segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Capítulo 42

Antes de começarem a ler, gostaria de dizer que a nova fase da fic começa a partir desse capítulo. Confesso que a primeira fase foi um pouco cansativa -até mesmo para mim- mas prometo recompensá-los a partir daqui, ok?

E gostaria de aproveitar o espaço para divulgar essa fic maravilhosa ► "Se você não fosse minha alegria desistiria de você..." ◄ é linda! eu tô lendo e tô amando! *-* corre lá que ainda da tempo de acompanhar!

Espero que gostem da nova fase, boa leitura! ;)

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Narrado pela Estella

Depois da cerimônia, seguimos para um clube, aonde uma grande festa nos aguardava.
A festa estava bem animada, apenas com nossos parentes e amigos. Thiago agia como um super protetor, ele não largava minha mão por um segundo, e fazia questão de que todos me conhecessem.
A festa durou até o amanhecer, e assim que saímos de lá, já seguimos direto para o aeroporto, aonde um jatinho, alugado por Thiago, já nos esperava para nos levar para o local aonde passaríamos a nossa Lua de Mel.
Dormi a viagem toda, e só depois que chegamos a Búzios, foi que Thiago me acordou.
Até então, eu não fazia ideia de para onde iríamos, e para mim foi uma grande surpresa ele ter escolhido o Rio de Janeiro.
O lugar era lindo, o clima era maravilhoso. E apesar de não termos dormido nada desde o casamento, reunimos forças para andar pelas praias e curtir o primeiro dos nossos dez dias ali.
Eu nunca havia dormido com Thiago, e por alguma razão, pedi a ele que respeitasse o meu momento, e que ele só acontecesse depois do nossos casamento. Tudo bem que eu não era mais nenhuma mocinha inocente, mas eu tinha medo de me entregar e perde-lo também.
Naquela noite, fizemos amor pela primeira vez. Thiago foi um amor comigo, ele estava sendo tão carinhoso e romântico, era como se ele pensasse que fosse a minha primeira vez.
Depois de tudo, nos abraçamos um ao outro, até que ele finalmente pegou no sono. Eu por outro lado não conseguia pregar os olhos, alguma coisa estava me incomodando, e eu não fazia ideia do que poderia ser.
Peguei minha camisola do chão, a vesti e caminhei até a sacada do nosso quarto. A noite estava fria, e olhando para o céu, me dei conta de que o que realmente me incomodava, era o fato de que pensava ter visto o Luan em meu casamento. Não poderia ser ele, não tinha como ser ele! O que eu estava fazendo? Eu agora estava casada com Thiago, ele era meu marido e eu o amava. Mas por que lembranças do Luan insistiam em permanecer vivas em minha memória? Por que eu não conseguia esquecê-lo?
Rapidamente fui tirada de meus devaneios, por uma mão tocando a minha cintura:
-Por quê saiu da cama? -Thiago plantou um beijo no meu pescoço
-Eu só tive vontade de vir aqui para fora, queria olhar as estrelas... -Voltei meu olhar para ele
-Acho que ainda vai ter muito tempo para olhar as estrelas, não acha? -Ele me olhava divertido, com seus olhos azuis brilhantes e seus cabelos castanhos desgrenhados -Como os de alguém que havia acabado de acordar.
-Tem razão.
-Eu te amo Estella, sempre te amei -Ele alisou meu rosto com seu polegar
-Eu também te amo Thiago -Apoiei minhas mãos em seu peito
-Eu amo mais, não faz ideia do quanto estou feliz por você finalmente ser minha, apenas minha e de mais ninguém -Ele me puxou para mais perto dele, sentindo o cheiro dos meus cabelos- Minha...
-Assim você parece um maníaco Thiago -Falei rindo, porém, ele não pareceu ter gostado muito
-Maníaco? É isso que você acha que eu sou? -Ele falou sério... Sério até demais.
-Me desculpe, eu só estava brincando.
-Não gosto desse tipo de brincadeira -Ele me repreendeu- Que tal voltarmos para dentro? Está frio aqui fora, e tudo o que eu menos quero é que a minha mulher fique doente na nossa Lua de Mel -Ele deu um beijo casto em meus lábios
-Sério, me desculpe, não quis te ofender -Disse extremamente sem graça
-Você sabe que eu gosto de cuidar do que é meu, e desde que você aceitou isso -Ele segurou minha mão, passando seus dedos sobre minha aliança- Você se tornou minha, assim como eu me tornei seu...
-Certo
-O que foi? Você não parece muito contente -Ele segurou meu rosto entre suas mãos
-Não foi nada, acho que apenas estou cansada, sabe, da viagem, e além disso, ainda não consegui dormir nada
-Deveria ter deixado você descansar, mas sabe, não via a hora de te ter pra mim -Ele me fitava com seus lindos olhos
-Você foi um amor, obrigada -Me inclinei lhe dando um rápido beijo
-Eu sei -Ele rio- Vamos entrar? Ainda temos nove dias pela frente, e eu quero você disposta pra amanhã
-Tudo bem, vamos -Thiago pegou em minha mão, e me conduziu de volta ao nosso quarto, onde aproveitamos a nossa estadia, até o nosso último dia de Lua de Mel.

Logo em seguida nos mudados para São Paulo, aonde conclui minha faculdade de medicina, me especializando logo depois em Pediatria . Com a ajuda de Thiago, consegui abrir meu próprio consultório, a apenas alguns quarteirões do nosso apartamento.
Apesar de ele dizer que deveríamos ajuntar dinheiro para comprar uma casa nova, em uma área mais nobre de Sampa, eu fazia questão de atender meus pacientes quase de graça, as vezes, nem cobrava pela consulta, e logo no primeiro ano, associei meu consultório a um orfanato da região, aonde eu atendia todas as crianças, oferecendo o melhor que podia a elas e também a mim.
Lembro que depois de pouco mais de um ano casada com Thiago, eu disse a ele que queria ter filhos. A princípio, ele quase se engasgou com a comida quando eu fiz o pedido, disse que pensou que seríamos apenas nós dois durante algum tempo, mas logo em seguida cedeu, dizendo que seria bom ter alguém por ali pra bagunçar a casa.
Tentamos naquela noite mesmo, tentamos mais depois e depois, até que em um certo dia, enquanto o ajudava a organizar algumas papeladas do hospital, eu lhe dei a grande notícia: Eu finalmente havia engravidado.


Lembro que na hora ele surtou de alegria, telefonou para sua família, para dar a grande notícia, enquanto eu conversava com meu pai e ouvia os gritos de alegria de Marcela logo ao fundo.
Tudo parecia perfeito com a ideia de estar esperando um filho meu e do Thiago. Havíamos comprado uma casa, e o quarto do bebê já estava todo mobiliado, quando aos quatro meses de gravidez eu o perdi.
Os médicos disseram que o aborto havia sido espontâneo, e era normal, já que era a minha primeira gravidez. Todos ficaram abalados, meu pai, os pais dele, eu, mas Thiago ficou mais do que todos nós juntos. No começo, ele se afastou um pouco de mim, era como se me culpasse pelo que havia acontecido. Estava mais frio, e toda vez que alguém tocava no assunto ele tentava fugir.
Três meses depois, sobre recomendação do meu médico, criei coragens e sugeri a Thiago que tentássemos de novo. Era evidente que ambos estávamos com medo de tentar, mas aquilo serviu pra nos unir de novo. E tentamos, tentamos durante várias vezes, mas desta vez estava mais difícil, e dois meses depois, eu ainda não havia engravidado.
Decidimos procurar nosso médico, e depois de vários exames, tanto em mim como em Thiago, eles me disseram uma coisa que nenhuma mulher jamais gostaria de ouvir: Eu não podia ter filhos. Aquilo foi a gota d'água, Thiago se retirou aparentemente nervoso para um lado, enquanto eu me desmanchava em lágrimas.
A noite, quando chegamos em casa, Thiago me tratou como um lixo, brigamos feio -Nossa primeira briga séria- discutimos, e ele teve a ousadia de jogar na minha cara que aquilo tudo era culpa minha, apenas minha e de mais ninguém. Batendo a porta, ele saiu de casa, me deixando sozinha, desesperada, quase me sufocando com a minha própria dor. As horas foram passando, e nada de ele voltar para casa, tentei ligar durante várias vezes no seu celular, mas ele não me atendia. Meu maior medo, era o fato de considerar que alguma coisa terrível pudesse ter acontecido a ele. Não consegui pregar os olhos durante toda a noite. E somente quando o dia estava amanhecendo, que meus olhos estavam todo inchados e não me restava mais nenhuma lágrima para derramar, ele chegou. Estava bêbado, suas roupas estavam amaçadas, cabelos desgrenhados e no colarinho de sua camisa, a marca de um batom. Para mim, aquilo foi o fim, comecei a gritar com ele e a questionar várias coisas, quando em um rápido movimento, ele me empurrou, me fazendo cair no chão, mas antes de cair, bater a cabeça na mesinha de centro da sala e cortar a testa. Ele ficou desesperado, se agachou ao meu lado e me deitou em seu colo, onde começou a enxugar meu ferimento com sua camisa. Ele me pegou no colo, enquanto tudo o que eu sabia fazer era chorar, e me levou para a cozinha, aonde tomou todos os cuidados necessários comigo. Por sorte o corte não havia sido profundo e um band-aid serviu como curativo:
-Me perdoe, eu não quis te machucar, eu nunca faria isso -Thiago se ajoelhou no chão e começou a chorar em meu colo- Eu sei que eu fui um idiota com você, mas por favor, me perdoe -O cheiro de álcool dominava o seu hálito. Achei melhor não dizer nada, era evidente que ele ainda estava bêbado, e tudo o que eu menos queria agora era arrumar mais confusão. Esperaria até ele ficar sóbrio e depois conversaríamos.
-Está tudo bem -Disse receosa, acariciando seus cabelos
-Vo... você está com medo de mim? -Levantou sua cabeça, seus olhos azuis me encarando em pânico.
-Não Thiago, eu não estou com medo de você, está tudo bem, você não fez por querer
-Não quero que tenha medo de mim, por favor, você não... -Ele se levantou desorientado.
-Por favor, se acalme, está tudo bem, olha pra mim, já estou melhor -Ele veio em minha direção e me abraçou com força, depositando um beijo em meu curativo, e logo em seguida escorregando suas mãos para minha barriga:
-Eu só queria um filho, e você não pode me dar -Era incrível como o álcool dava as pessoas coragem para dizerem o que queriam dizer
-Eu sei
-Estou triste por isso, muito triste -Ele me olhava, seus olhos azuis distantes
-Eu sinto muito meu amor -O apertei a mim
-E com muita raiva também.
-Eu sei -Sussurrei sentindo raiva de mim também.
No dia seguinte conversamos, e ele se desculpou mil vezes pelo que havia me feito, porém, não havíamos mais tocado no assunto.
Uma semana depois, peguei toda a mobília do bebê e doei para o orfanato. Havia agora um quarto vazio em nossa casa. Um vazio que não dava pra suportar e após um tempo, voltamos para o nosso apartamento.
Nosso casamento não era mais o mesmo, Thiago bebia frequentemente, passava o dia inteiro trabalhando no hospital, sem contar que sempre chegava tarde em casa, quando tentava lhe telefonar, seu telefone só dava ocupado ou sem sinal, e eu comecei a suspeitar que ele estivesse me traindo. Talvez no fundo eu já soubesse.
Apesar dos tombos que a vida havia me dado, pouco mais de dois meses depois, uma das responsáveis pelo orfanato, apareceu em meu consultório com um lindo bebê recém-nascido. A mãe havia falecido durante o parto, e ela o havia levado ali para uma bateria de exames. Fiz tudo, e no fim conclui que o bebê era extremamente saudável. Ela disse que o encaminharia para a adoção, e na hora eu disse que estava interessada. Aquele bebê poderia ser a minha salvação, poderia ser a salvação do meu casamento com Thiago.
Naquele dia, quando cheguei em casa, preparei um jantar com tudo o que Thiago gostava, e como já era de se esperar, ele chegou tarde, e ficou espantado por me ver sentada a mesa ainda o esperando:
-O que faz acordada? -Perguntou seco
-Eu estava te esperando para jantar -Sussurrei o mais agradável que pude
-Não estou com fome -Ele caminhou na direção do quarto e eu fui atrás dele
-Na verdade, eu queria falar com você sobre um assunto
-Fale -Ele dizia com desdém, enquanto tirava sua gravata em frente ao espelho
-Eu gostaria muito de adotar uma criança -Disse de uma vez, e ele apenas se virou para me encarar
-Você está louca?
-É um bebê Thiago, a mãe faleceu e ele está sendo encaminhado para a adoção, eu entrei na fila e temos uma boa chance de ganhá-lo
-Estella, nós já falamos sobre isso, e eu disse que não quero criar o filho de ninguém, se não o meu, e você sabe que não podemos ter filhos!
-É um bebê! Nós podemos criá-lo do nosso jeito! Nós finalmente podemos ter o nosso filho Thiago! Será que não vê? -Segurava no colarinho da sua camisa
-Filho? -Ele rio- Quer saber, faz a merda que você quiser -Afastou minhas mãos dele- Só quero que ponha na sua cabeça que nós não podemos ter filhos, nós nunca vamos ter! E não vai ser uma criança órfã que vai preencher o lugar do nosso filho! Vê se entende isso! -Passou as mãos pelos cabelos- Já deveria ter se conformado, já que essa porra toda é culpa sua! -Ele gritou e saiu nervoso do quarto. Me sentei na cama e comecei a chorar. Não havia adotado aquele bebê, e anos depois, eu ainda me sentia péssima por não ter feito o que o meu coração me pediu, não só nesse, mais em todos os sentidos.

