOS COMENTÁRIOS QUE VOU REPASSAR PRA ELA ADICIONAR!  


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sábado, 17 de maio de 2014

Capítulo 26

Subi com Rober para meu quarto. Tranquei a porta, e comecei a contar a ele tudo o que havia acontecido entre mim e Estella naquela noite:
-Perai Luan, deixa eu ver se entendi, você e a Estella.. Vocês se beijaram? -Rober não conseguia conter sua surpresa
-Foi o que eu acabei de dizer
-Cara, isso é ótimo! -Dizia animado
-Não, não é! A única oportunidade que eu tive de me declarar pra ela e eu joguei tudo por alto
-Ué, você não beijou a menina?
-Rober, não é apenas o beijo! A Estella não é assim, eu deveria ter esperado mais, acho que fui precipitado...
-Precipitado? Vocês já se conhecem á um bom tempo! Além disso, você disse que ela retribuiu seu beijo, talvez ela só precise de um tempo pra pensar
-O problema, é que depois, ela falou na minha cara que é apaixonada por outro homem, e quanto a isso, eu não tenho como lutar -Me encostei na parede baixando o olhar
-Vixi cara, mancada em?! Ela pelo menos disse quem é o seu rival?
-Isso não importa, o que me chateia, é que com isso tudo, tudo o que nós tínhamos, acabou..
-Luan, você não é assim cara! Nunca te vi desistir tão fácil! Você disse que a ama, não disse?
-Como nunca amei outra mulher antes -O encarei- Quando eu a vejo, eu saio de mim...
-Então por que desistir dela assim? Talvez, ainda haja alguma esperança.. Será que ela ainda está aqui no Rio? Vocês poderiam se encontrar pra conversar
-Você tem razão, eu vou ligar pra ela... -Peguei meu telefone e disquei seu número.

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Eu estava bem pra baixo, mas devo admitir que a presença de Thiago estava me fazendo bem.  Já era tarde, mas o papo estava tão bom, que eu ão queria que ele fosse embora. Enquanto falava, ele não me interrompia, apenas me ouvia com atenção. Ele me fez rir algumas vezes, e por alguns segundos, eu havia conseguido deixar de lado o ocorrido de mais cedo no Rio de Janeiro. Desejei que aquelas risadas me fizessem deletar também aquele beijo para sempre de minha memória. Estávamos em mais um assunto interessante, quando meu celular começou a tocar:
-Com licença Thiago, acho que deixei meu celular na cozinha -Me levantei
-Claro, pode ir lá -Sai da sala, e peguei meu celular que se encontrava em cima da pia. Ao ler seu nome, senti meu corpo gelar, meu coração bater mais forte e minhas pernas bambearem. Era Luan. Eu não iria atende-lo, eu não poderia atende-lo. Deixei que o telefone tocasse até o último segundo, e depois, bloqueei seu número:
-Está tudo bem aqui? -Levei um susto quando vi Thiago atrás de mim
-Está sim -Me encostei de leve na pia
-Você parece nervosa, quem era no telefone?
-Era engano -Não sei se ele acreditou, pelo menos não perguntou mais nada
-Olha, acho que já passou da hora de ir -Disse conferindo o relógio em seu pulso- Além disso, você deve estar cansada, viajou a noite inteira, melhor ir se deitar
-Tem razão, e mais uma vez obrigada
-Imagina -Baixou seu olhar- Sabe que eu faria tudo que você me pedisse -A forma como ele voltou a me olhar me deixou completamente desconcertada- Há, até me esqueci, feliz ano novo Estella! -Ele me abraçou com força
-Feliz ano novo também Thiago.