3 Anos Depois...

Com o passar dos anos, eu acabei percebendo que não tinha que fazer apenas o que Thiago quisesse que eu fizesse. Minha clínica havia crescido ainda mais, e com isso, eu consegui oferecer ainda mais suporte ao orfanato. Deus deveria gostar muito de mim, porque em pouco tempo, um garotinho desnutrido apareceu no orfanato, ele não conversava com ninguém. A primeira pessoa com a qual ele teve contato fui eu, e não demorou muito para que eu me apegasse aquele garotinho de olhos e cabelinhos castanhos.
Todos os dias, o visitava no orfanato e sempre que podia, o levava para passear comigo. Ele tinha três aninhos, e mesmo Thiago não sendo a favor, e já termos brigado várias vezes quando o assunto era o menino, eu estava pensando seriamente em adotar Breno.
Era sábado, e geralmente nos sábados, eu o buscava no orfanato e o levava ao shopping para fazer compras e se divertir, eu o adorava mimar.
Breno era filho de uma dona de casa doente, que depois de falecer, deixou o menino sem ninguém por ele no mundo. Ninguém além de mim.
Primeiro o levei ao parquinho, onde ele se divertiu em vários brinquedos, eu adorava ficar o observando, ele era tão lindo, tão pequeno, tão frágil. Quando estava com aquela criança eu me sentia mais completa, era como se eu descobrisse como era ser livre, era como se... se eu fosse mãe:
-Aonde vamos agora tia Sté? -Ele veio correndo na minha direção quando se cansou de brincar
-Que tal se fôssemos a loja? Comprar um tênis novo?
-Vai demorar?
-Não muito... e prometo que depois te compro um sorvete -Disse me agachando para ficar da altura dele
-Eu gosto de sorvete -Ele riu sapeca
-Eu sei que gosta, agora vamos! -Peguei em sua mãozinha e começamos a andar pelo shopping, até que encontramos uma loja de sapatos. Enquanto uma moça nos atendia, e ajudava Breno a experimentar alguns tênis dos personagens de desenho favoritos dele, ouvi a maior gritaria do lado de fora da loja
-O que está acontecendo tia Sté? -Breno me encarou confuso
-Eu não sei querido -Disse passando as mãos por seus cabelos lisinhos
-Será que a senhora pode me dar só um momentinho? -A moça me olhou- Um cantor acabou de entrar aqui na loja e eu tenho que recebê-lo
-Claro, tudo bem -A moça saiu em disparada na direção da entrada, e a cada segundo a gritaria só aumentava
-Gostou desse? -Me ajoelhei na frente do Breno e perguntei se ele havia gostado do tênis
-Eu queria experimentar o do Ben-10 -Disse apontando para o tênis que estava em uma caixa no chão
-Tudo bem, eu vou calça-lo para você -Enquanto calçava os tênis em Breno, nem me dei conta do que estava acontecendo lá fora, era como se tivesse saído do ar por alguns minutos e voltado apenas quando ouvi Breno conversando
-Você é cantor? -Ouvi ele perguntar derrepente
-Sou sim rapaizinho, e você é quem? -Aquela voz. Depois de tanto tempo eu pensei que não conseguiria mais reconhecê-la. Levantei minha cabeça lentamente e olhei para Breno, que tinha o rostinho inclinado para o lado, ele estava olhando para a pessoa- A senhora é mãe dele? -O homem tornou a perguntar, e eu vi que minha única saída era levantar e encara-lo.
Quando nossos olhares se encontraram, foi como se um raio tivesse nos atingido, nós não conseguíamos tirar os olhos um do outro. E apesar das minhas poucas mudanças físicas, eu sinceramente não esperava que ele fosse me reconhecer, mas por algum motivo, me reconheceu, como eu reconheci cada detalhe em seu rosto:
-Estella? É você mesma? -Meu nome em sua boca saiu quase como um murmúrio
-Oie Luan, sou eu... [...]


Oieeeeeeeee negas! *-* Tudo bem com vocês?
Seguinte, escrevi esse capítulo ontem de madrugada, mas só agora tive tempo pra postar, espero que tenham gostado :D
O que acharam dessa nova fase da fic? Já estava na hora de mudar né?! =/
Nessa fase, já se passaram três anos, o que indica que todos eles já não são mais adolescentes e sim adultos, é como se acontecesse nos dias de hoje.
Huum, o casamento da Sté com o Thiago parece que num vai muito bem né?! 
Tadinha, ela não pode ter filhos :( Mas é tão lindo ver a iniciativa dela em querer adotar uma criança...
E finalmente, depois de tanto tempo, ela e o Luan finalmente se reencontraram, qual será a reação dos dois? Será que ela vai querer falar com ele? Será que ele também mudou muito?
Comentem, critiquem, deem suas opiniões sinceras que logo, logo tem mais! ;) bjkas, Nati!

domingo, 21 de setembro de 2014

Capítulo 41

Thiago? O que Thiago teria ido fazer ali?
-Mande-o entrar -Arnaldo saiu da sala, e eu me encostei em minha mesa, olhando ansiosamente para a porta. Minutos depois, vi Thiago surgir por ela:
-Olá Luan -Ele acenou entrando e fechando a porta atrás de si
-O que você veio fazer aqui? -Cruzei os braços e permaneci o encarando
-Bem, acho melhor ser direto -Ele colocou as mãos nos bolsos do seu jeans- Fiquei sabendo que você esteve na casa da Estella ontem...
-E o que? Você não gostou? -Provoquei
-Não, eu não gostei. Mas se está pensando que ao fazer essas coisas você está me ameaçando, está muito enganado, afinal, não sei se ela te disse, mas nós dois vamos nos casar -Há não, aquilo de novo? Meu coração parecia ter sido atingido por uma flecha pela milésima vez- Pela sua reação, acho que ela já te disse, não é?
-Afinal, o que você veio fazer aqui? Veio jogar isso na minha cara?
-Talvez sim, talvez não, é difícil saber -Ele sorria sínico- Acho que eu só queria mostrar pra você que em toda essa história, eu fui o único que conseguiu sair vitorioso, e pra mostrar que não tenho mágoas, gostaria de te convidar pra ser padrinho do nosso casamento, ou se preferir, padrinho dos nossos filhos... -Eu estava a um passo de perder a cabeça, e agora ele havia conseguido me fazer chegar ao meu limite. Só de imaginar Estella se casando com aquele cara meu estômago já revirava, agora, filhos?
-Você não vale nada! -Forcei um sorriso olhando em sua direção
-Sério? Sabe, eu penso o mesmo de você -Estava por um triz. Me levantei lentamente e dei um passo na sua direção
-Eu não vou deixar que ela se case com um cafajeste como você!
-É tarde demais para fazer qualquer coisa Luan, ela já tomou sua decisão
-Ela ainda vai perceber quem é você, e depois disso...
-O que? Você vai tê-la de volta? Pelo que sei, ela não quer te ver nem pintado de ouro, de nós dois, você é o maior cafajeste aqui! -Agora já era. Avancei em Thiago o prendendo na parede e o segurando pelo colarinho da camisa
-O que você sabe a respeito disso?
-Tirando o fato de você tê-la traído, eu deveria saber de mais alguma coisa?
-Você esteve envolvido em tudo isso, não esteve?
-Você não tem nenhuma prova contra mim -Thiago me empurrou, fazendo com que eu me afastasse dele- Além disso, já é tarde demais, Estella e eu vamos nos casar, queira você ou não
-Se você magoá-la, eu...
-O único que magoou ela aqui foi você, portanto, deixe-nos em paz... -Ele me encarou e depois seguiu até a porta para sair da minha sala- Há, vai ser no mês que vem e ela faz questão de que você vá... -Ele riu e saiu. Me apoiei na parede e a esmurrei com força. Canalha! Se ele estava achando que eu iria desistir tão fácil assim dela, ele estava muito enganado.

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1 MÊS DEPOIS...

Era hoje. Finalmente o grande dia. Todos os preparativos para o meu casamento com Thiago já estavam prontos.
 A cerimônia ocorreria em menos de três horas, e enquanto vestia meu vestido, Marcela me esperava no quarto:
-Sté! Você está linda amiga! -Ela segurou minha mão, me fazendo dar uma voltinha. Meu vestido era todo de renda, de mangas longas, marcando bem minha cintura e um pouco rodado- Só está faltando uma coisa -Marcela caminhou até a cama e pegou o véu, o prendendo cuidadosamente em meus cabelos que estavam soltos, com vários cachos nas pontas. Quando o colocou e o soltou sobre meu rosto o cobrindo, ela se afastou para me olhar- Se Thiago não desmaiar quando te ver, será um milagre -Ela ria
-Você acha? -Falei um pouco desanimada
-Amiga, o que está acontecendo? Hoje é seu dia, seu casamento, porque será que eu não estou te achando feliz?
-Eu estou feliz Ma! É sério! -Comecei a andar pelo quarto- Eu só não tenho mais certeza se estou fazendo a coisa certa
-Você não quer mais se casar com o Thiago? É isso? -Marcela me encarava perplexa
-Eu não disse isso, eu só, eu só... -Por alguma razão, eu não conseguia dizer
-De saber como teriam sido as coisas com Luan? -Ela completou por mim- Você ainda o ama, não ama?
-Eu nunca vou deixar de ama-lo Ma.

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Estella iria se casar com Thiago em apenas algumas horas. Eu estava em Curitiba, havia acabado de me apresentar e estava indo em direção a Londrina, eu não poderia deixar que aquele casamento acontecesse:
-Falta muito Testa? -Perguntei a Rober que estava no volante. Havíamos saído escondidos, alegando que iriamos a uma festa, sem contar nada a ninguém
-Talvez ainda falte um pouco mais de uma hora... -Respondeu
-Cara, eu não posso chegar atrasado!
-Luan, você tem mesmo certeza de que quer fazer isso?
-Tenho. Como nunca tive tanta certeza na minha vida.
-Seus pais sabem que você está prestes a impedir um casamento? -Ele me olhou e apenas dei de ombros- Luan, num é por nada não, mas você é louco cara! -Louco por ela! pensei enquanto olhava pela janela do carro. Faltava pouco.

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Assim que terminei de me arrumar, segui juntamente com meu pai e Marcela para a igreja em que se realizaria meu casamento. Uma limousine me esperava do lado de fora de minha casa, e já dentro dela, meu pai não parava de falar no quanto eu estava parecida com minha mãe.
Já do lado de fora da igreja, enquanto segurava no braço de meu pai, eu não parava de olhar para os lados, era como se eu estivesse esperando alguém surgir. 
Quando meu nome foi anunciado e eu finalmente entrei ao som da marcha nupcial, todos os olhares se voltaram para mim. A maioria dos meus parentes e amigos estavam ali, sem contar a família e os amigos de meu noivo. Criei coragem e olhei para o altar, e lá estava Thiago, todo sério me encarando, ele parecia tão... ansioso? Nunca o havia visto daquela maneira antes.
Quando ficamos frente a frente, meu pai entregou minha mão a ele, deu um rápido sorriso e foi para seu lugar:
-Agora falta pouco -Thiago sorriu e nos viramos na direção do Padre, que estava pronto para começar a cerimônia.

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-Droga, a cerimônia já começou! -Falei, enquanto Rober estacionava o carro em frente a igreja. Todos já estava lá dentro.
-Qual é o plano?
-Que plano?
-Há não Luan, não me diga que você não tem um plano!
-Apenas me espere aqui, está bem? -Saltei do carro rapidamente, e corri em direção a igreja, sem dar mais nenhum tipo de explicação a ele.

Eu não poderia aparecer pela porta da frente, não agora. Mas por sorte, encontrei uma porta do lado de fora da igreja, que quando aberta, dava para um corredor, que ficava bem ao lado do altar, um lugar onde as pessoas que assistiam a cerimônia não poderiam me ver.
Só parei quando vi a imagem nítida de Estella a poucos metros de mim. Ela estava tão linda. Tão bela. E só então percebi o quanto a amava e sentia sua falta.
O Padre pediu que os dois trocassem as alianças. E a essa altura, tinha certeza que todos os olhares estavam voltados para ela e Thiago:
-Estella, quero que aceite essa aliança como prova do meu amor, para ama-la e respeita-la, na saúde e na doença, até que a morte nos separe. -Thiago falou enquanto colocava a aliança em seu dedo.


Estella estendeu a mão, e pegou outra aliança que estava dentro de uma caixinha que uma criança ao seu lado segurava, fazendo o mesmo com ela logo em seguida:
-Thiago, quero que aceite essa aliança como prova do meu amor, para ama-lo e respeita-lo, na saúde e na doença, até que a morte nos separe. Eu te amo. -Eu te amo? como assim? aquelas palavras pareciam ter soado com tanta verdade. Me encostei calmamente na parede, parecia que a qualquer momento eu fosse perder o equilíbrio.
Já não tinha mais certeza se eu teria coragem para fazer o que havia vindo fazer. Um turbilhão de coisas passavam por minha mente:
-Se alguém tiver alguma coisa contra a união desses dois jovens, que fale agora ou cale-se para sempre... -Era agora, minha deixa para entrar e acabar com tudo! Mas será que Estella iria querer que eu fizesse isso? Será que ela estava realmente bem com Thiago? Será que querer que ela voltasse para mim, seria pedir demais? Eu estava sendo egoísta? Eu já não podia responder.- Como ninguém tem nada a dizer, eu declaro vocês dois marido e mulher. Pode beijar a noiva -Os dois se entreolharam, e logo um beijo bem apaixonado surgiu. Não, não, eu realmente a havia perdido. Dava pra ver o quanto ela o amava. Lágrimas começavam a salpicar dos meus olhos, passei o braço sobre eles para secá-las, e sai dali antes que alguém me visse. Eu me sentia um idiota.

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Thiago me beijou de uma forma que nunca havia  me beijado antes, era como se ele quisesse mostrar a todos que estava ali o quanto me amava:
-Eu te amo tanto -Sussurrou calmamente, enquanto as pessoas comemoravam a nossa união com uma salva de palmas
-Eu também te amo -Disse, dando uma rápido olhada para o lado do altar, era como se eu tivesse visto uma pessoa desaparecer entre as sombras, parecia ser... Luan? Não, não podia ser ele. Não tinha como ser ele! Eu deveria estar vendo coisas.
-Esta tudo bem? -Thiago sussurrou alisando meu rosto, enquanto alguns parentes se aproximavam para nos parabenizar.
-Esta, esta sim... -Mas por algum motivo, não conseguia tirar meus olhos daquele corredor.

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Não falei com Rober. Apenas peguei um táxi e fui até a boate mais próxima que encontrei. Tudo o que eu queria hoje era encher a cara.
Foi fácil me infiltrar no meio das pessoas sem nenhum problema, era como se eu passasse despercebido aos olhos de todos.
Me sentei em um banco próximo ao bar e bebi, bebi, bebi, bebi muito! Tudo o que eu queria era poder esquecer a cena que havia visto a alguns minutos, mas a cada copo, ela parecia mais viva:
-Ei, vai com calma ai -Uma morena, muito bonita por sinal, se sentou ao meu lado- Problemas? -Ela fez sinal para o homem que estava atrás da bancada, trazer uma bebida para ela.
-Se ver a mulher que você ama se casando com outro homem for um problema, então sim, eu estou ferrado -Disse voltando minha atenção para ela, com um sorriso forçado no rosto
-Uau, nem posso imaginar como deve ser isso -Disse dando um gole na sua bebida
-Esse negócio de se apaixonar é uma droga! Você faz tudo pela pessoa, e no final...
-Você acaba em uma mesa de bar? -Ela completou por mim
-Sim
-Já tentou tentar não se apaixonar mais? Sabe, eu posso te ajudar com isso...
-Pode? -Peguei em sua mão a puxando para mais perto de mim
-Basta você dizer que quer
-Eu quero -A puxei para um beijo, e terminamos aquela noite juntos em um quarto de hotel. Havia me apaixonada por Estella, e por ela mesma havia tido meu coração partido. Com os romances que duravam apenas uma noite, eu não corria mais esse risco. E daí que eu ferisse o coração de alguém? Feriram o meu e ninguém se importou, porque eu me importaria? Além disso, é uma dor que eu pretendo nunca mais sentir. [...]


Por favor, não me matem pela terrível demora pra postar! Infelizmente, durante esses dias, a escola tem me deixado louca! Só sendo fim de semana pra postar mesmo...
Tentei fazer o máximo que pude nesse capítulo, e como devem ter percebido, adiantei bastante as coisas, e de agora pra frente, a fic irá mudar de fase.
Minhas ideias se desvairam nessa primeira fase, e eu espero que de agora pra frente mude.
OMG! Esttela e Thiago realmente se casaram! O.O
E Luan??? Como vai ficar em toda esse história?
O quê será do nosso casal?????
Comentem, que voltarei a postar o mais breve possível! bjsssssss, Nati.

sábado, 6 de setembro de 2014

Capítulo 40

ALGUM TEMPO DEPOIS...

Estávamos no meio do ano, e muitas festas de peão estavam acontecendo, minha agenda havia ficado completamente lotada durante quase três meses, e eu mal havia conseguido ir para casa nesse período. Também não consegui mais falar com Estella, desde aquele dia que nos vimos na festa. Durante um bom tempo, eu tentei ligar para ela todos os dias, mas sempre acusava que aquele número era inexistente, provavelmente ela o havia trocado. Sempre que falava com meus pais e principalmente com Bruna, perguntava se por acaso eles não a haviam visto, mas para o aumento da minha dor, eles sempre diziam que não. A única coisa que eu sabia, era que ela estava bem e que ainda continuava em Londrina, Marcela mesmo havia me dito, mas quando tentava entrar em mais detalhes, ela dizia que o que estava acontecendo, era Estella quem deveria me contar. O que estava acontecendo? Como assim? Eu realmente não fazia ideia.
Finalmente ficaria de folga durante poucos dias, antes de voltar a trabalhar, e nesse tempo, querendo ela ou não, nós iriamos conversar. Eu já não me aguentava mais de tanta saudade. Seus abraços, seus beijos, as noites que passamos juntos... Tudo ainda era tão vivo em minha memória, que meu maior medo, era de ter perdido tudo aquilo para sempre.
Enquanto o jatinho aterrissava, olhei pela janela, tentando imaginar o que diria quando estivesse frente a frente com ela. Será que ela ainda acreditava em toda aquela besteira de traição? Será que ela também pensou em mim, como eu pensei nela durante esses meses? E acima de tudo, será que ela ainda me amava? Eu ainda a amava, e confiava nisso cegamente, mas e ela? talvez de todas as perguntas, essa fosse a que eu mais tinha receio em fazer:
-Não vai descer Luan? -Rober falou me tirando de meus devaneios
-Claro -Me levantei pegando minha mochila e me levantando da poltrona
-Estava pensando longe, não estava? -Ele me encarou atencioso
-Eu não sei o que fazer, quero dizer, quando me encontrar de novo com a Estella
-Tenho certeza que na hora certa, você vai saber o que fazer
-Sabe Rober, eu fico me perguntando se ela ainda...
-Não seja tolo Luan! É lógico que ela ainda te ama, vocês foram feitos um para o outro
-Será que posso te pedir uma coisa?
-O que quiser amigão
-Eu sei que você vai se encontrar com a Marcela hoje, e eu sei também que ela não quer me contar o que está acontecendo com a Estella, mas será que...
-Ei, pode ficar tranquilo, eu juro que pedirei para ela avisar Estella de que você está aqui, e de que precisa muito vê-la
-Faria isso?
-Acho que é isso que os amigos fazem, não é?
-Obrigado Testa, serei eternamente grato por isso
-Garanto que ficarei mais feliz do que você, eu não aguento mais te ver clamando por isso todos os dias -Ele brincou- E olha que três meses é muito tempo pra ouvir a mesma baboseira -Riu
-Não vejo a graça, não é você que está com o coração partido.

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Era fim de tarde, e agora ventos frios sopravam nas janelas, avisando que uma tempestade estava para chegar. Estava sozinha em casa. Meu pai havia ido para um acampamento com alguns amigos do trabalho, e Thiago ainda se encontrava no hospital. Há, Thiago. Em tão pouco tempo, ele se mostrou um namorado maravilhoso, que eu nunca imaginei que um dia ele pudesse ser. Ele era brincalhão, educado, inteligente e muito carinhoso. Ele era muito atencioso, estava sempre presente e disposto a fazer tudo por mim. Meu pai aceitou nosso relacionamento bem, apesar de achar que eu poderia ter esperado um pouco mais antes de buscar por outra pessoa. Thiago era um amor, e com o tempo, acho que fui aprendendo a ama-lo também. Eu gostava quando ele estava por perto, ou quando ele simplesmente me fazia rir, eu me sentia mais... completa, era como se o vazio de alguns meses atrás finalmente houvesse sido preenchido. 
Ouvi o som das primeiras gotas de chuva respingando nas telhas, o frio rapidamente se manifestou, e eu me encolhi mais no sofá, enquanto estudava para as provas que estavam por vim. Medicina era algo maravilhoso, mas exigia muito de si, mas graças a Deus, eu podia contar com Thiago para qualquer coisa que eu tivesse dúvidas. Apesar de ele sempre dizer que eu deveria parar de trabalhar, para que tivesse mas tempo para mim mesma, eu ainda mantinha meu emprego no estúdio e o trabalho voluntário no hospital, eram coisas que eu amava, então, como podia simplesmente abandona-las? 
A chuva começou a ficar mais forte, e enquanto eu lia a primeira página de várias do meu livro, meu celular começou a tocar sobre a mesinha de centro. Marquei aonde havia parado e estendendo o braço o peguei, era minha amiga, Marcela:
-Oie Ma! Tudo bem? -Falei enquanto fazia algumas anotações
-Bem, está ocupada?
-Um pouco, eu estava estudando. O que há com você? Você parece... estranha.
-Estella, ele voltou e quer te ver.