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Depois de deixar a casa de Estella, voltei novamente para minha casa. Nesse feriado, meus pais haviam viajado para o exterior. Não fiquei chateado por não poder ter ido. Afinal, eu não tinha mais porque querer sair para fora do Brasil. Não tinha ninguém lá esperando por mim. Ninguém queria me ver. Exceto eles. As únicas pessoas que adorariam me "ver", eu tinha pavor de encontrar. Não, aqui estava muito bom. Aliás, também sabia que Estella voltaria para casa em alguns dias, só não pensei que fosse ser tão rápido. Alguma coisa havia acontecido, mas o quê? Isso eu iria descobrir depois, mas agora, tinha algo mais importante para me preocupar. Joguei o casado de lado e caminhei até o escritório de meu pai. Peguei meu notebook e o coloquei sobre a mesa, começando a pesquisar. Vitor Gouveia. Olhei em todas as páginas e nada, precisava de mais alguma referência, mas o quê? Se não estivesse enganado, Estella havia me dito que era de uma cidadezinha do interior do Goiás, como era mesmo o nome? Goianésia! sim, era isso mesmo. Acrescentei a informação, e dessa vez, descobri coisas que haviam me deixado bem satisfeito. Ele era peão de Rodeio, e pelo jeito, ele e Estella tinham um certa ligação. Procurei mais e encontrei uma noticia antiga, de quase 3 anos atrás:

"Acidente em exposição agropecuária de Jaraguá-GO causa tragédia e provoca comoção


O jovem Vitor Gouveia (18), sofreu nesta quinta-feira (20), um acidente gravíssimo, que lhe tirou a vida.
Vitor já havia feito sua primeira montaria, na qual havia conseguido ficar em primeiro lugar, entre todos os participantes, se conseguisse ficar oito segundos na montaria seguinte, seria o campeão do campeonato.
Infelizmente, após a porteira ter sido aberta, antes de os oito segundos se completarem, o touro em que montava o arremessou a uma altura de mais de dois metros. O impacto com o chão foi tão forte, que ele já foi levado para o hospital desacordado e com sinais vitais baixíssimos.
Infelizmente, poucos minutos após chegar ao hospital, Vitor faleceu por morte cerebral. A pecuária teve seu encerramento adiantado, e na sua cidade natal, foi decretado luto absoluto durante três dias.
O ocorrido tomou repercussão em todo o estado e gerou muita comoção, pelo fato de a namorada Estella Dotoli estar presente na hora do incidente, e estar ao lado de seu leito no hospital quando os aparelhos foram desligados. 
Pessoas próximas a família, disseram que a jovem está muito abalada, ainda em estado de choque, e aparenta os sintomas do início de uma depressão.
Familiares de Vitor, contaram a imprensa que o sonho do jovem era participar do rodeio internacional (PBR), e ficar conhecido por todos no esporte do qual praticava e ao mesmo tempo amava.
Muito se espiculou também entre todos que estavam na festa naquela noite, que Vitor havia dito que após todas as montarias serem realizadas, se dirigiria a arena, e faria uma surpresa a Estella, está, que não pode ser contada, por uma ironia do destino, em tirar a vida de um jovem amado por todos, e que nunca poderá ser revelada.
Vitor e Estella tinham um relacionamento duradouro, á pouco mais de dois anos, suas famílias eram amigas, por isso, se conheciam desde a infância. 
Alguns dias após a tragédia, pais da vítima disseram que ele não escondia a vontade que tinha de se casar com a jovem, logo após ela terminar de cursar sua faculdade e revelaram ainda, que naquela noite, ele poderia muito bem ter pensado em pedir sua mão em noivado.

Acima, o jovem Vitor Gouveia

"

-Interessante... -Thiago disse deslizando o dedo indicador pelo queixo, grato pelo que havia encontrado. Então ele havia sido um dos primeiros amores de Estella. Sabia que ela ainda tinha um carinho especial por esse rapaz, talvez por isso, ainda não houvesse aceitado sua proposta. Por medo de ser feliz novamente. Também, não poderia culpa-la, tudo ainda era muito recente. Começou a buscar por mais pistas, pistas que se conseguisse encontrar, logo, logo a teria em seus braços.