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Lembro que estava no banho quando meu celular tocou. Era Rober, dizendo que Marcela havia conversado com Estella, e que ela havia concordado em me receber em sua casa. Não estava acreditando que finalmente iria vê-la novamente. Me vesti rapidamente, e depois de pegar a chave do carro sobre  o criado mudo, sai tão rápido de casa, que até esqueci de avisar minha família para onde estava indo.
As ruas estavam escuras, e a água que caia freneticamente das nuvens, não estava facilitando em nada minha visão, talvez por isso, tenha levado o dobro do tempo para chegar a casa de Estella.
Quando estacionei, senti meu coração bater mais rápido, acho que podia ouvi-lo em meus ouvidos. Eu ansiei tanto para vê-la, e agora, parecia que uma força inexplicável, arrancava de mim toda a minha coragem. Respirei fundo, eu precisava fazer aquilo, não só por mim, mas por nós, pelo amor que construímos juntos. Abri a porta do carro, e caminhei lentamente até a porta da entrada, sem me importar com a chuva que batia forte em minhas costas, eu estava ensopado.
Cheguei a varanda, e depois de exitar por um momento, bati. Um momento depois, ali estava ela, diante de mim, me olhando com seus belos olhos cor de avelã e seus longos cabelos castanhos, ela estava tão linda, de jeans, envolvida em uma camiseta de lã, tão branca quanto a neve, se misturando a sua pele:
-Oie... -Disparei. Não podíamos ficar ali parados, apenas olhando um para a cara do outro
-Oi Luan.
-Como você está?
-Excelente, e você? -Uau, desde quando ela havia se tornado tão fria?
-Acho que não preciso dizer como estou -Baixei o olhar e depois voltei a encara-la- Eu senti saudades...
-Por que não entra? Está frio ai fora e você está todo molhado -Realmente estava frio, mas eu só percebi isso depois que ela falou
-Com licença -Entrei. Era como se tivéssemos nos tornado completos estranhos.
-Quer que eu faça um café? -Ela perguntou
-Não, não precisa...
-Espere aqui, eu volto em um minuto -Ela saiu apressada até a cozinha, era como se estivesse tentando manter uma distância segura de mim. Achei melhor respeitar isso. Minutos depois ela retornou com a garrafa e duas xícaras. Serviu as duas e me entregou uma
-Obrigado -Agradeci, me encostando na parede, enquanto observava a água que escorria das minhas roupas molharem o chão- E desculpe pela bagunça
-Não tem problema -Ela se sentou no sofá, dando um gole no café e depois voltando a me encarar- Por que veio até aqui?
-Eu precisava vê-la
-Por quê?
-Por que eu ainda te amo e também, porque eu não poderia deixar as coisas terminarem daquele jeito
-Acho que agora é tarde demais pra isso Luan, eu... -Fiz um rápido gesto com a mão, impedindo que ela continuasse
-Olha, antes de dizer qualquer coisa, quero que saiba que eu não deixei de pensar em você por um segundo sequer, você pode não acreditar, mas, eu não trai você Estella, eu te juro...
-Luan, eu estou namorando outra pessoa -Suas palavras me pregaram desprevenido e eu pensei que meu mundo fosse acabar
-Vo... Você o quê?
-Você me ouviu, e eu sinto muito por isso, mas já encontrei outra pessoa
-Mas, por que? Você não me ama mais? Não sente mais nada por mim?
-O que você esperava depois de eu ter recebido aquele vídeo? Que continuasse feito uma idiota esperando por você?
-Que vídeo?
-Você sabe muito bem qual vídeo Luan, não se faça de bobo!
-Não, eu não sei
-Muito bem, vou te mostrar -Ela se levantou nervosa, vindo em minha direção e me entregando seu celular. Dei play e imagens minhas e daquela loira miserável apareceram, causando uma ideia totalmente contrária do que havia acontecido- Espero que tenha se divertido -Estella me encarava- Ainda está com ela?
-O quê? Não! Nunca existiu um nós! E esse vídeo... Não foi assim que aconteceu! Nós estávamos brigando!
-Brigando? Uau, gosto não se discute mesmo.
-Estou tentando dizer que não levei ela pra cama, nunca! Será que não percebe? De alguma maneira, essa mulher armou para nós! Eu não sei porque, mas ela queria nos separar...
-Bem, se era isso que ela queria, ela conseguiu.
-Quem é ele? -Perguntei sentindo minhas esperanças se desvaindo
-Ele quem?
-Seu namorado, quem é? -Ela baixou a cabeça, parecia lhe faltar coragem- Quem é? -Exigi saber
-Thiago -Suas palavras sairam em um curto sussurro
-Espera ai, você e Thiago...
-Não venha me julgar! Depois que recebi a droga desse vídeo, eu fiquei sem chão, fiquei com raiva e até senti ódio de você, mas Thiago sempre esteve lá, do meu lado, me apoiando...
-Você não o ama -Balancei a cabeça, parando-a
-Claro que amo! Quem é você pra me dizer isso?
-Você não o ama, apenas o tem como um refúgio...
-Está se ouvindo? -Eu precisava fazer alguma coisa, ou a perderia para sempre. Enquanto ela gritava comigo, avancei rapidamente sobre ela, tomando seu rosto em minhas mãos e depois seus lábios nos meus. Ela exitou por um momento, tentando me empurrar, mas depois, ela acabou sedendo por alguns instantes. Os instantes mais preciosos da minha vida. Seus beijos eram tão doces e suaves, seus lábios tão macios, eu poderia passar horas beijando-a sem parar. Tudo o que havia em minha mente naquele momento pareceu desaparecer, e só então eu percebi a profundidade do desejo que sentia por ela, da minha saudade, da minha ânsia em ama-la. Mas quando tudo pareceu que ia ficar bem, ela afastou seus lábios dos meus, debatendo suas mãos com força em meu peito. A soltei, e quando finalmente a encarei, ela me encarava perplexa:
-Por que fez isso?
-Eu precisava saber se ainda tinha algum sentimento por mim
-Você é um idiota Luan! Eu amo Thiago, eu estou com ele agora, pelo amor de Deus, tente entender isso!
-Que garantia pode me dar em relação a isso?
-Nós vamos nos casar, e tenho certeza de que quando duas pessoas se casam, é porque elas se amam!
-O quê? Você não pode se casar com ele Estella!
-E por que não? Por que você ainda não se conformou que tudo acabou?
-Por que você ainda me ama, eu senti em nosso beijo...
-Não significou nada, está bem?
-E o que vivemos? Não significou nada também?
-Será que pode parar com isso! Por que diabos você foi aparecer agora? Estava tudo indo tão bem! Thiago é um homem incrível, e talvez se você tivesse aparecido logo no começo, eu teria desistido de tudo e voltado para você, mas com o tempo, eu fui aprendendo a ama-lo de tal maneira, que não consigo mais imaginar minha vida sem ele, eu o amo, está bem?
-Me desculpe não ter voltado a te procurar, eu estava trabalhando...
-Eu sei, você sempre está -E por um momento, eu senti como se isso tivesse uma parcela de culpa na nossa separação também- Mas eu não te culpo, eu aceitei tudo isso quando começamos a namorar, é o que você sabe fazer de melhor, é a sua vida. Só quero que entenda que eu e Thiago estamos juntos agora, nos amamos, vamos nos casar e vamos começar uma vida juntos, e tudo o que eu menos quero, é que você interrompa isso.
-Será que pode me responder uma coisa? -A encarei apreensivo, enquanto ela acenava com a cabeça- Você ainda sente alguma coisa por mim? Por favor, me responda, eu preciso saber.
-Acho que apenas saudades dos momentos bons que tivemos
-Nada mais?
-Se quer saber se eu ainda te amo -Ela respirou fundo- Bem, eu ainda te amo sim, mas não é mais como se fosse necessidade, acho que a palavra certa seria compaixão, por mais que você tenha me magoado, eu quero que seja muito feliz, você é uma boa pessoa.
-Então é isso? É assim que tudo vai terminar? -Perguntei, os olhos cheios de lágrimas.
-Sim, é assim que vai acabar.
-Por favor, me de uma chance, nós...
-Luan, eu já me decidi, está bem? Só me prometa uma coisa? Que ainda vai ser muito feliz?
-Como eu posso ser feliz sem você? -Senti algumas lágrimas rolarem por meu rosto
-Por favor, apenas vá embora... -Caminhou até a porta. a abrindo para mim. Era incrível como ela havia esfriado comigo. Respirei fundo, indo em sua direção e parando em sua frente
-Não tem nada que eu possa fazer para muda-la de ideia? -A olhei com o último pingo de esperança que me restava
-Não.
-Sabe o quanto tudo foi real para mim, não sabe?
-Eu não sei mais o que pensar.
-Será que poderia me dar um abraço?
-Luan... -Antes que ela pudesse contestar, a puxei para um forte abraço, sentindo o cheiro embriagador de seus cabelos e da sua pele sensível
-Por que tudo isso teve que acontecer conosco? -murmurava em seu ouvido- Eu tinha tantos planos para nós...
-Sinto muito -Ela se apoio em meus ombros para me olhar, e logo depois se afastou- Apenas vá embora Luan -Passei pela porta, lhe dando as costas e parando por um momento e a olhando por cima do ombro- Eu te amo Estella Dotoli, sempre vou amar -Vi que ela ainda me observava, quando cheguei a meu carro e me debrucei sobre o capô derrotado, deixando as lágrimas rolarem por meu rosto, ao mesmo tempo que a água da chuva caia sobre mim, era como se houvessem se tornado apenas uma só. Mas era isso o que era, meu coração estava passando por uma tempestade sem fim. Havia acabado.

Havia passado horas, andando sem destino por Londrina, até voltar para casa. Meus pais e minha irmã me aguardavam na sala quando cheguei. Eu estava abalado demais para dar qualquer tipo de explicação, então por mais que estivessem preocupados, teriam que esperar até amanhã, apenas fui direto para meu quarto. Liguei o chuveiro e entrei com roupa e tudo nele. A água quente corria calmamente por mim, me causando uma forte agonia. Esmurrei com força a parede, sabendo que agora não cabia mais a mim tenta-la faze-la feliz.

No dia seguinte levantei cedo. Sabia que eu estava em casa para descansar, mas tudo o que eu não queria agora, era ter que tolerar as perguntas incessantes da minha família, e muito menos ficar trancado dentro do meu quanto chorando pelo leite derramado. Eu precisava me distrair. Por isso, logo depois de tomar meu café da manhã, segui para a central. Como cheguei cedo, apenas os seguranças se encontravam lá, e ficaram surpresos ao me verem. Os cumprimentei e fui diretamente para a minha sala. Me sentei lá, e permaneci horas lendo várias cartas de fãs que haviam sido enviadas até lá para mim. Tudo o que elas escreviam era bastante acolhedor e exalavam força, era quase como se elas pudessem sentir o que estava acontecendo comigo. Uma batida na porta tomou minha atenção:
-Bom dia Luan -Era Arnaldo, ele trabalhava comigo na central- Desculpe entrar assim, mas os seguranças me avisaram que você chegou bem cedo aqui hoje.
-Não se preocupe, eu apenas precisava te um momento comigo mesmo
-Só vim avisar que tem uma pessoa ai fora querendo falar com você Luan -Será que era Estella?
-Quem é? -Perguntei ansioso
-É um homem, e disse que se chama Thiago. [...]

Alôôôôô meu povo! \õ/ Como estão? Mil perdões pela demora, mas é que a semana passada foi super apertada pra mim, e num tive tempo de postar =/ sorry.
Uau, como as coisas mudam de uma hora pra outra né?! 
Como assim Thiago e Estella vão se casar?
E Luan? Como vai ficar nessa história toda? Será que tudo acabou?
E o que será que o Thiago foi fazer na central? Vai rolar briga?
O que posso adiantar, é que talvez no próximo capítulo a fic já mude de fase -Está mais do que na hora né?!
Espero de coração que vocês estejam curtindo, e até logo ;) bjim, Nati.

domingo, 24 de agosto de 2014

Capítulo 39

-Apenas uma chance Estella, por favor... -Thiago insistia em meu ouvido
-Eu não posso Thiago, não dá -Me afastei o encarando
-Eu sei que você não me ama, mas com o tempo...
-Eu sinto muito Thiago -Abri a porta do carro e rapidamente sai dele, começando a andar apressadamente pelo estacionamento
-Ei, pra onde você vai? -Thiago saltou do carro vindo atrás de mim
-Só me deixe em paz, está bem? -Me virei o repreendendo. Ele me encarou com uma expressão confusa, e por um momento, eu jurei que ele estava com raiva de mim, mas não fez qualquer coisa que demonstrasse isso, ele apenas permaneceu lá, parado. Lhe dei as costas e sai correndo do estacionamento. Eu só queria poder sumir.

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Depois que Luan entrou em seu carro, ainda permaneceu um bom tempo dentro dele, quieto. Se recostou no banco e colocou um CD do Zezé di Camargo e Luciano pra tocar. Se apegou a ideia de que tudo ficaria bem, mas lá no fundo, sentia um forte receio de que as coisas pudessem não voltar a serem mais as mesmas. Os meses que passou junto com Estella foram tão lindos, tão perfeitos. Ele se sentia preenchido quando estava com ela, e depois de terminarem, tudo o que restou foi um grande vazio. Ainda em relutância, funcionou o carro e voltou para casa, precisava de uma boa noite de sono. E como precisava.

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Enquanto Estella corria, fiquei parado ao lado de meu carro, apenas a observando. Por que ela sempre insistia em fugir de mim? Por que ela não enxergava que eu era a pessoa certa para ela? Qual era o problema comigo? Esses são os defeitos delas... Achar que tem algo de errado comigo. Vanessa também pensava assim, e talvez por isso, eu... Bem, isto não vem ao caso agora. O passado deve sempre ficar no passado. Enfiei minha mão no bolso de minha calça, e retirei de lá meu celular. Olhei a agenda e disquei um número:
-Thiago?
-Ainda se  lembra de mim?
-Como esquecer? O que posso fazer por você dessa vez?
-Acho que seu último trabalho ficou inacabado.
-O com o cantor?
-Já te disseram que você tem uma ótima memória? -Ri
-O que posso fazer por você dessa vez lindinho? -Uma voz feminina, extremamente sexy, ecoava através do telefone
-Escute bem, quero que você...

1 SEMANA DEPOIS

Ficar sem Estella estava sendo uma barra. Infelizmente, depois da noite que nos encontramos na festa oferecida por sua faculdade, não tive mais a oportunidade de falar com ela, e logo no dia seguinte, tive de viajar para mais compromissos: Shows, programas de televisão... Eu não podia parar.
-Luan, cê tá bem cara? -Rober me perguntou dentro da van, enquanto seguíamos em direção ao local do show de hoje
-O que você acha? -O encarei, fazendo o tipo de pergunta que todo mundo já sabe a resposta
-Sente saudades dela?
-Testa, você sabe que sim! Agora, eu agradeceria se você parasse de ficar fazendo perguntas relacionadas a esse assunto, porque para sua informação, isso só me deixa mais mal cara! -Disse incomodado
-Calma Luan! Não tá mais aqui quem falou!
-Desculpe, não queria ter descontado minha raiva em você, mas tudo isso tá me deixando angustiado demais!
-Vocês vão se resolver, você vai ver -Ele tentou me confortar, enquanto todos os outros integrantes da banda passaram a nos observar depois do meu surto, mas ninguém tinha coragem de se manifestar
-Espero que esteja certo...

Assim que chegamos ao local, desci da van com a ajuda de meus seguranças, e fiz questão de cumprimentar todos os meus fãs que me esperavam ali na grande, antes de ir para meu camarim. Depois de várias fotos, e autógrafos, me dirigi para dentro do local, aonde iria atender quinze meninas que foram sorteadas para me conhecer.
Aos poucos elas iam entrando dentro do camarim, e uma tv local estava ali dentro, gravando a reação de cada uma ao me conhecer. Estava tudo indo bem, até eu vê-la. A loira que havia dado em cima de mim na boate em São Paulo, a mesma que fez Estella pensar que eu a havia traído, estava ali, frente a frente comigo. Meu sangue ferveu, e a câmera estava apontada diretamente  para mim. Por mais que estivesse nervoso, e pronto para dizer umas poucas e boas para ela, tive que me conter, que droga!
-Oie Lu! -Ela caminhou sínica na minha direção e me abraçou com força, dando um beijo provocativo na minha bochecha- Sentiu minha falta? -Ela sussurrou baixinho, para que apenas eu ouvisse
-O que você quer? -Sussurrei
-Só tirar uma foto com você, não posso? -Ela riu, e fez pose ao meu lado para que fossemos fotografados. Minha raiva me cegava. Só me lembro da jornalista fazendo algumas perguntas a ela, de como era estar ao meu lado, me conhecendo, como ela havia sido selecionada, como estava se sentindo... Logo que terminou sua vez, ela foi retirada do camarim, me deu mais um abraço, e saiu dali rindo. Isso não ficaria assim, eu iria atrás dela, e iria descobrir porque ela havia me exposto daquela maneira, nem que fosse a força.

Quando terminei de atender todas as meninas e de dar minhas entrevistas para a imprensa, minha cabeça já estava latejando, não me perguntem como fiz meu show, acho que foi a força que minhas fãs me davam, que me fizeram conseguir continuar. Eu devia estar parecendo um louco, enquanto cantava, não parava de olhar para as pessoas na frente do palco, só para ver se conseguia ver aquela misteriosa mulher. Eu tinha que descobrir o que ela queria de mim. Infelizmente, minhas procuras foram em vão. O show acabou, e depois de me despedir de todos, voltei com minha equipe para o hotel que havíamos nos hospedado. Não havia muitas pessoas de frente ao estabelecimento, mas mesmo assim fiz questão de acenar para todos:
-Luan, só vou ali confirmar a nossa reserva -Rober acenou na direção da recepção
-Tá, vai lá cara -Me sentei no sofá que havia ali, enquanto todos os outros da banda também se acomodavam. Joguei minha cabeça para trás, tentando aliviar a tensão que sentia, eu estava exausto. Ouvi passos de salto alto pela sala, e instintivamente abri meus olhos. Aquela mulher estava me perseguindo? A tal loira havia acabado de passar por mim dando uma piscadela e indo em direção ao elevador. Rapidamente me levantei e comecei a caminhar rapidamente em sua direção, tentando alcança-la:
-Ei Luan, aonde você vai? -Well me chamou
-Está tudo bem -Acenei para que ele ficasse aonde estava. As postas do elevador se  fecharam, e rapidamente eu corri em direção as escadas, ela não iria escapar de mim, não dessa vez.
Quando cheguei ao terceiro andar, a vi abrindo a porta de seu quarto. Corri até ela e a empurrei rapidamente para dentro:
-Sabia que você iria vir atrás de mim -Ela falou sínica me olhando através de seus longos silhos
-Por que diabos você está me perseguindo? O que você quer de mim afinal?
-Te perseguindo? Eu estou hospedada nesse hotel
-Por que está fazendo isso? -Gritei com ela, esmurrando uma das paredes
-Fazendo o que? -Ela fingia não entender o que eu estava dizendo
-Por que me expôs daquela maneira na mídia? Você sabe que é mentira! Não tivemos nada! Por que fez aquilo?
-Eu só queria chamar sua atenção para mim
-Chamar minha atenção?  Como? Me fazendo perder a pessoa que mais amei na vida? -Fiz uma pausa- Espera ai, você sabia que eu tinha uma namorada, não sabia? Por que não expôs isso a mídia?
-Por que ela não é a pessoa certa pra você! Você não pode ser um homem de uma única mulher, você é um homem de várias mulheres! Eu só queria te fazer ver isso!
-Eu nunca segui essa lógica! E como pode saber que ela não era a pessoa certa pra mim? Que porra, você nem a conhece! E por que eu estou falando com você? -Dizia extremamente nervoso, deslizando minhas mãos pelos cabelos
-Eu só fiz isso, porque como a maioria das meninas, eu estou extremamente atraída por você Luan -Ela se aproximou- Foi por isso que eu divulguei aquela foto, queria te mostrar que estou determinada a fazer o que tiver que fazer pra te ter -Ela deslizou suas mãos pelo meu peito, desabotoando um botão da minha camisa- Só por uma noite, tudo bem? -Ela mordiscou minha orelha- Depois, você pode tentar reconquistar a garota sem sal, seja quem for, que você diz que ama. Ela não seria trouxa em te deixar escapar....
-Ela não é assim! Não é como você! -Segurei firme em seu pulso, tirando suas mãos de mim e a empurrando contra a cama- Se você for esperta, vai ficar bem longe de mim, não ouse mais aparecer na minha frente -Abotoei o botão aberto de minha camisa, e sai do quarto batendo a porta com força em direção a recepção. Não acredito que meu namoro com a Estella havia acabado por causa de uma maluca como aquela.

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-E então, como foi?
-Saiu como o combinado, Luan caiu como um patinho -A loira se levantou de sua cama, caminhando até uma mesa que havia no centro do quarto
-Conseguiu o que te pedi? -Ela estendeu sua mão e retirou uma pequena câmera, que estava escondida dentro de um livro e a segurou em suas mãos
-Sim, vou enviar as imagens para você agora mesmo.
-Excelente.

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As aulas de Estella na faculdade haviam se iniciado no começo da semana, e apesar de sua rotina ter ficado mais corrida, não abriu mão do emprego no estúdio, nem do trabalho voluntário no hospital. Seu pai já estava totalmente recuperado, e apesar de ela ter lhe dito para descansar mais alguns dias, ele fez questão de voltar imediatamente para o emprego, apesar de ainda estar tentando se recuperar do trauma sofrido a alguns meses.
Não viu mais Thiago. Mas sabia que ainda estava em Londrina, resolvendo alguns assuntos do hospital para seu pai, que estava viajando com a família para o exterior, o deixando no comando por alguns dias. E apesar de as aulas acontecerem no hospital dele, ela nunca esbarrava com ele, acreditava que agora o havia conseguido afastar de vez, como sabia que seria melhor assim.
Era incrível como a cada aula, ela sabia que havia escolhido a profissão certa para si. Não é todo dia que uma pessoa consegue ganhar uma bolsa para medicina. E depois se especializaria na área da Pediatria, o tempo que passava como voluntária com as crianças do hospital, lhe mostravam o quanto ela poderia fazer mais por aqueles pequenos anjos, os ajudando com todo o seu carinho e amor, ela sempre amou crianças, e estava disposta a fazer o que tivesse que fazer para salvar casa uma delas. Para ela, era mais que uma profissão, era uma paixão.
Estava voltando para casa, enquanto ligava o celular, que até então havia permanecido desligado, para conferir se havia recebido alguma ligação de seu pai, ou até mesmo de Marcela, que estava viajando com os pais para visitar a avó que estava fazendo aniversário, mas o que viu, detonou seu coração em mil pedaços. Um vídeo enviado por um celular anônimo mostrava Luan, em um quarto com uma mulher loira... A mesma loira da foto! sim, era ela! O vídeo mostrava a mulher alisando o peito de Luan e desabotoando um dos botões de sua camisa. Poucos segundos, mas segundos que serviram para destruir sua vida! Tão pior quanto o vídeo, foi a legenda que o veio acompanhando: "Enquanto você estava ai sofrendo por ele, estávamos juntinhos aqui no meu quarto nos divertindo. Não queria te magoar, apenas te mostrar a realidade. Com carinho, da amante do seu namorado."
Sabia que precisava desabafar, precisava conversar com alguém, mas isso não era assunto para se discutir com o pai, e sua melhor amiga estava viajando. Talvez  o desespero a tenha levado a fazer algo que não quisesse ter feito. Deixando a rua que levava para sua casa, seguiu por outro caminho, deixando lágrimas caírem por onde passava.

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Havia acabado de chegar do hospital, mas meu serviço ainda não havia acabado. Estava em meu escritório, quando ouvi a campainha tocar. Meus pais não costumavam receber visitas em casa, eu muito menos. Relutei um pouco, antes de me levantar e caminhar até a porta. Quando a abri, vi Estella parada diante de mim, e ela estava chorando.

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Quando Thiago apareceu na porta, mais do que depressa saltei em seus braços, tudo o que eu precisava agora era de um abraço acolhedor. Ele respondeu ao meu gesto, me apertando com força:
-O que te fizeram dessa vez? -Ele sussurrou baixinho, beijando o topo da minha cabeça
-É o Luan, Thiago. Ele mentiu pra mim, ele tem mesmo outra -Eu chorava sem parar
-Ele não merece alguém como você, nunca mereceu. -Calmamente Thiago fechou a porta e me levou para a sala de estar, se sentou no sofá e me puxou para que sentasse em seu colo, me envolvendo em seus braços- Não fique assim, você ainda vai encontrar alguém que te ame de verdade, você ainda vai ser muito feliz Estella... -Respirei fundo, e tomei coragem para encara-lo
-Você disse que me ama, não disse?
-Mais do que você possa imaginar -Calmamente sai de seu colo, e me sentei ao seu lado no sofá, para que pudesse vê-lo melhor- Então Thiago, por favor, me ajude a esquece-lo, por favor, me ajude a esquecer o Luan -Por uma fração de segundos, ele pareceu ter ficado em estado de choque, parecia que era muita coisa para uma pessoa só poder absorver
-Espere, você está dizendo que...
-Sim, eu quero ficar com você. [...]