Oiieeeeeeeee negas! Tudo bem com vocês? E ai, curtiram o capítulo????????????
Poxa, tadinho do Lu, tá desesperado tentando falar com a Sté =/ Será q ele foi precipitado??????
E o Thiago??? Estranho ele né?! E por que ele quer reunir tantas informações sobre Vitor e o passado de Estella??????????
COMENTEM que logo mais tô de volta, bjsssss ;) 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Capítulo 25

Eu não sei explicar direito como tudo aconteceu. A única coisa da qual me lembro, foi de ouvi-lo dizendo "Estella, eu me apaixonei por você", depois disso, o mundo que parecia existir ao meu redor parou. Eu vi quando ele se aproximou de mim, encostou seus lábios nos meus e finalmente, me puxou pra um beijo. Mas eu permaneci parada, sem esbolar qualquer reação. Fechei os olhos, e comecei a sentir suas mãos deslizando suavemente por meus braços até chegarem a minha cintura. Sua língua quente contra a minha. Por um momento, consegui esquecer quem ele era, e retribui seu beijo, me entregando por completa. Deslizei minhas mãos delicadamente por sua nuca, até finalmente alcançar seus cabelos. Ele cada vez mais intensificava nosso beijo, me prendendo mais ao seu corpo. Foi quando me lembrei. Vitor. Deus! O que eu estava fazendo? Em um súbita cobrança de consciência, parei empurrando Luan:
-Por quê fez isso? -Falei desesperada tocando meus lábios com o dedo indicador
-Estella, me desculpa, eu.. não deu pra resistir! -Ele tentava se explicar
-Droga Luan! Isso não poderia ter acontecido! -Disse me movendo até onde estavam minhas malas, começando a juntar tudo
-O que você está fazendo? -Ele se aproximou
-Pegando minhas coisas
-Vo... Você vai embora? Agora? -Falava nervoso
-Por favor, eu tenho que ir... -Peguei minhas coisas tentando passar por ele
-Não, você não pode! -Ele bloqueava meu caminho
-Luan, por favor, me deixe passar!
-Nós temos que conversar. Sobre o que aconteceu, eu...
-Luan, nós não temos nada pra conversar, nada aconteceu -Dizia alterada
-Você faz ideia do quando esse beijo significou pra mim? Faz ideia de quantos dias eu me preparei pra te dizer tudo o que estava sentindo?
-Luan, eu não entendo, por quê fez isso? Nós éramos amigos -Meus olhos começaram a marejar
-Não dava mais pra negar que eu estava gostando de você! Poxa Estella, eu estou apaixonado!
-Você escolheu a pessoa errada pra amar -Sentia as lágrimas começando a rolar por meu rosto
-Por favor Estella, nós poderíamos tentar, eu sei que estou sendo precipitado, mas...
-Luan, o meu coração pertence a outro homem! Por favor, entenda isso! -Disse alto o encarando. Um silêncio arrebatador tomou conta do ambiente, baixei a cabeça e passei correndo por Luan. Depois que sai do quarto, topei com Marla nas escadas:
-Oi Estella, eu estava indo... -Eu não iria conseguir falar com ela, não naquele estado. Passei por ela sem trocar nenhuma palavra. Tudo o que eu queria era sair logo dali. Ir embora para bem longe. Há essa altura, quando passava pela recepção, as lágrimas já haviam tomado conta de mim.

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"Luan, o meu coração pertence a outro homem! Por favor, entenda isso!" Suas palavras ainda vagavam em alto e bom som por minha mente, mesmo depois de ela ter saído ás pressas dali. Naquele momento, eu me sentia o cara mais patético e idiota do mundo. Como eu fui tolo em me apaixonar por ela. Desde o início eu deveria ter percebido que as coisas não poderiam ter saído de outro jeito. Me encostei de leve na parede, quando Marla entrou no quarto:
-Luan, você sabe o que aconteceu com a Estella? Acabei de passar por ela agora, e... -Ignorava suas palavras, ainda pensando no que havia acontecido- Luan? Você está bem?
-Estou -Me virei a encarando rapidamente, passando por ela logo em seguida
-Luan, espera! -Ela gritou enquanto passava pela porta, me fazendo parar- E a Estella? Você ainda não me disse o que aconteceu aqui
-Não aconteceu nada -Baixei meu olhar, lhe dando as costas e descendo para a recepção. O show tinha que continuar.