Demoremo, mais cheguemo... ♫♪ Oieeeeeeee gatitas! Como estão?
Esse capítulo foi escrito na carreira, mas tentei abordar muita coisa ao mesmo tempo, porque acho que já passou da hora da fic mudar de fase. E então, gostaram?????
Será que entendemos direito??? Estella vai mesmo dar uma chance pro Thiago??????
E quem será que é o responsável por tudo isso estar acontecendo???? Como se vocês não soubessem né?! kkkkkk
Peço perdão pela demora pra postar, mas estou carregada de trabalhos do colégio, e provavelmente, só terei tempo de postar nos fins de semana, combinado? Então é isso ai, espero que estejam curtindo, até logo! ;) Nati.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

COMUNICADO

Oie minhas lindas! Tudo bem com vocês?
Imagino que devam estar se perguntando por que estou demorando tanto para postar aqui na fic.
Deixe me resumir minha vida para vocês: De manhã estudo, a tarde trabalhos de manhã para serem feitos e á noite, tenho meu cursinho de espanhol. Eu chego em casa quase todos oss dias as 23:00, e isso está acabando comigo, mas por outro lado esse curso é incrível! Sendo assim, o único tempo que tenho livre nos meios de semana é depois das onze da noite, lembrando que eu tenho que acordar todos os dias ás 06:00 da manhã =/
Peço que tenham paciência, e prometo que até o fim da semana, eu terei postado mais um capítulo para vocês. Está mais complicado, porque desta vez não quero postar qualquer coisa, porque acho que os demais capítulos estão deixando a desejar. Eu tenho ideias ótimas para essa fic, só espero que tenham paciência comigo, porque logo, logo, as coisas entraram no eixo de novo. Espero poder contar com vocês...
Até breve,
Natalia. 

domingo, 10 de agosto de 2014

Capítulo 38

Antes de começarem a ler, gostaria de dedicar este capítulo a todos os pais do mundo, inclusive ao meu e desejar um Feliz dia dos pais! ;)

E aproveito tbm, para divulgar a fic da linda da Manoela Ribeiro, que começou essa semana ► Fanfic: Só Vejo Você ◄ Bora acompanhar??? Eu tô lendo e posso garantir que é TOP em?! kkk

Agora, boa leitura! ;)

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Eu não conseguia compreender porque havia beijado Thiago. Eu não o amava, e fiquei extremamente arrependida por ter me deixado ser seduzida pelo momento. Quando ele parou o beijo e me abraçou, eu chorei. Chorei de raiva. Raiva de mim. Ele me abraçava forte, sem dizer nada, parecia distante. Logo que ele levantou seu pescoço e me liberou de seus abraços, percebi que havia algo errado. Ele retomou sua postura, dando uma rápida olhada para mim e depois para a frente. Encarei sua expressão séria e rapidamente me virei, o que ele estava olhando? Foi quando o vi:
-Lu... Luan? -Minha voz saiu quase como um sopro. A sua aparência partiu meu coração. Seus olhos estavam vermelhos, e seu rosto encharcado pelas lágrimas. Não, não...
-Então... -Ele mudou o peso de uma perna para a outra- Então foi por isso que terminou comigo? -Desviou seu olhar do meu, como se aquilo fosse insuportável de dizer- Só porque estava gostando de outro? -Levantou a cabeça lentamente, voltando a me encarar
-Nós somos apenas amigos -Thiago tentou esclarecer a situação
-Amigos? -Luan nos lançou um sorriso irônico- O que eu vi aqui não foi uma coisa que amigos costumam fazer -Sua repulsa era explícita
-Isso nem vem ao caso! Eu não te devo mais explicações, e se bem me lembro, nós só terminamos porque você me traiu!
-Quantas vezes vou ter que dizer que não te trai? Nós não estávamos juntos na época!
-Chega! Eu não quero discutir isso novamente com você -Olhei para os dois, e caminhei na direção de Luan, para sair do corredor
-Você não estava feliz comigo, era isso? -Luan murmurou com a voz embargada, segurando firme em meu braço, enquanto olhava de lado para Thiago
-Os momentos que tivemos juntos foram ótimos, mas não dá Luan, o que você me fez -Senti as lágrimas começarem a cair- Doeu de mais, e isso eu não consigo suportar -O encarei profundamente- Eu sinto muito -Soltei meu braço de sua mão, e sai em disparada dali.

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Estella saiu correndo, me deixando ali sozinho, com o coração na mão. Meu mundo parecia ter acabado. Minha vontade foi de ir atrás dela, mas eu não tinha forças para me movimentar. Dei um passo em direção a parede, e de costas me encostei nela. Sinceramente, eu nunca havia imaginado um fim desses para nós, nem sei se cheguei a pensar em um:
-Eu sinto muito por tudo isso, eu não quis... -Ouvi a voz de Thiago ao fundo. Por um momento havia me esquecido que ele ainda estava ali
-Cale a boca! Eu sei muito bem que você armou isso tudo -O fuzilei com os olhos
-Eu? -Disse irônico- Por que eu faria isso? -Ele se aproximou de mim, com as mãos nos bolsos de trás do seu jeans
-Talvez porque a única maneira que você tem de conseguir o amor dela é jogando sujo! -Minhas palavras o fizeram recuar- Talvez porque você tenha medo de que ela nunca me esqueça -Dois podiam jogar esse jogo.
-Sinceramente não sei do que você está falando. Agora, quanto esquecê-lo? Bem, pode ter certeza que eu cuidarei pessoalmente para que isso aconteça -Ele riu malicioso. Meu sangue ferveu. Ordinário! Em um impulso o prensei contra a parede o segurando pelo colarinho
-Se você fizer algum mal a Estella...
-Pelo que eu sei, quem machucou ela aqui foi você! -Ele me empurrou, me fazendo solta-lo- Eu conheço bem o seu tipo Luan. E vá por mim, a Estella não precisa de alguém como você. Já eu, farei de tudo para fazê-la feliz, tudo -Seu olhar para mim era surreal
-Não vai conseguir nos separar, nós nos amamos! Tudo isso não passa de um mal entendido! E quando eu tiver a chance de explicar a ela tudo o que...
-Será que se ela ainda te amasse, ela teria me beijado? E céus, que beijo! Se ela já conseguiu me deixar quente com um beijo, eu imagino quando... -Esse cara só podia estar de brincadeira. Minha vontade foi de matá-lo, como ele poderia estar dizendo aquelas coisas dela? Ainda mais para mim? Fechei o punho, e soquei com força a sua cara. Ele cambaleou um pouco, e acabou caindo no chão. Sua boca sangrava
-Não ouse falar mais assim dela -O encarei mais aliviado, e virei para sair dali, o deixando no chão. Eu precisava encontrar Estella.

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Só parei de correr quando cheguei ao estacionamento. Era o único lugar deserto de toda a festa, e tudo o que eu queria agora, era um momento a sós comigo mesma. Luan e Thiago... só agora havia me dado conta de que os dois haviam ficado sozinhos depois de toda aquela discussão. E me encostando contra um carro, me perguntei se a essa hora os dois já haviam se matado. Quem diria, dois homens atrás de mim, mas destes dois, apenas um eu amo. Eu queria poder perdoar Luan, queria mesmo, mas era mais do que complicado para mim, era questão de confiança. Como poderia confiar nele de novo? Olhando para cima, observei as estrelas que cintilavam no céu, fechei os olhos por um momento, sentindo meus olhos molhados pela milésima vez está noite:
-Imaginei que estivesse aqui -Sua voz me puxou novamente para a realidade
-Luan? Como me encontrou? -O encarei assustada
-Pode não parecer, mas eu te conheço bem. Sabia que iria para o primeiro lugar calmo que encontrasse. -Assenti
-E Thiago? Você não fez nenhuma besteira não é Luan? -Em vez de responder, ele apenas balançou a cabela em reprovação
-Estella, aquele cara não presta! Ele... ele está jogando com você! Ele pensa que te ama, mas não é verdade! A única pessoa que te ama de verdade aqui...
-É você? -Completei para ele
-Sim, sou eu. Meus sentimentos por você são os mais profundos possíveis.
-Sabe, não é o que parece -Sussurrei, o fazendo se sentir mais mal do que já estava
-Se errei com você, por favor me perdoe, os últimos dias foram torturantes, e eu tenho certeza que não conseguirei viver sem você!
-Vai conseguir sim, como eu também vou -Disse firme
-Volte para mim, por favor Estella? Eu te amo.
-Eu não posso Luan
-Sim, você pode! -Ele se aproximou segurando meu rosto em suas mãos- Nós podemos esquecer essa besteira toda! Podemos ser felizes de novo... -Seus polegares alisavam meu rosto
-Besteira? Isso não é besteira pra mim! Você me magoou, muito mesmo!
-Eu deveria ter te contado na época -Sua boca se alinhou em uma linha dura- Só não entendo como essas fotos só apareceram agora.
-Estella? -Uma voz gritou meu nome, fazendo com que meu olhar e o de Luan se voltassem para Thiago, que vinha cambaleando em nossa direção- Graças a Deus eu te encontrei! -Ele pareceu ficar aliviado por me ver. Sua boca e seu nariz sangravam
-O que aconteceu Thiago? -Empurrei Luan, indo até ele. Thiago não respondeu- Você fez isso Luan? -O olhei apreensiva
-Estella, ele estava dizendo coisas horríveis a seu respeito! -Protestou
-Não seja tolo Luan! Só porque está com ciúmes, não quer dizer que pode sair por ai batendo em todo mundo! -Levantei o rosto de Thiago para mim, para que pudesse examinar melhor seus ferimentos- Você está bem? Quer que eu o leve até o hospital?
-Não, não precisa. Não foi nada de mais -Ele tateou os lábios, observando o sangue que havia ficado na ponta de seus dedos
-Venha, me deixe cuidar disso para você...
-O quê? Mas e nós dois? Ainda não terminamos a nossa conversa!
-Não há mais nada para conversar Luan, acabou!
-Mas Estella...
-Sem mas! Estou indo cuidar da burrada que você fez! Deveria ter vergonha de si mesmo! -Peguei Thiago pela mão, começando a caminhar em direção a seu carro, sem dar a mínima para Luan. Como ele pode ferir alguém? Ainda mais Thiago? Tudo bem que nosso beijo poderia ter sido um choque para ele -Também foi pra mim- Mas isso não dava nenhum direito a ele de sair por ai espancando as pessoas.

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Droga! Como ela podia acreditar em tudo o que aquele idiota dizia? Minha vontade foi de ir atrás deles, e contar a ela tudo o que ele havia me dito, mas certamente ela não iria me ouvir. Merda! Sai dali bufando! Ela não queria mais me ver? Tudo bem! Porque quem não queria mais ver ela era eu!
Enquanto caminhava em direção ao meu carro, me dei conta de que estava errado. Eu amava aquela mulher,  e em pensar que tudo entre nós havia acabado por causa de uma besteira, me senti completamente impotente, mas de uma coisa eu tinha certeza, eu não iria deixar que qualquer um estragasse as coisas bonitas que havíamos construído juntos nesses quase três meses de relacionamento. Eu iria lutar por ela, e lutaria até o fim. Só rezava para que tivesse tempo para isso.

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Já no carro, enquanto passava um lenço sobre os ferimentos de Thiago, limpando o seu rosto, não consegui parar de pensar em Luan. De repente, havia me sentindo uma completa imbecil por não ouvir o que ele queria me dizer. Estava tão mal pelas coisas terem terminado de uma maneira tão banal entre nós dois:
-Você parece distante... -Thiago sussurrou enquanto eu limpava um corte em sua bochecha- Está pensando nele? -Perguntou novamente, atraindo toda minha atenção para ele
-Eu não sei o que fazer...
-Estella, aquele cara não te merece! Ele te traiu, ficou com outra mulher quando estava com você! Não entende isso? -Parecia revoltado. Baixei a cabeça me lembrando de suas palavras
-Ele, ele disse que aquelas fotos são de antes de termos começado a namorar -Thiago suspirou profundamente
-E você acreditou? Estella -Com as costas de sua mão, ele começou a acariciar meu rosto lentamente- Você sabe muito bem quais são os meus sentimentos por você, mas acima de tudo, eu quero te ver bem, quero te ver feliz, não quero que sofra -Sua sinceridade me assustava
-O que sugere que eu faça?
-Me deixe te ajudar. Eu sei que você me vê como um amigo, mas talvez com o tempo você aprenda a me amar... Você não faz ideia de como eu te quero bem.
-Thiago...
-Ei -Ele murmurou se aproximando de mim. Parecia que ia me beijar, mas ao invés disso, ele me puxou para um forte abraço. Um abraço confortável e tranquilo- Uma chance, é tudo o que eu te peço, por favor -Ele sussurrava em meu ouvido. Ai meu Deus, e agora? [...]



Oieeee negolinas! Tudo beleza com vocês?
E ai, me digam, será que esses dois ainda tem volta?????
E qual é a do Thiago???????
Desculpem pela imensa demora, as aulas começaram essa semana e meu curso tbm, agora pra postar só nos fins de semana, sem contar que tô com um projeto novo ai, comecei de agora, porque acho que vcs vão curtir muito! Mas enfim, lá pra sexta tô de vorta! ;) bjsssss, Nati.
Comentem, comentem, comentem! 

sábado, 2 de agosto de 2014

Capítulo 37

Permaneci durante minutos em estado de choque olhando para o celular. Minhas mãos tremiam, e eu tinha certeza que assim que ouvisse sua voz desabaria a chorar, o que só mostraria a ele o quanto sou fraca. E isso era tudo o que eu não queria que ele soubesse. Sim, eu o amava e ao ver aquela notícia meu coração se partiu em mil pedaços, eu estava desapontada, e parecia que havia um peso enorme sobre mim, eu não queria aceitar que havia sido traída por ele. Peguei o celular lentamente e o atendi. Sem dizer nada o levei até a orelha, esperando por alguma resposta do outro lado da linha:
-Estella? Cê tá ai amor? -Aquela voz. Senti as lágrimas tomarem conta de mim, e mesmo tentando segurar, não consegui e desabei ali- Amor? Aconteceu alguma coisa? Você tá chorando? -Tinha certeza de que ele havia ouvido meus soluços e mais do que depressa, desliguei. Deitei de bruços na cama, enterrando minha cabeça no travesseiro e desatando a chorar. Ao fundo consegui ouvir meu celular tocando várias vezes, e diferente do que pensei, não iria conseguir fazer com que minha voz saísse.