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Consegui passar pela recepção sem que ninguém da equipe me visse. Do lado de fora, na praia de Copacana, as pessoas ainda tinham seus olhares voltados para a queima de fogos, que deslumbravam o céu de uma forma mágica:


Ver aquilo só serviu para abalar mais meu emocional. Vi um táxi se aproximando e logo estendi minha para que ele parece. Abri a porta e entrei no banco de trás:
-Para onde moça? -O motorista perguntou automaticamente, ignorando o fato de eu estar aparentemente abalada. Certamente deveria enfrentar situações assim todos os dias, ainda mais em uma cidade grande como o Rio
-Para o aeroporto, eu preciso sair daqui -Ele não questionou nada, apenas tratou de dirigir.
A demora no caminho, e o congestionamento, só serviram para me fazer sentir mais culpada do que já estava. Vitor. Era incrível como eu ainda me sentia ligada a ele. Ele foi meu primeiro amor, e eu jurei a ele que seria o último. E depois de ter beijado Luan, tudo o que eu queria era contrariar minha promessa. Eu não conseguia me imaginar nos braços de outro homem. Muito menos vivenciar um romance com qualquer outra pessoa que não fosse Vitor. Eu o amei até o último segundo.

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Depois que me reuni com a galera da banda, todas perguntaram sobre Estella, e o porque de eu estar tão estranho. Apenas disse que ela teve uma emergência de família e teve que ir, e que eu apenas estava preocupado com o que havia acontecido. Eu nunca menti muito bem, e não acho que tenha acreditado na minha estória, mas só por terem deixado aquele assunto de lado, agradeci demais:
-Pronto pra se apresentar Luan? -Bel havia acabado de sair do palco e agora caminhava sorridente em minha direção
-Tô mais pra ansioso! Primeira vez que vou me apresentar aqui assim -Forcei um sorriso
-Vou subir rapidinho pra me arrumar e vou descer pra ver sua apresentação
-Nossa cara, vai ser uma honra pra mim -Ele ia saindo, mas se deteve
-Aonde está aquela sua amiga? Ela não vai ver sua apresentação? -De novo não... Em uma fração de segundos meu sorriso se desfez
-Não, ela.. ela teve que ir embora
-Nossa Luan, que chato cara -Ele colocou sua mão sobre meu ombro- Olha, vou subir e depois a gente se fala -Ele saiu
-É, chato -Sussurrei baixinho. Vendo Anderson se aproximar. Certamente para me avisar que estava na hora de subir no palco.

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Depois que finalmente cheguei ao aeroporto, agradeci ao taxista e corri até a bilheteria para comprar a passagem:
-Uma para Londrina-PR, por favor -Falei para a moça
-Desculpe, temos um avião escalado para Londrina, mas é só amanhã
-Tem algum voo hoje que vai para o Paraná -Ela conferiu no computador, e assim como o taxista, parecia fingir não notar meu nariz vermelho, nem minha expressão cansada
-Temos um voo para Curitiba daqui uma hora e meia
-Pode ser... Eu só quero chegar em casa.

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Subir ao palco depois de tudo o que aconteceu entre mim e Estella foi difícil, mas havia milhares de pessoas ali, esperando para me ver, minhas fãs... Eu não podia desaponta-los. Nas primeiras músicas, foi inevitável não demonstrar o quanto eu estava para baixo, mas depois de ver minha lindas ali embaixo, gritando meu nome, mostrando o quanto estavam felizes apenas em me ver, senti minhas forças se renovarem, e dei o meu melhor.
Horas depois, sai do palco sobre uma explosão de aplausos. Sob escolta, consegui passar no meio das pessoas e voltar para o hotel:
-Ai meu Deus! Luan Santana! Pode me dar um autógrafo?
-Testa! O que cê tá fazendo aqui cara? -O abracei
-Pensei que trabalhava pra você, já esqueceu?
-Não cara, que isso. Já viu todo mundo?
-Já sim, menos a Estella -Só de ele falar meu nome, senti meu coração ser abalado mais uma vez, e instintivamente baixei a cabeça- As meninas disseram que ela teve que voltar para casa, por causa de um problema de família... Mas, nós dois sabemos que não foi bem isso que aconteceu né Luan? -O encarei, era incrível como meu amigo me conhecia- Quer falar sobre o que aconteceu?
-Muito, mas não aqui...

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Já se passavam das 04:00 am quando cheguei a Londrina. Depois de chegar a Curitiba, peguei um táxi até a rodoviária, e lá, consegui um ônibus para casa. 
Peguei o celular e coloquei em contatos. Pensei em ligar para meu pai, mas não queria acorda-lo, ele acordava todos os dias cedo para ir trabalhar, e justo hoje que era feriado ele merecia descansar, poderia ligar para Marcela, mas ela estava em uma viagem com os pais em Gramado-RS, visitando os parentes. Infelizmente, por necessidade, tive que ligar para Thiago, era isso, ou andar 15km de apé até em casa.

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Estava dormindo, quando de repente, ouvi meu celular tocar. Tateei a mão pelo criado mudo até conseguir alcança-lo, a essas horas, só poderia ser o pessoal do hospital:
-Alô? -Atendi sem olhar no visor
-O.. Oie Thiago, tudo bem? -Ao ouvir sua voz, me sentei rapidamente na cama
-Oi Estella! Estou bem e você?
-Não muito -Senti um tom de tristeza em sua voz
-O que aconteceu? Você está bem?
-Estou sim. Me desculpe de acordar, sei que está tarde, mas é que eu estou aqui na rodoviária, resolvi vim embora hoje mesmo do Rio pra passar o feriado com meu pai, será que você poderia vim me buscar?
-Vo.. Você está aqui em Londrina? Claro! Daqui a alguns minutos eu chego ai -Ela me falou o nome da rodoviária, e depois de pegar todas as coordenadas desligamos. Eu estava radiante. Ela poderia ter ligado para que qualquer outra pessoa fosse busca-la, mas ela ligou para mim, o que mostrava, que de certa maneira, ela gostava de me ter por perto. Depois de vestir uma calça jeans, colocar uma camiseta e pegar uma jaqueta no guarda-roupas, peguei as chaves da caminhonete, e sai para busca-la.