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Liguei para Estella várias vezes, e depois de ouvi-la chorando, eu não conseguia pensar em mais nada. O que poderia ter acontecido? Eu tinha certeza de que era algo sério, mas o quê? O fato de não poder estar ao seu lado me fez sentir impotente. Hoje eu me apresentaria mais cedo, e meu show amanhã seria no interior de Minas Gerais. Seria uma corrida contra o tempo, mas se tudo desse certo, voltaria para Londrina está noite mesmo. Eu precisava saber o que estava acontecendo.

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Na hora do jantar, não me juntei ao meu pai na mesa, alegando que estava com a cabeça doendo. Apenas me despedi dele para dormir. Deitei em minha cama, e não faço ideia de quanto tempo fiquei acordada até que finalmente pegasse no sono. Acordei algum tempo depois, provavelmente já era de madrugada, com uma mensagem que havia acabado de chegar no meu celular. A abri sem nem conferir antes quem a havia mandado, e vi que haviam mais duas que haviam sido enviadas mais cedo -Eu devia ter suspeitado.

"Estou indo para Londrina. Desculpe não ter te avisado antes, é que você não atende minhas ligações. O que aconteceu?
Luan"

"Acabamos de aterrissar aqui no aeroporto. Espero que esteja em casa.
Luan"

"Estou a caminho, devo estar ai em alguns minutos. Tentei te ligar mais algumas vezes, mas você não me atendeu. Espero que esteja bem.
Luan"

O que? Como assim Luan estava vindo para minha casa? Saltei da cama, e rapidamente me dirigi para a sala. Meu pai já havia ido se deitar, e o barulho dos meus passos pela casa era tudo o que se podia ouvir. Olhando para a janela, vi quando algumas luzes se aproximarem, ouvi também a batida de uma porta. Deus, só podia ser ele! Eu teria forças para encara-lo? Jogar todas aquelas provas na cara dele? Com medo do meu pai acordar, corri até a porta e a abri antes que ele batesse. Apenas alguns metros nos separavam agora, e ao me ver, ele me lançou um sorriso calmo, como se tivesse ficado feliz em me ver -Ou talvez, minha camisola branca de renda, acima dos joelhos tivesse alguma coisa a ver com isso:
-Estella! -Ele disse caminhando rapidamente em minha direção, com os braços estendidos, prontos para me envolver em um abraço- Fiquei tão preocupado com você! O que aconteceu? -Quando ele demonstrou que iria me abraçar, dei um passo para trás
-Não ouse encostar em mim -Disse exasperada
-Hã?
-Entre, o que tenho pra falar com você é muito sério -Dei as costas para ele me dirigindo até o centro da sala, enquanto ele fechava a porta e me seguia. Apenas cruzei os braços e fiquei o encarando por alguns instantes. Ele parecia não entender o que estava acontecendo, e com as mãos nos bolsos da calça disparou:
-Fiquei preocupado com a sua voz ao telefone, você estava chorando, não estava? Seu pai está bem? Aconteceu alguma coisa?
-Como você consegue?
-O que? -Ele me encarou confuso
-Agir como se nada tivesse acontecido?
-Estella, eu não sei do que você está falando
-Não? -Caminhei até o sofá, e peguei o notebook que estava sobre ele. Após alguns cliques, coloquei na matéria que havia lido mais cedo e virei a tela na direção de Luan para que ele pudesse ler- E então, sabe do que eu estou falando agora? -Seus olhos assustados encontraram os meus
-Isso, isso não é verdade! -Ele protestou
-Não seja baixo Luan! Vai dizer agora que não é você nesta foto?-Apontava com o dedo para que ele olhasse bem para a foto, colocando o notebook em cima do sofá logo em seguida- Eu não acredito que você teve coragem de me trair, depois de tudo que vivemos, como você pode?
-Estella, eu não trai você...
-Há, não? Então beijar uma mulher completamente estranha -Bem, talvez não fosse estranha para ele- em uma boate e ir pra cama com ela não é traição, então sinceramente eu não sei o que é! -Dizia alterada
-Eu não fui pra cama com ela!
-Não é o que a matéria diz! -Rebati
-Você não pode acreditar em tudo o que sai nesses sites de fofocas!
-Luan, não minta pra mim! Eu não sou burra, ok? Eu sei muito bem que essa foto é recente!
-Não tão recente assim -Ele baixou a cabeça- Aconteceu a alguns meses atrás, antes de eu te pedir em namoro -Como não disse nada ele continuou- Eu havia ido em uma boate sertaneja ver o show do Fernando e Sorocaba, e essa mulher estava lá e... Ela começou a puxar assunto, e mesmo depois de eu ter deixado bem claro que não queria nada com ela, ela me beijou, mas não passou disso, eu te prometo
-Me diz como eu posso acreditar em você Luan? Quase todos os dias você está em São Paulo! Como eu vou saber se está dizendo a verdade?
-Você tem que acreditar em mim
-Esse é o problema, eu não consigo acreditar -Desviei meu olhar do dele
-Estella, por favor...
-Acabou Luan -Levantei meu olhar para ele, sua boca estava entreaberta e seus olhos fixos nos meus- Eu não sei como pude ser tão tola ao ponto de ter me entregado completamente, de ter ido pra cama com você, espero que tenha se divertido comigo. Como eu fui burra em acreditar que isso daria certo. Nós somos completamente diferentes um do outro, nossas vidas, não sei como pensei que poderia conseguir fazer com que isso desse certo... -Lágrimas começaram a correr por meus olhos
-Não diga isso Estella! Todas as noites que ficamos juntos... -Ele balançou a cabeça- Eu amo você! Te amo mais que tudo! Eu nunca senti nada parecido, por ninguém antes, ninguém!
-Será que não vê que suas palavras só estão me machucando mais? -Gritei- Por mais que você negue, sei que tudo o que você fez comigo foi se aproveitar! E eu idiota como sou, acreditei nas besteiras que você me falava! Eu tenho nojo de mim -Chorava desesperada
-Estella, eu nunca me aproveitei de você! Os momentos que tivemos juntos foram os mais incríveis que eu já tive em toda a minha vida! Quando vai entender que você é tudo pra mim?
-Chega! Por favor, vá embora e não me procure mais -Apontei na direção da porta
-Estella...
-Eu já disse pra você ir embora Luan! Acabou, está bem? Acabou!
-Eu te amo -Ele se aproximou de mim
-Suma da minha vida, por favor! -Ele abaixou sua cabeça encarando o chão, e quando voltou a me olhar vi seus olhos vermelhos, completamente alagados. Ele deslizou o punho por eles os secando, e depois de me encarar completamente desnorteado seguiu até a porta, saindo dali e a batendo com força. Eu desabei no chão a chorar, que droga! Era incrível como tudo pode acabar de uma hora para a outra, de repente. No silêncio da madrugada, tudo o que se podia ouvir eram os meus soluços, acho que até os meus sentimentos mais ocultos poderiam ser desvendados agora. Momentos depois, ouvi uma voz familiar atrás de mim:
-Filha, eu ouvi gritos. Você e o Luan brigaram? -Ainda chocada com tudo o que havia acontecido, me levantei o encarando
-Nós, nós terminamos pai
-Awn querida -Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele me envolveu em um abraço forte- Eu sinto muito minha filha -Sua preocupação era evidente
-Eu também pai, eu também -Soluçava em seu ouvido.

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Sai da casa de Estella as pressas, minha cabeça fervendo. Entrei no carro sem dizer nada, onde Well me esperava:
-Tudo bem patrão?
-Por favor Well, eu não quero falar sobre o que aconteceu -Me recostei no banco, o coração apertado
-Quer passar em casa?
-Não. Vamos para o aeroporto. Como dizem, o show tem que continuar -Pelo canto do olho vi Well assentir com a cabeça e dar partida no carro. Olhando pela janela senti uma lágrima correr por meu rosto, eu amava a Estella, só Deus sabia o quanto. Mas talvez ela estivesse certa, não tinha como nossa história dar certo.

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ALGUNS DIAS DEPOIS...

Os dias que se seguiram foram péssimos. Meu pai e Marcela insistiam em perguntar o que havia acontecido para tudo ter acabado tão de repente assim. Eu insistia que era porque as coisas entre nós dois não estavam mais dando certo, mas sabia que seria uma questão de tempo até que eles descobrissem que havia sido traída por ele.
Depois que Luan saiu da minha vida, foi como se um pedaço de mim tivesse sido levado. Eu não sorria mais, e minha vida se baseava em ir do estúdio para casa. Eu quase não comia, e passava a tarde toda trancada em meu quarto. Tinha medo de entrar na internet e de me deparar com mais alguma notícia sua. Apaguei o seu número do meu telefone, mesmo depois de tê-lo decorado, eu tinha esperanças de que pudesse esquece-lo com o tempo. Ele não havia tentado mais nenhum tipo de contado, nem ligações, nem mensagens, nada, e eu fiquei grata por isso.
E aqui estou eu. Deitada em minha cama depois de ter chegado do estúdio, absolutamente sem fazer nada, mergulhada na minha decepção amorosa. Com a batida na porta de meu quarto sou tirada de meu desvaneio:
-Filha, posso entrar? -Era meu pai
-Claro -Me sentei na cama o esperando entrar
-Tudo bem?
-Mais ou menos -Desviei meu olhar do seu, antes que eu começasse a chorar
-Tem alguém te esperando lá em baixo que eu acho que vai conseguir te animar um pouco -Ele sorri de lado
-Quem?
-Por que não desce até lá pra ver? -O pensamento de que a pessoa que me espera lá embaixo pode ser Luan me causa náuseas. Eu não estou preparada para vê-lo, talvez nunca esteja. Mas tenho certeza que se fosse ele, meu pai me diria, para que não fosse pega de surpresa- Você vem? -Meu pai me chama mais uma vez, e depois de assentir com a cabeça, preguiçosamente eu saio da cama e começo o acompanhar pelas escadas. De longe eu posso ver um homem de costas na sala, é evidente que não é Luan. Após ele se virar, eu consigo ver seu rosto. É Thiago. E por um momento, eu fico sem reação, não pensei que o veria novamente, não depois do que aconteceu conosco:
-Vou deixa-los a sós -Meu pai diz se retirando para a cozinha
-Oie Estella -Thiago diz em um sorriso. Meu nome parece dançar em seus lábios
-Thi... Thiago? Mas o que você está fazendo aqui?
-Eu vim vê-la -Senti na hora minha garganta seca
-Você já sabe, não é? -Sinto meu rosto corar com a lembrança de que ele havia me avisado de que isso aconteceria
-Eu sinto muito -Ele murmurou. Dane-se meu orgulho, rapidamente corri para seus braços e ele me abraçou forte- Você não merecia passar por isso -Ele sussurrou em meu ouvido
-Doi tanto Thiago, tanto -Eu chorava
-Por favor, não chore, ele não merece suas lágrimas, está bem? -Ele fez com que eu olhasse para ele, e calmamente ele começou a secar minhas lágrimas com seus polegares- Olha só para você -Ele me olhou dos pés a cabeça- Por acaso você tem comido? -Neguei com a cabeça- Estella, você é uma garota incrível, qualquer cara faria de tudo pra ter uma chance com você -Ele acariciava meu rosto
-É mais complicado do que parece
-Não, não é -Ele me encarou sério- O que ele fez com você Estella, homem nenhum faz com uma mulher, não tem nada mais baixo...
-Você sabe de tudo? De toda a história?
-Como não saber? Está em todos os sites! -Baixei a cabeça visivelmente incomodada com aquele assunto- Mas eu não vim aqui pra ficar falando daquele otário, se eu bem me lembro, você tem uma festa pra ir hoje, certo? -Ele me olhou sorridente
-A festa da faculdade? Como você sabe? -Deus! Com tudo isso eu até havia me esquecido que a festa era hoje
-Porque talvez o hospital do meu pai faça parte dessa festa -Ele me lançou um sorriso misterioso- Nós iremos ceder algumas áreas do hospital para o curso de medicina.
-Uau Thiago, isso é incrível!
-Mas antes, gostaria de te dar os parabéns, eu sabia que você iria conseguir passar -Nos abraçamos novamente- Tenho certeza que você será uma profissional incrível -Seus lábios esboçaram um sorriso- E então, vamos? -Me afastei um pouco dele para que pudesse olha-lo melhor
-Thiago, eu não sei se... se eu quero ir. Eu ainda não me sinto preparada.
-Como não vai? Essa festa foi planejada totalmente para os que passaram no teste, feita para você Estella! Você tem que ir.
-Mesmo que quisesse ir, eu, eu não comprei nenhuma roupa especial, não poderia chegar lá de qualquer jeito
-Isso não é problema -Thiago se dirigiu até a mesa de centro da sala, onde pegou uma caixa grande que estava lá em cima, que até então havia passado despercebida por meus olhos- Espero que goste -Ele me entregou a caixa. Desfiz o laço dourado que havia por cima, sobre os atentos olhares de Thiago, e quando retirei a tampa da caixa, me deparei com um lindo vestido lá dentro.
-Ai meu Deus Thiago! Deve ter sido muito caro, eu não posso aceitar -Disse estendendo a caixa em sua direção para que ele pegasse
-Não. Considere como um presente de amigo para amigo.
-Eu nunca conseguiria retribuir por isto
-Talvez sim
-Como?
-Indo a festa comigo -Forçou um sorriso- Por favor Estella, você não pode ficar assim pra sempre -Ele tinha razão. Meu rápido romance com Luan havia terminado, o que não significava que minha vida também tivesse que terminar por isso. Thiago estava impecável em seu terno, ele havia ido até lá por mim, havia me comprado um vestido lindo, e seria a maior desfeita tê-lo feito passar por tudo isso em vão:
-Tudo bem, eu vou com você.