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Estava sentada em um dos bancos da rodoviária, ainda esperando por Thiago. Já se passava das 04:30 am, e a rodoviária já estava quase vazia. Eu ainda estava usando meu vestido branco, na pressa, nem deu tempo de tira-lo, e agora, o frio me consumia. Estava distraída, mexendo no celular, quando senti alguém tocar meu ombro:
-Tudo bem moça? -Era o zelador da rodoviária
-Tudo
-Precisa de algo?
-Não, não, estou esperando um amigo
-Há, tudo bem 
-Ei cara, o que você pensa que está fazendo? -Pela voz, deduzi que era Thiago. Quando me virei para ver o que estava acontecendo, vi Thiago empurrando o pobre homem
-Calma Thiago, está tudo bem! -Me levantei me aproximando dele, mas ele parecia não me ouvir, agora segurando o homem pelo colarinho da camisa
-Você acha que pode se aproveitar dela assim, só por que ela está sozinha? -Thiago falava nervoso
-Thiago, está tudo bem! Ele não fez nada, só queria saber se estava tudo bem comigo! -Segurei em seu braço, e ao me ver, ele pareceu se acalmar mais
-Ele estava com as mãos em você Estella -Thiago me olhava sério
-Eu te juro, ele não fez nada, agora solte ele, por favor -Thiago olhou para o homem, que estava super apavorado, depois de alguns segundos, finalmente o soltou- O senhor está bem? -Me aproximei dele
-Estou sim -Parecia tentar recuperar o fôlego
-Thiago, você não vai dizer nada? -O olhei
-Me desculpe, eu perdi a cabeça por um momento 
-Tudo bem meu rapaz -O senhor colocou as mãos na cintura tomando fôlego e saindo dali
-Thiago, o que foi isso? -O encarei indignada
-Eu pensei que fosse algum pervertido -Enquanto ele falava, lhe dei as costas- Além disso, eu já pedi desculpas
-O que você acha? Que eu sou uma menininha besta que não sabe gritar por ajuda? Não precisava ter feito essa cena!
-Você sabe que eu me preocupo com você! Por favor, me perdoe Estella -Segurou em minha mão, atraindo meu olhar para si
-Está perdoado -Me dei por vencido
-Senti saudades -Ele me abraçou com força. Parando para me olhar logo em seguida- Você está gelada, melhor colocar isso -Falou retirando sua jaqueta 
-De verdade Thiago, não precisa 
-Eu faço questão -Ele a colocou sobre meu ombro
-E você?
-Vou sobreviver -Brincou. Depois disso, fomos caminhando calmamente até seu carro. Como de costume, ele abriu a porta para que eu pudesse entrar primeiro e depois entrou, ocupando o lugar do motorista:
-Não sabia que voltava hoje
-Nem eu -Baixei o olhar
-Me diga, o que aconteceu?
-Não aconteceu nada Thiago, eu só.. só estava com saudades de casa
-Também estávamos com saudades de você -Ele sorriu para mim, e eu apenas encarei as mãos tímida, torcendo para que ele não prolongasse aquele assunto. Fomos o caminho todo conversando, e diferente do que esperava, ele não tocou nenhuma vez na proposta que havia me feito, nem sei se teria cabeça para responder a algo assim hoje, e ele parecia estar notando isso:
-Bem, acho que chegamos -Ele disse parando a caminhonete em frente a minha casa
-Você não quer entrar? Posso preparar um cafezinho rápido pra nós dois
-Não que incomodar
-Não será incomodo nenhum. Por favor, é o mínimo que posso fazer depois de ter te acordado de madrugada
-Estella, você sabe que eu nunca negaria um pedido seu -Mais uma vez, suas palavras me deixaram sem graça
-Eu sei -Coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha- E então, aceita?
-Já que você insiste -Riu. Descemos do carro, e com muito cuidado, abri a porta da casa com a minha chave extra, para não acordar meu pai. Liguei a luz da sala e joguei minha bolsa sobre o sofá:
-Fique á vontade, eu já volto -Disse
-Tudo bem, vai lá.

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Estella foi em direção a cozinha, e enquanto isso, me aproximei de uma estante cheia de fotos dela, do pai, da família... mas teve uma que me chamou mais a atenção. Uma não, várias fotos dela com um rapaz. Se abraçando, rindo e até mesmo se beijando. Aquilo me causou um leve desconforto. Observando mais um pouco, vi fotos dos dois juntos em uma festa de peão, na seguinte, ele estava montando em um touro. Vitor Gouveia. Visualizei seu nome no quadro. Então era assim que ele se chamava. Mas, qual seria seu envolvimento com Estella? Eu iria descobrir:
-O café! -Estella veio da cozinha com uma bandeja em mãos
-Hum, parece ótimo! -Me sentei com ela no sofá. Vitor Gouveia... [...]



Gatitas, não me matem, por favor! Olha, era pra mim ter postado na quarta-feira passada, mas o colégio não tá dando forga =/
E ai, curtiram o capítulo?????? -Espero que sim! kkk- 
Olha, nem deu tempo de corrigir, portanto, mas uma vez perdão pelos erros de escrita, ok?
Comentem que logo, logo eu tô de volta! Juro! ;) bjsssssss, Nati.