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Havia chegado cedo em Londrina, na verdade, quase de surpresa. Não havia contado a ninguém que estava voltando para casa, nem mesmo meus pais sabiam. Eu havia conseguido uma folga na agenda, e tudo o que eu mais queria era poder estar em casa, junto com a minha família, em paz comigo mesmo. Desde que meu romance com Estella havia terminado, eu não conseguia tira-la da minha cabeça, eu pensava nela 24 horas por dia. E querendo ou não, de certa forma, eu tinha mesmo culpa. Quando aquela loira me beijou, eu devia ter contado logo a ela. Agora não tem mais saída, nem como voltar atrás.
Depois de almoçar com meus pais e minha irmã, subi para meu quarto e me tranquei lá. Ninguém havia tocado no assunto, talvez por terem imaginado o quarto tudo ainda era complicado e recente para mim.
Eu amei Estella como nunca amei outra mulher na vida antes, ela era especial, era diferente, e eu soube disso desde o começo. Tudo o que eu queria, era poder fazê-la feliz, mas de repente, eu fui a pessoa que mais a magoou:
-Luan, você está acordado? -Meus pensamentos foram interrompidos por Bruna batendo na porta do meu quarto. Me levantei e caminhei até a porta para abri-la
-O que foi? -Bruna recuou um pouco ao me ver
-Eu queria conversar com você, será que...
-Claro, entra ai -Ela entrou e eu fechei a porta me sentando em minha cama- E então? -A incentivei a começar
-Eu queria falar sobre a Estella...
-Bruna...
-Não Luan, me deixe falar! -Ela respirou fundo- Tem várias matérias falando que você saiu com uma mulher em uma boate em São Paulo. Foi por isso que vocês terminaram?
-Foi
-E você a traiu?
-Não! Eu nunca faria isso, até parece que você não me conhece -Deslizei as mãos pelos cabelos, tentando manter a calma, de repente, aquele assunto começou a trazer sentimentos que eu tentei evitar durante toda a semana- Aquela mulher me agarrou, alguém deve ter tirado fotos nossas e deu no que deu. O engraçado é que isso foi a alguns meses atrás, quando eu fui ver o Fernando e Sorocaba em um show. Eu nem namorava com a Estella ainda.
-Por que não nos disse nada Pi? Nós somos sua família! Você nem sequer tocou nesse assunto conosco! -Ela dizia inconformada
-Eu me envolvi demais com a Estella, e acho que ambos saímos arrasados nessa história. Ela ferida e eu como um cafajeste...
-Mas você não é um cafajeste Luan! Você mesmo disse que não traiu ela! -Bruna se sentou ao meu lado
-Eu não sei mais o que fazer Bruna, eu não queria que nada disso tivesse acontecido...
-Por que não vai atrás dela?
-Se eu bem me lembro, na última vez que nos vimos, ela me pediu para desaparecer da vida dela
-Esse não é você! Desistindo rápido assim! Aonde foi parar o meu irmão? Luan, é fácil olhar para você e a Estella e perceber o quanto vocês dois se amam, você vai mesmo deixar tudo acabar assim? Sem pelo menos tentar?
-Quer saber, você tem razão. Eu vou atrás dela! -Me levantei com a esperança renovada de minha cama- Droga!
-O que foi?
-Era hoje a festa da faculdade. Não acho que ela esteja em casa.
-Ué, vá a festa! -Bruna deu de ombros. Ela não desistia de mim, e eu agradeci por isso. Depois de me trocar e vestir uma calça jeans e uma camiseta azul claro e tênis, troquei um abraço forte com Bruna, onde ela me desejou boa sorte, e depois desci as escadas correndo até a porta da entrada:
-Filho? Aonde você vai? -Meus pais estavam sentados na sala. E minha mãe perguntou ao me ver agitado daquele jeito
-Atrás da minha felicidade! -Falei sorrindo, e logo em seguida, batendo a porta atrás de mim.

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Thiago esperou na sala com meu pai enquanto eu me trocava. Mantive os cabelos soltos e fiz uma maquiagem bem leve, o vestido tomara que caia e sua calda comprida, já chamava muita atenção por si só. Depois que nós nos despedimos de meu pai, seguimos para o local da festa. Estava lotado de pessoas -Pessoas que provavelmente mais para frente poderiam ser meus colegas. Entramos com uma facilidade surpreendente, e lá dentro, várias pessoas vieram para cumprimentar Thiago, provavelmente profissionais de diferentes áreas da medicina. Estávamos conversando distraidamente, quando um homem chegou chamando Thiago:
-Está tudo pronto doutor.
-Claro, já estou indo -Ele olhou para mim- Eu já volto Estella -Ele piscou indo na direção do palco que havia ali. Cruzei as mãos, esperando ansiosamente pelo que quer que fosse acontecer.
-Boa noite senhoras e senhores! -O homem que havia chamado Thiago, dizia após subir ao palco- É com muito orgulho que gostaria de chamar aqui, um dos médicos mais promissores que esse país já teve, apesar da sua idade e um dos donos de um dos hospitais mais respeitados do país, por favor, queira subir ao palco Dr. Thiago Rodriguez! -Todos ali presentes aplaudiram Thiago, inclusive eu.
-Boa noite a todos. Primeiramente gostaria de parabeniza-los por terem passado no vestibular, só eu sei o quanto vocês devem ter batalhado para chegarem até aqui. Serei breve, já que tenho certeza que vocês devem estar mais ansiosos em ouvir o DJ aqui atrás, do que a mim -Todos riram. Thiago era uma referência por ser tão jovem e tão experiente na área que ele exercia na medicina- Eu e meu pai amamos nossa profissão,e gostaria de divulgar em primeira mão a todos vocês, que iremos ceder parte do hospital, para que os cursos de medicina sejam realizados. Nós acreditamos na formação de vocês e tenho certeza que daqui saíram grandes profissionais -Os olhos azuis de Thiago encontraram os meus rapidamente na multidão, enquanto todos ali vibravam com a noticia inesperada- Obrigado -Ele saiu do palco, e momentos depois estava ao meu lado
-Estou orgulhosa do senhor Dr. Rodriguez -Brinquei
-É o mínimo que eu e meu pai podemos fazer -Ele sorriu, mas em uma fração de segundos, sua expressão se tornou séria
-Está tudo bem Thiago?
-Está, está sim. Será que eu poderia te mostrar uma coisa?
-O que é?
-Por favor, venha comigo.

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Cheguei ao local da festa, e depois dos seguranças que estavam na entrada me reconhecerem, rapidamente liberaram minha entrada. Um DJ tocava uma música contagiante, e todos os ali presentes, a maioria jovens, dançavam e pulavam loucamente. A festa era regada a bebidas, e talvez esse tenha sido um dos principais motivos de as pessoas estarem tão contagiantes. Ao olhar para perto do palco, vi Estella. Ela estava de costas, mas mesmo assim sabia que era ela. Ela conversava com um homem, que logo reconheci também, Thiago. Eles riam, e depois de virar o rosto, Thiago me viu também. Ele ficou sério e pareceu sussurrar alguma coisa para Estella, e logo depois ambos sumiram. Entrei no meio da multidão e comecei a procurar por eles, eu precisava falar com Estella mais do que tudo. Eu precisava que as coisas entre nós dois ficassem bem.

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Deixamos a multidão para trás, assim que chegamos ao fim de um corredor vazio, apenas algumas luzes regavam o ambiente, até o som da música havia ficado mais baixo:
-O que você queria me mostrar?
-Na verdade, eu menti, eu a chamei até aqui para que pudéssemos conversar melhor
-Sabe, eu lhe agradeço por isso, aquela música alta já estava me deixando desorientada -Ri, o encarando logo em seguida- O que fez você voltar?
-Como assim?
-Quando nós brigamos, e você disse todas aquelas coisas sobre Luan, você disse que não estaria ao meu lado para me consolar se eu fosse magoada por ele. E bem -Dei de ombros- Aqui está você.
-Talvez eu tenha mentido sobre isso também, por mais que eu tente, eu não consigo parar de pensar em você Estella -Ele levou uma de suas mãos ao meu rosto, o acariciando- Eu te amo, e aconteça o que acontecer, acho que sempre vou te amar, mesmo sabendo que você não sente nada por mim
-Eu sinto muito não poder corresponder o que você sente por mim -Ele me encarou fortemente, seus olhos brilhando como eu nunca havia visto antes
-Me desculpe -Ele disse
-Pelo que... -Quando me dei conta, Thiago avançou rapidamente sobre mim, juntando meus lábios nos seus. Ele me encostou calmamente na parede, me beijando deliciosamente bem. A princípio eu não retribui, aquilo era absurdo. Mas a carência dos últimos dias deve ter me deixado louca. Fixei minhas mãos em seu quadril, enquanto ele tinha uma de suas mãos em minha cintura e a outra em meu cabelo, me puxando carinhosamente para ele. Seu toque tão suave, era incrível como eu me sentia sozinha, como eu sentia saudades de Luan, como eu queria que fosse ele ali.

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Eu não havia levado Estella para aquele corredor atoa. Luan estava na festa, e eu sabia que ele iria procurar por ela. Ele não a merecia, eu sim. Enquanto conversávamos, o vi se aproximar, e mais do que depressa, tomei Estella em meus braços, fiz o que queria ter feito a muito tempo. E apesar da pressão, da adrenalina, fui o mais carinhoso possível com ela, fui calmo e tomei cuidado para não ultrapassar nenhum limite. Estella era uma garota sensível, e tudo o que eu queria agora, era conseguir a confiança dela. A essa altura Luan deveria estar parado nos observando. Me observando beijar a mulher dele. A ideia fez o sangue do meu corpo ferver:
-Eu te amo tanto Estella -Sussurrei em alto e em bom som para que ele pudesse ouvir, ainda sem parar os beijos- Eu prometo te fazer muito feliz -Parando o beijo calmamente, a envolvi em meus braços, a deixando de costas para Luan, apoiei minha cabeça em seu ombro, enquanto ela me abraçava sem dizer nada, parecia estar chorando, mas tudo bem, com o tempo ela o esqueceria, eu mesmo cuidaria para que isso acontecesse. Sem solta-la de meu abraço, olhei para Luan. Sua expressão me fez sentir revigorado. Seus olhos fuzilaram os meus, ele estava completamente desorientado, não parecia estar acreditando na cena que havia acabado de ver ali. Qual mesmo? Há sim, a cena em que ele vê sua amada aos beijos com outro homem. Isso deve ser doloroso, certo? Eu senti isso quando ele estava com ela. Nada mais justo do que ele sinta o mesmo que eu. Lágrimas corriam por seu rosto, e eu não pude conter meu sorriso quando vi seus olhos arregalados nos fitando. Ele não era o melhor para ela, eu era, então, o que havia de errado em lutar pelo que deveria ter sido meu desde o começo? Levantei meu pescoço liberando Estella de meus braços, sim, a diversão estava apenas começando. [...]


Oieeeeeee gatitas! Td blz com vcs????? Espero que não tenha demorado :C kkkkkkk 
Bem, não sei quanto a vcs, mas este era um dos capítulos que eu mais estava ansiosa para escrever. É agora que a diversão vai começar! uhauahuahuaha
Ê lasqueira! Thiago voltou pra mostrar que a Estella é dele!
E o coraçãozinho do Luan, como fica depois de ver a única menina que ele já amou de verdade nos braços de outro homem? 
Tenso em negas! =/ Quem vai ganhar o coração da doce Estella???? kkkkkkkkkk
Comentem que logo eu tô de volta! A opinião de vcs é extremamente importante! ;) Bjsssss, Nati.